quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Festa de São João Bosco



Nasceu perto de Castelnuovo, na diocese de Turim, em 1815. Teve uma infância sofrida. Ordenado sacerdote, consagrou todas as suas energias à educação da juventude, para formá-la na prática da vida cristã e no exercício de uma profissão. Com essa finalidade, fundou Congregações, sobretudo, a Sociedade São Francisco de Sales (Salesianos). Escreveu também diversos opúsculos para proteger e defender a religião católica. Morreu em 1888.
Das Cartas de São João Bosco, presbítero
(Epistolario, Torino 1959, 4,201-203) (Séc.XIX)
Sempre trabalhei com amor.
Antes de mais nada, se queremos ser amigos do verdadeiro bem de nossos alunos e levá-los ao cumprimento de seus deveres, é indispensável jamais vos esquecerdes de que representais os pais desta querida juventude. Ela foi sempre o terno objeto dos meus trabalhos, dos meus estudos e do meu ministério sacerdotal; não apenas meu, mas da cara congregação salesiana.
Quantas vezes, meus filhinhos, no decurso de toda a minha vida, tive de me convencer desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar uma criança do que persuadi-la. Direi mesmo que é mais cômodo, para nosa impaciência e nossa soberba, castigar os que resistem do que corrigi-los, suportando-os com firmeza e suavidade.
Tomai cuidado para que ninguém vos julgue dominados por um ímpeto de violenta indignação. É muito difícil, quando se castiga, conservar aquela calma tão necessária para afastar qualquer dúvida de que agimos para demonstrar a nossa autoridade ou descarregar o próprio mau humor. Consideremos como nossos filhos aqueles sobre os quais exercemos certo poder. Ponhamo-nos a seu serviço, assim como Jesus, que veio para obedecer e não para dar ordens; envergonhemo-nos de tudo o que nos possa dar aparência de dominadores; e se algum domínio exercemos sobre eles, é para melhor servirmos.
Assim procedia Jesus com seus apóstolos; tolerava-os na sua ignorância e rudeza, e até mesmo na sua pouca fidelidade. A afeição e a familiaridade com que tratava os pecadores eram tais que em alguns causava espanto, em outros escândalo, mas em muitos infundia a esperança de receber o perdão de Deus. Por isso nos ordenou que aprendêssemos dele a ser mansos e humildes de coração.
Uma vez que são nossos filhos, afastemos toda cólera quando devemos corrigir-lhes as faltas ou, pelo menos, a moderemos de tal modo que pareça totalmente dominada. Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de injúrias nos lábios; então sereis verdadeiros pais e conseguireis uma verdadeira correção.
Em determinados momentos muito graves, vale mais uma recomendação a Deus, um ato de humildade perante ele, do que uma tempestade de palavras que só fazem mal a quem as ouve e não têm proveito algum para quem as merece.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Bento XVI “consternado” pela tragédia que deixou mais de 230 mortos no Brasil


 
Vaticano, 28 Jan. 13 / 11:40 am (ACI).- Na manhã desta segunda, 28, o Papa Bento XVI enviou ao Arcebispo de Santa Maria (RS), Dom Hélio Adelar Rubert, um telegrama expressando seu pesar e consternação pela tragédia ocorrida na madrugada do domingo (27) na boate Kiss ocasionando a morte de 233 jovens e a internação de centenas de outros, alguns em estado grave.
“Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontíficie pede a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados”, afirma a missiva.
“Ao mesmo tempo em que confia a Deus Pai de misericórdia os falecidos, o Santo padre pede ao céu o conforto e restabelecimento para os feridos, coragem e a consolação da esperança cristã para todos atingidos pela tragédia e envia, a quantos estão em sofrimento e ao mesmo procuram remediá-lo, uma propiciadora bênção apostólica”, conclui a nota do Santo Padre.
A mensagem é assinada pelo cardeal Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado de Sua Santidade.
O incêndio já pode ser considerado uma das maiores tragédias da história do país que este ano será sede da Jornada Mundial da Juventude que ocorre na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 23 e 28 de julho.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Santo tomás de Aquino

Nasceu por volta do ano 1225, da família dos Condes de Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro de
Monte Cassino e depois em Nápoles. Ingressou na Ordem dos Frades Pregadores e completou os estudos
em Paris e em Colônia, tendo tido como professor Santo Alberto Magno. Escreveu muitas obras de
grande erudição, e, como professor, lecionou disciplinas filosóficas e teológicas, o que lhe valeu grande
reputação. Morreu nas proximidades de Teracina, a 7 de março de 1274. Sua memória é celebrada a 28
de janeiro, data em que seu corpo foi trasladado para Toulouse (França), em 1369.
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Das Conferências de Santo Tomás de Aquino, presbítero
(Colatio 6 super Credoin Deum)
(Séc.XIII)

Na cruz não falta nenhum exemplo de virtude. Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para ser remédio contra o pecado e para exemplo do que devemos praticar.
Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo encontramos remédio contra todos os males que nos sobrevêm por causa dos nossos pecados.Mas não é menor a utilidade em relação ao exemplo. Na verdade, a paixão de Cristo é suficiente para orientar nossa vida inteira. Quem quiser viver na perfeição, nada mais tema fazer do que desprezar aquilo que Cristo desprezou na cruz e desejar o que ele desejou. Na cruz, pois, não falta nenhum exemplo de virtude.
Se procuras um exemplo de caridade: Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos (Jo 15,13). Assim fez Cristo na cruz. E se ele deu sua vida por nós, não devemos considerar penoso qualquer mal que tenhamos de sofrer por causa dele.
Se procuras um exemplo de paciência, encontras na cruz o mais excelente! Podemos reconhecer uma grande paciência em duas circunstâncias: quando alguém suporta com serenidade grandes sofrimentos, ou quando pode evitar os sofrimentos e não os evita.
Ora, Cristo suportou na cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque atormentado, não ameaçava (1Pd 2,23); foi levado como ovelha ao matadouro e não abriu a boca (cf. Is 53,7; At 8,32).
É grande, portanto, a paciência de Cristo na cruz. Corramos com paciência ao combate que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com  infâmia (cf. Hb 12,1-2).
Se procuras um exemplo de humildade, contempla o crucificado: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.Se procuras um exemplo de obediência, segue aquele que se fez obediente ao Pai até à morte: Como pela desobediência de um só homem, isto é, de Adão, a humanidade toda foi estabelecida numa condição de pecado, assim também pela obediência de um só,toda a humanidade passará para uma situação de justiça (Rm 5,19).
Se procuras um exemplo de desprezo pelas coisas da terra, segue aquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, no qual estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2,3), e que na cruz está despojado de suas vestes, escarnecido, cuspido,espancado, coroado de espinhos e, por fim, tendo vinagre e fel como bebida para matar a sede.
 Não te preocupes com as vestes e riquezas, porque repartiram entre si as minhas vestes (Jo 19,24); nem com honras, porque fui ultrajado e flagelado; nem com a dignidade,porque tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em minha cabeça (cf. Mc 15,17);nem com os prazeres, porque em minha sede ofereceram-me vinagre (Sl 68,22).


domingo, 27 de janeiro de 2013

Marcha pela vida:500.000 pessoas desfilam em Washington.


 
Por Mauro Faverzani - Corrispondenza Romana | Tradução: Fratres in Unum.com - Sexta-feira, 25 de janeiro, um dia após o juramento de Obama, que no início de seu segundo mandato como presidente, de acordo com todos os comentaristas, dirigiu ao país o discurso mais radical e mais revolucionário de hdos Estados Unidos, as mesmas ruas que ele percorreu para ir do Capitólio até a Casa Branca estavam cheias de centenas de milhares de pró-vidas. Nunca antes a participação foi tão grande [no ano passado foram 400 mil pessoas], porque relembrou os 40 anos desde a aprovação da infame lei Roe x Wade, que legalizou o aborto nos Estados Unidos, e também comemorou o 40º aniversário da Marcha, que teve início no mesmo ano e nunca parou desde então.

Mas essa foi também a maior marcha, porque os americanos a favor da vida queriam fazer ouvir suas vozes por um presidente que não apenas tem louvado o aborto repetidas vezes, tornando-o ainda mais acessível, mas também tem evitado a objeção de consciência, forçando as instituições católicas a praticá-lo. Um presidente que recentemente disse que sua organização favorita era a Planned Parenthood, uma associação pró-aborto riquíssima, que promove a contracepção e o aborto no mundo inteiro. Ela é a mesma organização que na Europa, através da União Europeia, realiza uma campanha acirrada, de modo que não haja mais países, como a Irlanda, a Polônia e Malta, que impeçam o aborto livre.entusiasmo, que invadiu Washington, Trata-se de uma gente jovem, forte e cheia deuma gente vinda de todos os estados dos EUA, às vezes, viajando dois dias inteiros. São pessoas que tiram quase uma semana de férias ao ano para proclamar seu “sim” à vida e seu claro “não” ao aborto. Membros do Parlamento (republicanos, mas também democratas), representantes de todas as denominações (católicos, ortodoxos, evangélicos, judeus, muçulmanos…), famílias jovens com muitas crianças, idosos que todos os anos, por quatro décadas, se encontram no Mall para irem juntos em direção ao Supremo Tribunal, a Suprema Corte Federal, da qual se espera uma reversão da lei, que em 40 anos já eliminou 55 milhões de vidas só nos Estados Unidos, quase um sexto da população do país.

Insensível aos cinco graus negativos e à neve que em certo momento começou a cair em abundância, a numerosa multidão aguarda o sinal de partida, ouvindo os testemunhos de vários oradores. Uma ovação saudou Rick Santorum e sua família, mas igual comoção causou a história de uma das muitas mães presentes, que fizeram aborto no passado. “Lamento o meu aborto”, lia-se em seus cartazes, que seguravam com dor, mas sem vergonha. E junto deles, muitos outros cartazes, faixas, bandeiras, estandartes, muitos jovens gritavam palavras de ordem contra a lei, em defesa da vida, mas também contra Obama. Muitas associações estavam presentes: os Cavaleiros de Colombo, patrocinadores da Marcha, a Vida Humana Internacional, a American Life League, a Choose Life America, os Americanos Unidos pela Vida, os Sacerdotes pela Vida. Dentre as delegações estrangeiras estavam presentes, no palco de honra, a Marcha pela Vida italiana, representada por seu porta-voz Virginia Coda Nunziante. Também muitas paróquias, muitas escolas com seus alunos, muitos jornais e estações de televisão. E como todos os anos, a associação Tradição, Família e Propriedade americana fechava o longo cortejo com uma banda musical que acompanhava a imagem milagrosa de Nossa Senhora de Fátima.
Quinhentas mil pessoas marcharam em direção ao Supremo Tribunal, 500 mil desafiaram a cultura da morte que reina nos Estados Unidos, mas também no resto do mundo. “Somos a geração que vai abolir a lei do aborto – disse um menino com convicção, ao final de seu breve discurso -. Este é o nosso dever. E com a ajuda de Deus todas as coisas são possíveis”.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

São Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja.



Nasceu na Sabóia em 1567. Ordenado sacerdote, trabalhou muito pela restauração da fé católica em sua pátria. Eleito bispo de Genebra, mostrou-se um verdadeiro pastor de seu clero e de seus fiéis, instruindo- os com seus escritos e obras, tornando-se modelo para todos. Morreu em Lião a 28 de dezembro de 1622, mas foi sepultado definitivamente em Annecy, a 24 de janeiro do ano seguinte.

Da Introdução à Vida Devota, de São Francisco de Sales, bispo
(Pars 1, cap. 3) (Séc.XVII)

A devoção deve ser praticada de modos diferentes
Na criação, Deus Criador mandou às plantas que cada uma produzisse fruto conforme sua espécie. Do mesmo modo, ele ordenou aos cristãos, plantas vivas de sua Igreja, que produzissem frutos de devoção, cada qual de acordo com sua categoria, estado e vocação.
A devoção deve ser praticada de modos diferentes pelo nobre e pelo operário, pelo
servo e pelo príncipe, pela viúva, pela solteira ou pela casada. E isto ainda não basta. A prática da devoção deve adaptar-se às forças, aos trabalhos e aos deveres particulares de cada um.  Dize-me, por favor, Filotéia, se seria conveniente que os bispos quisessem viver na solidão como os cartuxos; que os casados não se preocupassem em aumentar seus ganhos mais que os capuchinhos; que o operário passasse o dia todo na igreja como o religioso; e que o religioso estivesse sempre disponível para todo tipo de encontros a serviço do próximo, como o bispo. Não seria ridícula, confusa e intolerável esta devoção?
Contudo, este erro absurdo acontece muitíssimas vezes. E, no entanto, Filotéia, a devoção quando é verdadeira não prejudica a ninguém; pelo contrário, tudo aperfeiçoa e consuma. E quando se torna contrária à legítima ocupação de alguém, é falsa, sem dúvida alguma.
A abelha extrai seu mel das flores sem lhes causar dano algum, deixando-as intactas e frescas como encontrou. Todavia, a verdadeira devoção age melhor ainda, porque não somente não prejudica a qualquer espécie de vocação ou tarefa, mas ainda as engrandece e embeleza. 
Toda a variedade de pedras preciosas lançadas no mel, tornam-se mais brilhantes, cada qual conforme sua cor; assim também cada um se torna mais agradável e perfeito em sua vocação quando esta for conjugada com a devoção: o cuidado da família se torna tranquilo, o amor mútuo entre marido e mulher, mais sincero, o serviço que se presta ao príncipe, mais fiel, e mais suave e agradável o desempenho de todas as ocupações.
É um erro, senão até mesmo uma heresia, querer excluir a vida devota dos quartéis de
soldados, das oficinas dos operários, dos palácios dos príncipes, do lar das pessoas
casadas. Confesso, porém, caríssima Filotéia, que a devoção puramente contemplativa, monástica e religiosa de modo algum pode ser praticada em tais ocupações ou condições. Mas, para além destas três espécies de devoção, existem muitas outras, próprias para o aperfeiçoamento daqueles que vivem no estado secular.
Portanto, onde quer que estejamos, devemos e podemos aspirar à vida perfeita.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Santa Inês, Virgem e Mártir




Sofreu o martírio em Romana segunda metade do século III ou, mais provavelmente, no início do século IV. O papa São Dâmaso adornou o seu sepulcro com versos, e muitos Santos Padres, seguindo Santo Ambrósio, celebraram seus louvores.

Do Tratado sobre as Virgens, de Santo Ambrósio, bispo (Séc.IV)

Ainda não preparada para o sofrimento e já madura para a vitória!

Celebramos o natalício de uma virgem: imitemos sua integridade; é o natalício de uma mártir: ofereçamos sacrifícios. É o aniversário de Santa Inês. Conta-se que sofreu o martírio com a idade de doze anos. Quanto mais detestável foi a crueldade que não poupou sequer tão tenra idade, tanto maior é a força da fé que até naquela idade encontrou testemunho. 
Haveria naquele corpo tão pequeno lugar para uma ferida? Mas aquela que quase não
tinha tamanho para receber o golpe da espada, teve força para vencer a espada. E isto numa idade em que as meninas não suportam sequer ver o rosto zangado dos pais e choram como se uma picada de alfinete fosse uma ferida!
Mas ela permaneceu impávida entre as mãos ensanguentadas dos carrascos, imóvel perante o arrastar estridente dos pesados grilhões. Oferece o corpo à espada do soldado enfurecido, sem saber o que é a morte, mas pronta para ela. Levada à força até os altares dos ídolos, estende as mãos para Cristo no meio do fogo, e nestas chamas sacrílegas mostra o troféu do Senhor vitorioso. Finalmente, tendo que introduzir o pescoço e ambas as mãos nas algemas de fero, nenhum elo era suficientemente apertado para segurar membros tão pequeninos.
Novo gênero de martírio? Ainda não preparada para o sofrimento e já madura para a vitória! Mal sabia lutar e facilmente triunfa! Dá uma lição de firmeza apesar de tão pouca idade! Uma recém-casada não se apresaria para o leito nupcial com aquela alegria com que esta virgem correu para o lugar do suplício, levando a cabeça enfeitada não de belas tranças, mas de Cristo, e coroada, não de flores, mas de virtudes.  
Todos choram, menos ela. Muitos se admiram de vê-la entregar tão generosamente a vida que ainda não começara a gozar, como se já tivesse vivido plenamente. Todos ficam espantados que já se levante como testemunha de Deus quem, por causa da idade, não podia ainda dar testemunho de si. Afinal, aquela que não mereceria crédito se testemunhasse a respeito de um homem, conseguiu que lhe dessem crédito ao testemunhar acerca de Deus. Pois o que está acima da natureza, pode fazê-lo o Autor da natureza. 
Quantas ameaças não terá feito o carrasco para incutir-lhe terror! Quantas seduções para persuadi-la! Quantas propostas para casar com algum deles! Mas sua resposta foi esta: “É uma injúria ao Esposo esperar por outro que me agrade. Aquele que primeiro me escolheu para si, esse é que me receberá. Por que demoras, carrasco? Pereça este corpo que pode ser amado por quem não quero!” Ficou de pé, rezou, inclinou a cabeça. 
Terias podido ver o carrasco perturbar-se, como se fosse ele o condenado, tremer a mão que desfecharia o golpe, e empalidecerem os rostos temerosos do perigo alheio, enquanto a menina não temia o próprio perigo. Tendes, pois, numa única vítima um duplo martírio: o da castidade e o da fé. Inês permaneceu virgem e alcançou o martírio.


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Mãe sempre protegeu seu "sorridente" bebê dos pedidos abortistas dos médicos


LONDRES, 17 Jan. 13 / 03:30 pm (ACI).- A jovem inglesa Katyia Rowe rechaçou em várias oportunidades o pedido de aborto por parte dos médicos para seu bebê, Lucian Haydes, que ia nascer com danos cerebrais que o impediriam de falar e caminhar que havia sido diagnosticado uma curta vida. Quando em um ultra-som 3D ela o viu sorrindo, disse: "eu sabia que não poderia terminar com sua vida".
"Se ele podia sorrir, brincar e sentir então apesar de seus danos cerebrais, ele merecia desfrutar do tempo de vida que tenha, não importa quão curta ela seja, só porque sua vida será curta e diferente, não significa que não mereça vivê-la", relatou a jovem mãe de 26 anos ao Daily Mail em 14 de janeiro.
O menino faleceu nove horas depois de ter nascido. Durante o tempo que viveu recebeu todo o amor e cuidados de sua mãe, seus tios e avós. A jovem recorda: "foi sem dúvida o momento mais feliz de minha vida. Lucian poderia morrer em qualquer momento em meu ventre mas nasceu para nos conhecer".
Quando Katyia e Shane Johnson, também de 26 anos de idade, receberam a notícia da gravidez estavam assustados mas emocionados. Inclusive planejaram suas bodas para quando Lucian crescesse e pudesse caminhar e assim os acompanhasse ao altar.
Os planos se desvaneceram depois de um exame médico realizado às 20 semanas de gravidez. Nessa oportunidade os doutores advertem ao casal que o bebê apresentava danos cerebrais e solicitaram que Katya se submetesse a um aborto às 24 semanas. Katyia rechaçou logo o pedido e pediu outros exames para conhecer em detalhe a gravidade do problema.
Peritos do hospital pediátrico Birmingham confirmaram que o pequeno nunca falaria nem poderia caminhar e precisaria cuidados especiais sempre. Katyia não se intimidou e seguiu adiante com a gravidez, fazendo-os ultra-sons nos quais podia ver o menino sorrir, fazer bolhas, chutar e mover seus braços.
"Enquanto esteja dentro de mim sua qualidade de vida será maravilhosa e não diferente da de outros meninos, é uma alegria para mim vê-lo".
"Investiguei sobre todos os problemas que teria que estar preparada para atendê-lo, nunca tive um momento de dúvida, só tive que olhar o ultrassom e ver como ele desfruta no ventre para saber que eu fazia o correto ao dar-lhe uma chance".
Katyia conta que "sem saber quanto tempo viveria (Lucian), Shane e eu estávamos decididos a desfrutá-lo mais que pudéssemos".
"Enquanto crescia podia ver seus pequenos pés e mãos. Ele ainda não nascia mas já era nosso filho e cada momento era um sinal que estávamos fazendo o correto. Falava com ele e colocava música porque queria que experimentasse tudo o que podia".
Sobre o desejo de ser mãe ela diz: "não me importava absolutamente, era irônico porque nunca me considerei uma pessoa maternal, mas agora não queria outra coisa mais que cuidar do meu filho e dar a melhor qualidade de vida possível. Era mais que feliz ao dedicar minha vida totalmente ao seu cuidado".
As últimas nove semanas da gravidez, Katyia se submeteu a dolorosos procedimentos para drenar o líquido amniótico que rodeava ao bebê. "Era uma agonia –recordou– e sabia que algumas pessoas me questionariam se valia a pena ter que passar por esses procedimentos por um menino com defciência e que não viveria muito".
Lucian nasceu com parto induzido quando a placenta rompeu no dia 23 de outubro de 2012, no hospital Royal Shrewsbury. Imediatamente após o seu nascimento foi levado à unidade de cuidados pediátricos especiais.
Uma enfermeira disse a Katyia que seu menino "tinha pouco tempo de vida", por isso a jovem mãe saiu de seu quarto para onde estava o pequeno para poder sustentá-lo em seus braços. "Ele tinha me dado a maior honra de ser sua mamãe durante os últimos nove meses, mas dependia dele se estava já preparado para ir-se", assinalou.
"Eu estava em shock mas já tínhamos decidido que depois do nascimento deixaríamos que Lucian indicasse o caminho, não queria dar a ele tratamento desnecessário se isto não o ajudava".
Consciente de que não poderia levar seu bebê para casa como qualquer outra mãe e sem saber com claridade "o que o futuro proporcionaria", a jovem recorda como foi esse primeiro momento quando viu o Lucian na unidade de cuidados especiais.
"Meu filho parecia perfeito, o amor e a alegria que senti no momento que punham o Lucian em meus braços valia a pena. Pensei que não queria ser mãe, mas Lucian me ensinou que é o trabalho mais maravilhoso no mundo e estarei sempre agradecida por isso".
Katyia conta ainda que não se arrepende de ter rechaçado o aborto que lhe pediram várias vezes os médicos, já que assim "eu decidi deixar que (Lucian) desfrute de sua vida dentro de mim e fora de mim. Como uma mãe faria algo por seu filho e eu fui mãe assim que fiquei grávida: meu trabalho tinha começado".


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Santo Antão



Este insigne pai do monaquismo nasceu no Egito por volta do ano 250. Depois da morte dos pais, distribuiu seus bens aos pobres e retirou-se para o deserto, onde começou a levar vida de penitente. Teve numerosos discípulos e trabalhou em defesa da Igreja, estimulando os confessores da fé durante a perseguição de Diocleciano e apoiando Santo Atanásio na luta contra os arianos. Morreu em 356

Da Vida de Santo Antão, escrita por Santo Atanásio, bispo
A vocação de Santo Antão
Depois da morte de seus pais, tendo ficado sozinho com uma única irmã ainda pequena, Antão, que tinha uns dezoito ou vinte anos, tomou conta da casa e da irmã. Mal haviam passado seis meses desde o falecimento dos pais, indo um dia à igreja, como de costume, refletia consigo mesmo sobre o motivo que levara os apóstolos a abandonarem tudo para seguir o Salvador; e por qual razão aqueles homens de que se fala nos Atos dos Apóstolos vendiam suas propriedades e depositavam o preço aos pés  dos apóstolos para ser distribuído entre os pobres. Ia também pensando na grande e maravilhosa esperança que lhes estava reservada nos céus. Meditando nestas coisas, entrou na igreja no exato momento em que se lia o evangelho, e ouviu o que o Senhor disse ao jovem rico: Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres. Depois vem e segue-me, e terás um tesouro no céu (Mt 19,21).
Antão considerou que a lembrança dos santos exemplos lhe tinha vindo de Deus, e que aquelas palavras eram dirigidas pessoalmente para ele. Logo que voltou da igreja, repartiu com os habitantes da aldeia as propriedades que herdara da família (possuía trezentos campos lavrados, férteis e muito aprazíveis) para que não fossem motivo de preocupação, nem para si próprio nem para a irmã. Vendeu também todos os móveis e distribuiu com os pobres a grande quantia que obtivera, reservando apenas uma pequena parte por causa da irmã.
Entrando outra vez na igreja, ouviu o Senhor dizer no evangelho: Não vos preocupeis com o dia de amanhã (Mt 6,34). Não podendo mais resistir, até aquele pouco que restara, deu-o aos pobres. Confiou a irmã a uma comunidade de virgens consagradas que conhecia e considerava fiéis, para que fosse educada no Mosteiro. Quanto a ele, a partir de então, entregou-se a uma vida de ascese e rigorosa mortificação, nas imediações de sua casa.
Trabalhava com as próprias mãos, pois ouvira a palavra da Escritura: Quem não quer trabalhar, também não deve comer (1Ts 3,10). Com uma parte do que ganhava comprava o pão que comia; o resto dava aos pobres.
Rezava continuamente, pois aprendera que é preciso rezar a sós sem cessar (1Ts 5,17). Era tão atento à leitura que nada lhe escapava do que tinha lido na Escritura; retinha tudo de tal forma que sua memória acabou por se substituir aos livros.
Todos os habitantes da aldeia e os homens honrados que tratavam com ele, vendo um homem assim, chamavam-no amigo de Deus; uns o amavam como a filho, outros como a irmão.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Um mar de gente em Paris para dizer não ao “casamento gay”.

                   Paris, 13 de janeiro de 2013: um mar de gente diz não ao casamento gay.
A organização, todavia, que inicialmente declarou haver 500 mil pessoas, refez as contas no início da noite e confirmou a presença de 1 milhão de pessoas.Inquestionavelmente, a maior manifestação ocorrida na França nos últimos 30 anos, como definiu o Le Figaro. Em dezembro, os partidários do casamento gay também marcharam pelas ruas de Paris: 60 mil pessoas, segundo a polícia, e 150 mil, segundo os organizadores.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Falece na China Bispo que foi preso por sua fidelidade à Igreja



ROMA, 09 Jan. 13 / 11:53 am (ACI/EWTN Noticias).- Em 16 de dezembro de 2012 faleceu aos 95 anos de idade Dom John Chen Shizhong, Bispo de Yibin, na província de Sichuan (China continental). O Prelado, ordenado sacerdote em 1947, foi preso nos anos cinquenta durante a Revolução Cultural e condenado a trabalhos forçados no campo.
O Bispo recebeu a ordenação episcopal em 1985 e em 1988 passou a ser reitor do seminário regional de Sichuan, cargo que deixou no ano seguinte por razões de saúde, retornando à diocese de Yubin da qual foi Bispo durante mais de vinte anos.
Conforme assinala o Vatican Information Service, de Dom Chen Shizhong, último Bispo idoso da região de Sichuan, recorda-se a obra de formação de sacerdotes e religiosos. Graças a ele, nos anos 80 e 90, as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada retornaram em toda a província.
O Bispo ordenou a mais de 30 presbíteros, garantindo assim a sobrevivência e o desenvolvimento da Igreja em uma região que se caracterizava por um duro maoísmo e em que a dureza e as perseguições da Revolução Cultural marcaram com força à sociedade e à vida da Igreja.
As exéquias de Dom John Chen Shizhong foram feitas no dia 18 de dezembro na Catedral de Yibin e nelas participaram numerosos fiéis, sacerdotes e religiosas da diocese.
O Bispo foi enterrado no cemitério católico próximo ao seminário diocesano.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Canonização do beato João Paulo II



Por The Tablet | Tradução: Fratres in Unum.com - O beato Papa João Paulo II poderia ser canonizado em outubro, no final do atual Ano da Fé, segundo a Agência de Informação Católica (KAI), de propriedade da Igreja polonesa.

A agência, que é comandada por um comitê de bispos da Polônia, afirmou ter recebido “informações não confirmadas” em Roma de que o Vaticano está perto de ratificar várias “curas inexplicáveis” desde a beatificação do finado Papa na Praça de São Pedro, no mês de maio [de 2011].

A agência informou na semana passada: “O Santo Padre irá… ouvir a opinião de cardeais em Roma em um consistório extraordinário. Então, podemos esperar que outubro seja o mês óbvio para a canonização”.

Ela acrescentou que Bento XVI anunciaria a canonização, provavelmente, na Semana Santa.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Católicos no mundo


Apesar da crise demográfica e vocacional que atinge a Europa, a Igreja católica cresce em todo o mundo e particularmente na Ásia e na África.
O resultado emerge do estudo realizado pela Agência Fides (http://www.fides.org/aree/news/newsdet.php?idnews=33882&lan=por) que apresenta dados extraídos do «Anuário Estatístico da Igreja» (atualizado em 31 de dezembro de 2010) e dizem respeito aos membros da Igreja, suas estruturas pastorais, atividades no campo da saúde, assistencial e educacional.
Católicos no mundo
Em 31 de dezembro de2010, a população mundial era de 6.848.550.000 pessoas, com um aumento de 70.951.000 em relação ao ano anterior. O aumento global também se aplica este ano a todos os continentes: os aumentos mais consistentes estão na Ásia (+40.510.000) e África (+22.144.000) seguidos pela América (+5.197.000), Europa (+2.438.000) e Oceania (+662.000). 
Na mesma data de 31 de dezembro de 2010, o número de católicos era 1.195.671.000 unidades com um aumento total de 15.006.000 pessoas em relação ao ano anterior. O aumento diz respeito a todos os continentes e é maior na África (+6.140.000), América (+3.986.000) e Ásia (+3.801.000); seguem Europa (+894.000) e Oceania (+185.000). 
A percentagem de católicos aumentou globalmente 0,04%, num total de 17,46%. Em relação aos continentes, houve aumentos em todos os lugares, exceto na Europa: África (+0,21), América (+0,07), Ásia (+ 0,06), Europa (-0,01) e Oceania (+ 0,03).
Bispos
O número total de bispos no mundo aumentou de 39 unidades, atingindo um total de 5.104. Em geral aumentam os bispos diocesanos e diminuem os bispos religiosos. Os bispos diocesanos são 3.871 (43 a mais que no ano anterior), enquanto os Bispos religiosos são 1.233 (4 a menos). O aumento de Bispos diocesanos diz respeito a todos os continentes exceto a Oceania (-4), África (+13), América (+22), Ásia (+11), Europa (+1). O bispos religiosos aumentam na África (+3), Ásia (+1) e Oceania (+1), diminuem na América (-7) e Europa (-2). 
Sacerdotes
O número total de sacerdotes no mundo aumentou de 1.643 unidades em relação ao ano precedente, atingindo a cota de 412.236. A marcar uma diminuição é mais uma vez a Europa (-905), enquanto os aumentos se registram na África (+761), América (+40), Ásia (+1.695) e Oceania (+52). Os sacerdotes diocesanos no mundo aumentaram globalmente de 1.467 unidades, atingindo o número 277.009, com um aumento na África (+571), América (+502), Ásia (+801) e Oceania (+53) e ainda uma diminuição na Europa (-460). Também os sacerdotes religiosos aumentaram 176 unidades e são 135.227. A marcar um aumento, seguindo a tendência dos últimos anos, são a África (+190) e a Ásia (+894), enquanto a diminuição se verifica na América (-462), Europa (-445) e Oceania (-1). 
Diáconos permanentes
Os diáconos permanentes no mundo aumentaram 1.409 unidades, atingindo um total de 39.564. O maior aumento se confirma mais uma vez na América (+859) e na Europa (+496), seguido pela Ásia (+58) e Oceania (+1). Uma única diminuição, também este ano, na África (-5). Os diáconos permanentes diocesanos no mundo são 39.004, com um aumento total de 1.412 unidades.
Aumentam em todos os continentes, com exceção da África (-6) e da Oceania (nenhuma variação), precisamente: América (+863), Ásia (+60), Europa (+495). Os diáconos permanentes religiosos são 560,3 a menos em relação ao ano precedente, com leves aumentos na África (+1), Europa (+1) e Oceania (+1), reduções na América (-4) e Ásia (-2).

Religiosos
Religiosas
 e religiosos não sacerdotes aumentaram globalmente em 436 unidades, chegando ao número de 54.665. Registraram-se aumentos na África (+254), Ásia (+411), Europa (+17) e Oceania (+15). Diminuíram apenas na América (-261). Confirma-se a tendência à diminuição global das religiosas (-7.436) que são 721.935 no total, assim divididas: neste ano, também os incrementos são na África (+1.395) e Ásia (+3.047), as reduções na América (-3.178), Europa (-8.461) e Oceania (-239).



Missionários leigos e catequistas
O número de Missionários leigos no mundo é de 335.502 unidades, com um aumento global de 15.276 unidades e aumentos continentais na África (+1.135), América (+14.655), Europa (+1.243) e Oceania (+62); a única redução é na Ásia (-1.819).
Os Catequistas no mundo aumentaram no total em 9.551 unidades, alcançando 3.160.628. Os aumentos se registram na América (+43.619), Europa (+5.077) e Oceania (+393). Diminuições na África (-29.405) e Ásia (-10.133).



Institutos de instrução e educação
No campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 70.544 escolas maternas, frequentadas por 6.478.627 alunos; 92.847 escolas fundamentais, com 31.151.170 alunos; 43.591 institutos secundários, com 17.793.559 alunos. Além disso, segue também 2.304.171 alunos de escolas superiores e 3.338.455 estudantes universitários. O confronto com o ano precedente indica um aumento de escolas maternas (+2.425) e uma redução de alunos (-43.693); uma leve redução no número de escolas fundamentais (-124) e um aumento de alunos (+178.056); aumentam os institutos secundários (+1.096) e seus respectivos alunos (+678.822); em aumento também os estudantes de escolas superiores (+15.913) e de universitários (+63.015). 
Institutos de saúde, de beneficência e assistência
Os institutos de beneficência e assistência administrados no mundo pela Igreja incluem: 5.305 hospitais, com maior presença na América (1.694) e África (1.150); 18.179 postos de saúde, em maioria na América (5.762), África (5.312) e Ásia (3.884); 547 leprosários, distribuídos principalmente na Ásia (285) e África (198); 17.223 casas para idosos, doentes crônicos e portadores de deficiência, em maioria na Europa (8.021) e América (5.650); 9.882 orfanatos, um terço dos quais na Ásia (3.606); 11.379 jardins de infância; 15.327 consultórios matrimoniais, distribuídos em grande parte na América (6.472); 34.331 centros de educação ou reeducação social e 9.391 instituições de outros tipos, em maioria na América (3.564) e Europa (3.159). 

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