terça-feira, 19 de outubro de 2010

Eleição presidencial

 


      Assisti à entrevista da candidata a presidência pelo o PT, Dilma Rousseff, no Jornal Nacional, da Globo. Desejo, nesta postagem, comentar sobre a sua resposta em relação ao aborto, que ocupou mais da metade de sua entrevista com duração total de 11 minutos.
      A primeira coisa que me chamou atenção foi que, segundo Dilma, o aborto é uma violência à mulher, que deve ser evitada. Ela seguiu este raciocínio o tempo da sua entrevista, em nenhum momento referindo-se a vida que a mulher carrega no seu ser. A grande pergunta que fica é: para ela, a vida que ela carrega faz parte do corpo da mãe? Não é uma vida por si mesmo? A vida para nós que cremos é um dom de Deus.
      No momento da concepção é gerado um novo DNA e, por isso, é um ser distinto da mãe, que é assassinado em um aborto voluntário. Sabemos que o aborto comporta uma violência para com a mulher, mas antes disso, é um homicídio para com a nova vida gerada. Acreditamos que o estado deve sempre defender o mais fraco e o inocente que, neste caso, é a vida gerada.
      Outro ponto fundamental na sua entrevista é que as mulheres que cometem aborto não devem ser punidas. Isto é descriminalização do aborto!  Será como o “Jogo do bicho”, que é proibido, mas não pode ser punido. Encontramos nos lugares públicos e até nas lotéricas: prestadoras de serviço da Caixa Econômica Federal, um banco público.
      Dilma disse que a lei não precisa ser mudada. Sem a mudança da lei, quem comete aborto no Brasil fora do que a lei permite – estupro e risco de vida – está cometendo crime e, por isso, terá de responder perante a justiça. Existe um forte contradição na sua proposta!
       Sobre a questão de falar sobre o aborto como questão de saúde pública, esta é outra forma de mudar a lei vigente no país, porque, segundo esta lei, o aborto é, antes de tudo, uma questão de justiça, e só suas consequências são questões ligadas à saúde. 
      No momento em que a consequência do aborto for tratada como saúde publica, tornamos todos os médicos e profissionais de saúde obrigados a realizar o aborto, sob pena de responder por omissão de socorro, podendo perder o seu emprego ou até ser preso. Essa seria só uma das consequências desta “forma” de política pública.
       Depois de tudo isso, posso concluir que, apesar de todo o discurso mudado e dos termos usados em relação ao aborto, continuamos diante de uma candidatura e um plano partidário favorável ao avanço da legalização do aborto no Brasil.

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