sexta-feira, 4 de março de 2011

O novo livro de Bento XVI e os Judeus

O novo livro de Bento XVI sobre a vida de Jesus, “Jesus de Nazaré”, será lançado no dia 10 de março e já está tendo uma grande repercussão na mídia mundial, especialmente, no que se refere ao julgamento de Jesus.
Na verdade, esta é a segunda parte do que deve ser uma série de três livros. O primeiro volume de «Jesus de Nazaré» tinha sido publicado em 2007 e foi dedicado à vida de Cristo desde o Batismo até a Transfiguração. Neste segundo volume, da entrada de Jesus em Jerusalém até a ressurreição. O terceiro volume será sobre os evangelhos da infância.
Em comunicado divulgado pelo serviço de informação do Vaticano, assinala-se que o livro será editado em sete línguas: alemão, italiano, inglês, espanhol, francês, português e polaco.
Neste livro, o Papa entra em grandes questões, especialmente, sobre ceia pascal e a ressureição de Cristo, que com certeza vai influenciar muito a nossa forma de ler a bíblia. Tenho uma grande expectativa de ter este novo volume nas mãos o mais rápido possível.
Não posso negar a grande admiração que tenho por Bento XVI, por sua grande capacidade intelectual, aliada a uma vida espiritual profunda e uma autêntica sabedoria, marcada pelo amor e pela humildade.
Mas, já que a mídia deu uma grande ênfase em relação aos Judeus, veja abaixo um pequeno trecho do livro, traduzido pela , sobre o papel dos Judeus no julgamento de Jesus:
"Mas perguntemo-nos antes de mais nada: quem eram precisamente os acusadores? Quem insistiu na condenação de Jesus à morte? Nas respostas dos Evangelhos, há diferenças sobre as quais devemos refletir.
Segundo João, estes eram simplemente os ‘judeus'. Mas esta expressão, em João, não indica, de modo algum - como o leitor moderno talvez tenda a interpretar - o povo de Israel como tal, e menos ainda tem um caráter 'racista'.
Em suma, o próprio João, no que diz respeito à nacionalidade, era israelita, como Jesus e toda a sua família. Toda a comunidade primitiva era composta por israelitas. Em João, esta expressão tem um significado preciso e rigorosamente limitado: ele designa, com ela, a aristocracia do templo.
Assim, no quarto Evangelho, o círculo dos acusadores que buscam a morte de Jesus é descrito de forma precisa e claramente delimitada: Trata-se precisamente da aristocracia do templo, e inclusive esta não sem exceção, como dá a entender pela alusão a Nicodemos (cf. 7, 50ss)."

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