quinta-feira, 26 de julho de 2012

São Joaquim e Sant'Ana, pais de Nossa Senhora.


Dos Sermões de São João Damasceno, bispo

(Orat. 6, in Nativitatem B. Mariae V., 2.4.5.6:PG 96, 663.667.670)
(Séc.VIII)

Vós os conhecereis pelos seus frutos
Estava determinado que a Virgem Mãe de Deus iria nascer de Ana. Por isso, a natureza não ousou antecipar o germe da graça, mas permaneceu sem dar o próprio fruto até que a graça produzisse o seu. De fato, convinha que fosse primogênita aquela de quem nasceria o primogênito de toda a criação, no qual todas as coisas têm a sua consistência (cf. Cl 1,17).
 Ó casal feliz, Joaquim e Ana! A vós toda a criação se sente devedora. Pois foi por vosso intermédio que a criatura ofereceu ao Criador o mais valioso de todos os dons, isto é, a mãe pura, a única que era digna do Criador.
Alegra-te, Ana estéril, que nunca foste mãe, exulta e regozija-te, tu que nunca deste à luz (Is 54,1). Rejubila-te, Joaquim, porque de tua filha nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; o nome que lhe foi dado é: Anjo do grande conselho, salvação do mundo inteiro, Deus forte (Cf. Is 9,5). Este menino é Deus.
 Ó casal feliz, Joaquim e Ana, sem qualquer mancha! Sereis conhecidos pelo fruto de vossas entranhas, como disse o Senhor certa vez: Vós os conhecereis pelos seus frutos (Mt 7,16). Estabelecestes o vosso modo de viver da maneira mais agradável a Deus e digno daquela que de vós nasceu. Na vossa casta e santa convivência educastes a pérola da virgindade, aquela que havia de ser virgem antes do parto, virgem no parto e continuaria virgem depois do parto; aquela que, de maneira única, conservaria sempre a virgindade, tanto em seu corpo como em seu coração.
 Ó castíssimo casal, Joaquim e Ana! Conservando a castidade prescrita pela lei natural, alcançastes de Deus aquilo que supera a natureza: gerastes para o mundo a mãe de Deus, que foi mãe sem a participação de homem algum. Levando, ao longo de vossa existência, uma vida santa e piedosa, gerastes uma filha que é superior aos anjos e agora é rainha dos anjos.
Ó formosíssima e dulcíssima jovem! Ó filha de Adão e Mãe de Deus! Felizes o pai e a mãe que te geraram! Felizes os braços que te carregaram e os lábios que te beijaram castamente, ou seja, unicamente os lábios de teus pais, para que sempre e em tudo conservasses a perfeita virgindade! Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos,exultai e cantai salmos (cf. Sl 97,4-5). Levantai vossa voz; clamai e não tenhais medo

terça-feira, 24 de julho de 2012

CONTAGEM REGRESSIVA PARA A JMJ RIO 2013


Arquidiocese do Rio de Janeiro lança o Festival "Preparai o Caminho"


RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 23 de julho de 2012(ZENIT.org)- Contagem Regressiva para a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013. Faltam 365 dias para a JMJ RIO 2013 e a Arquidiocese do Rio de Janeiro celebra com grandes eventos ainda neste mês de julho.
Nos dias 27, 28 e 29 de julho será realizado, no Maracanãzinho, o evento “Preparai o Caminho”,  festival de música que marcará a contagem regressiva de um ano para a realização da Jornada e tem como objetivo apresentar aos brasileiros um pouco daquilo que será a JMJ Rio 2013.
Trata-se de um momento de preparação, oração e reflexão. Dadas as proporções do evento, será para nós uma experiência de ensaio, que vai nos dar a noção de como devemos nos preparar, disse o Diretor Executivo do Setor Voluntariado do COL, Padre Ramon Nascimento da Silva, em notícia divulgada no site da Arquidiocese.
O Núncio Apostólico no Brasil, Dom Giovanni d'Aniello, presidirá a Missa de abertura do evento, que traz em sua programação, além das Celebrações Eucarísticas, shows, palestras e o lançamento da campanha de doações para a JMJ Rio2013.
A expectativa é que cerca de 50 mil pessoas participem do evento durante os três dias. O encontro também será transmitido na íntegra pela internet, através do portal oficial da JMJ Rio2013 (www.rio2013.com) e pela WebTV Redentor (aovivo.redentor.tv.br).

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A liturgia é culto prestado a Deus!


Por Dom Henrique Soares da Costa, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju,
A liturgia é para nosso alimento, alento e transformação espiritual: ela nos cristifica, isto é, é obra do próprio Cristo que, na potência do Espírito, nos dá sua própria vida, aquela que Ele possui em plenitude na Sua humanidade glorificada no céu. Participar da liturgia é participar das coisas do céu, é entrar em comunhão com a própria vida plena e glorificada do Cristo nosso Senhor.
A liturgia não é feita produzida por nós, não é obra nossa! Ela é instituição do próprio Senhor. Para se ter uma ideia, basta pensar em Moisés, que vai ao faraó e lhe diz: “Assim fala o Senhor: deixa o meu povo partir para fazer-me uma liturgia no deserto”. E, mais adiante, explica ao faraó que somente lá, no deserto, o Senhor dirá precisamente que tipo de culto e que coisas o povo lhe oferte.
Isto tem a ação litúrgica de específico e encantador: não entramos nela para fazer do nosso modo, mas do modo de Deus; não entramos nela para nos satisfazer, mas para satisfazer a vontade de Deus. Por isso digo tantas vezes que o espaço litúrgico não é primeiramente antropológico, mas teológico: a liturgia é espaço privilegiado para a manifestação e atuação salvífica de Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Nela, a obra salvífica de Cristo é perenemente continuada na Igreja.
O problema é que entrou em certos ambientes da Igreja uma concepção errada de liturgia, totalmente alheia ao sentido da genuína tradição cristã: a liturgia como algo que nós fazemos, do nosso modo, a nosso gosto, para exprimir nossos próprios sentimentos. Numa concepção dessas, o homem, com seus sentimentos, gostos e iniciativas, é o centro e Deus fica de lado! Trata-se, então, de uma simples busca de nós mesmos, produzida por nós mesmos; uma ilusão, pois aí só encontramos a nós e os sentimentos que provocamos. É o triste curto-circuito: faz-se tudo aquilo (coreografias, palmas, trejeitos, barulho, baterias infernais, sorrisinhos do celebrante, comentários e cânticos intimistas, invenções impertinentes e despropositadas...) para que as pessoas sintam, liguem-se, “participem”... Mas, tudo isto somente liga a assembleia a si mesma. Não passa de uma exaltação subjetiva e sentimental! Aí não se abre de fato para o Silêncio de Deus, para Aquele que vem nos surpreender com sua glória e sua ação silenciosa, profunda, consistente e transformadora. A assembleia já não celebra com a Igreja de todos os tempos e de todos os lugares; muito menos com a Igreja celeste!
O sentido da liturgia é um outro: é um culto prestado a Deus porque ele é Deus! O interesse é Deus! A liturgia é algo devido a Deus e instituído pelo próprio Deus. Quando alguém participa de uma liturgia celebrada como a Igreja determina e sempre celebrou, se reorienta, se reencontra, toma consciência de sua própria verdade: sou pequeno, dependente de Deus e profundamente amado por ele: nele está minha vida, meu destino, minha verdade, minha paz. Nada é mais libertador que isso.
Vê-se a diferença entre essas duas atitudes ante a realidade litúrgica: na visão que se está difundindo, criamos uma sensação, uma ilusão. É algo parecido com a sensação de bem-estar que se pode sentir diante de uma paisagem bonita, num bloco de carnaval, num show, num momento sublime, numa noite com a pessoa amada... Na perspectiva que a Igreja sempre teve e ensinou, não! Estamos diante da Verdade que é Deus; verdade que não produzimos nem inventamos, mas vem a nós e enche o nosso coração! Devemos procurá-la? Certamente sim: "Fizeste-nos para ti, Senhor, e nosso coração andará inquieto enquanto não descansar em ti!" Mas para isto é indispensável a capacidade de silêncio, de escuta, de abrir os olhos do coração para a beleza de Deus. A liturgia nos dá isto!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Nossa Senhora do Carmo

Dos Sermões, de São Leão Magno, papa


(Sermo 1 In Nativitate Domini, 2.3:PL54,191-192) (Séc. V)


Maria concebeu primeiro em seu espírito,

e depois em seu corpo


Uma virgem da descendência real de Davi foi escolhida para a sagrada maternidade; iria conceber um filho, Deus e homem, primeiro em seu espírito, e depois em seu corpo. E para evitar que, desconhecendo o desígnio de Deus, ela se perturbasse perante efeitostão inesperados, ficou sabendo, no colóquio com o anjo, que era obra do Espírito Santo o que nela se realizaria. Maria, pois, acreditou que, estando para ser em breve Mãe de Deus, sua pureza não sofreria dano algum. Como duvidaria desta concepção tão original, aquela a quem é prometida a eficácia do poder do Altíssimo? A sua fé e confiança são ainda confirmadas pelo testemunho de um milagre anterior: a inesperada fecundidade de Isabel. De fato, quem tornou uma estéril capaz de conceber, pode também fazer com que uma virgem conceba.

Portanto, a Palavra de Deus, que é Deus, o Filho de Deus, que no princípio estava com Deus, por quem tudo foi feito e sem ela nada se fez (cf. Jo 1,2-3), a fim de libertar o homem da morte eterna, se fez homem. Desceu para assumir a nossa humildade, sem diminuir a sua majestade. Permanecendo o que era e assumindo o que não era, uniu averdadeira condição de escravo à condição segundo a qual ele é igual a Deus; realizou assim entre as duas naturezas uma aliança tão admirável que, nem a inferior foi absorvida por esta glorificação, nem a superior foi diminuída por esta elevação.

Desta forma, conservando-se a perfeita propriedade das duas naturezas que subsistemem uma só pessoa, a humildade é assumida pela majestade, a fraqueza pela força, a mortalidade pela eternidade. Para pagar a dívida contraída pela nossa condição pecadora, a natureza invulnerável uniu-se à natureza passível; e a realidade de verdadeiro Deus e verdadeiro homem associa-se na única pessoa do Senhor. Por conseguinte, aquele que é um só mediador entre Deus e os homens (1Tm 2,5), como exigia a nossa salvação, morreu segundo a natureza humana e ressuscitou segundo a natureza divina. Com razão, pois, o nascimento do Salvador conservou intacta a integridade virginal de sua mãe; ela salvaguardou a pureza, dando à luz a Verdade.

Tal era, caríssimos filhos, o nascimento que convinha a Cristo, poder e sabedoria de Deus. Por este nascimento, ele é semelhante a nós pela sua humanidade, e superior a nós pela sua divindade. De fato, se não fosse verdadeiro Deus, não nos traria o remédio; se não fosse verdadeiro homem, não nos serviria de exemplo.

Por isso, quando o Senhor nasceu, os anjos cantaram cheios de alegria: Glória a Deus no mais alto dos céus, e anunciaram paz na terra aos homens por ele amados (Lc 2,14).Eles vêem, efetivamente, a Jerusalém celeste ser construída pelos povos do mundo inteiro. Por tão inefável prodígio da bondade divina, qual não deve ser a alegria da nossa humilde condição humana, se até os sublimes coros dos anjos se rejubilam?


Oração

Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa intercessão de Nossa Senhora do Carmo,para que possamos, sob sua proteção, subir ao monte que é Cristo. Que convosco vive ereina, na unidade do Espírito Santo.

sábado, 14 de julho de 2012

ORAÇÃO OFICIAL DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE




Ó Pai, enviaste o Teu Filho Eterno para salvar o mundo e escolheste homens e mulheres para que, por Ele, com Ele e nEle, proclamassem a Boa-Nova a todas as nações. Concede as graças necessárias para que brilhe no rosto de todos os jovens a alegria de serem, pela força do Espírito, os evangelizadores de que a Igreja precisa no Terceiro Milênio.

Ó Cristo, Redentor da humanidade, Tua imagem de braços abertos no alto do Corcovado acolhe todos os povos. Em Tua oferta pascal, nos conduziste pelo Espírito Santo ao encontro filial com o Pai. Os jovens, que se alimentam da Eucaristia, Te ouvem na Palavra e Te encontram no irmão, necessitam de Tua infinita misericórdia para percorrer os caminhos do mundo como discípulos-missionários da nova evangelização.

Ó Espírito Santo, Amor do Pai e do Filho, com o esplendor da Tua Verdade e com o fogo do Teu Amor, envia Tua Luz sobre todos os jovens para que, impulsionados pela Jornada Mundial da Juventude, levem aos quatro cantos do mundo a fé, a esperança e a caridade, tornando-se grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Minha experiência com D. Eugenio Sales


A foto acima, que foi tirada no enterro do Cardeal D. Eugênio Sales, mostra a pomba que permaneceu por longos momentos em cima do seu caixão. Talvez isso simbolize a vida deste grande homem de Deus. Diz um ditado popular que “se morre da mesma forma que se vive”. Com certeza esse ditado tem seus limites próprios, mas, no caso de Dom Eugênio, talvez esta pomba simbolize a presença do Espírito Santo, a mesmo que desceu sobre Jesus no momento do seu batismo. Realmente, D. Eugênio era um homem conduzido pelo Espírito Santo. Este fato que aconteceu no seu enterro parece ser uma confirmação de Deus, por toda sua docilidade à ação do Espírito Santo durante a sua existência.
Sua trajetória é marcada por grandes feitos como Arcebispo de Natal, Salvador e Rio de Janeiro, tornando-se, nas décadas de 70 até o início deste século, a figura mais influente da Igreja do Brasil. Podemos dizer, um dos Cardeais mais influentes de todo o mundo e com grande influência na história do Brasil, principalmente no tempo da ditadura militar.
Gostaria de uma forma especial de partilhar minha experiência pessoal com este grande homem de Deus. Ela começa no ano de 1996, quando fui morar no Rio de Janeiro como responsável pela Comunidade Shalom naquela cidade. Permanece muito viva na minha memória a primeira vez que fui à Cúria Arquidiocesana do Rio de Janeiro. Fiquei impressionado com a estrutura e a grande organização que existia em tudo que funcionava lá. Fiquei sabendo que quem tinha projetado e realizada tudo aquilo tinha sido D. Eugênio.
A partir daí comecei a perceber como ele era um grande administrador do Reino de Deus. Essa percepção ficou mais forte quando eu estava na antessala  do Cardeal, esperando para ser atendido por ele. Trabalhavam lá cinco secretários, que administravam sua agenda, suas correspondências, seus compromissos pastorais e suas funções em Roma.
Ao entrar para a audiência, percebi mais uma característica forte: como ele, de forma educada e amável, não perdia tempo – as audiências normais duravam exatamente quinze minutos; quando eram com grandes autoridades, exatamente trinta minutos. Durante a audiência, ele manteve um diálogo amável e cordial sobre de onde nós vínhamos e se interessou de forma particular quando disse que eu era seu conterrâneo (Rio Grande do Norte). Em seguida, passamos a resolver todas as coisas práticas. Dentro mesmo da audiência, chamou um de seus secretários e encaminhou todos os nossos pedidos.
Quando saímos da audiência, estávamos até um pouco desorientados, porque nunca tínhamos visto tantas coisas serem discutidas, resolvidas e encaminhadas em tão pouco tempo. Depois de um tempo, ainda tive uma segunda audiência com ele, que aconteceu da mesma forma, onde tudo era realmente resolvido e encaminhado.
Morei dois anos no Rio de Janeiro e minha admiração por ele foi só aumentando, especialmente por duas coisas: seu zelo na Liturgia e sua profunda obediência e comunhão com o Santo Padre, o Papa. Lembro-me de um dia que estava participando de uma celebração na Catedral. Era um encontro da juventude e eu estava conversando na porta da Catedral com D. Rafael, então bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Nesse momento, chegou uma equipe da Rede Globo para fazer uma entrevista com D. Eugênio. D. Rafael me pediu para levar a equipe para a sacristia, e fosse avisar D. Eugênio, que estava rezando na capela, que eles estavam esperando para entrevistá-lo. Confesso que fiquei muito constrangido quando cheguei na capela do Santíssimo e ele estava ajoelhado no genuflexório, em frente ao Sacrário. Cheguei bem perto dele e ele não percebeu minha presença. Estava completamente concentrado, rezando. Quando eu o chamei e toquei no seu ombro, ele tomou um grande susto e eu também.
Este fato demonstra muito bem o quando ele vivenciava os momentos de oração, especialmente a liturgia. Em uma das audiências, ele também falou de forma bem clara sobre sua ligação com o Papa, ele disse: “na minha Arquidiocese tudo o que o Papa quer e gosta, eu me empenho para fazer”, demonstrando que sua obediência ao Papa não era só uma questão formal, mas nascia do mais profundo do seu coração.
Nestes dois anos, aprendi a amar e a respeitar este grande homem de Deus, por sua vida, por seus atos, suas palavras e atitudes. Por isso, posso dizer que creio firmemente que a imagem da foto acima é um símbolo da vida deste grande homem. Com certeza, ele, agora no céu, intercede por cada um de nós.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Morre Dom Eugenio




RIO - O cardeal do Rio de Janeiro Dom Eugenio de Araújo Sales, arcebispo emérito do Rio, morreu na noite desta segunda-feira, por volta de 23h30m, no Rio de Janeiro. Segundo a Arquidiocese, ele morreu em casa, no Sumaré, de causas naturais. O religioso, que tinha 91 anos, será velado a partir da manhã de terça-feira na Catedral Metropolitana, onde deverá ser enterrado.
A Arquidiocese informou, ainda, que a rotina de Dom Eugênio nos últimos dias era apenas de ficar no quarto e no gabinete, onde lia muitos jornais e assistia à TV. Ele não teria nenhuma doença específica. Segundo cálculos da Arquidiocese, Dom Eugenio faria 69 anos de sacerdócio, 58 de episcopado, 43 de cardinalato, em seus quase 92 anos de vida. Ele sagrou 22 bispos e ordenou 215 sacerdotes.
As homenagens
Por meio do Twitter, o Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, também comunicou a morte de Dom Eugenio, por volta das 0h40m: “Nosso querido Cardeal Dom Eugênio faleceu. Pedimos orações pelo seu descanso eterno!”
Já a Arquidiocese, ao informar a morte do cardeal, lembrou que, fundamentado na Carta de São Paulo aos Coríntios, o lema do religioso foi: "Impendam et Superimpendar" (2Cor 12,15: “De mui boa vontade darei o que é meu, e me darei a mim mesmo pelas vossas almas, ainda que, amando-vos mais, seja menos amado por vós”).
Nascido em 8 de novembro de 1920, em Acari (RN), o cardeal teve o nome entre os candidatos a Papa depois da morte de João Paulo I. Conhecido como o homem do Vaticano no Brasil durante os 30 anos em que esteve à frente da Arquidiocese do Rio, o cardeal continuou sendo querido pelo Papa, mesmo afastado das funções eclesiásticas no estado fazia quase uma década. O arcebispo emérito do Rio chegou a ser surpreendido, às vésperas de completar 90 anos, por uma carta de felicitações assinada por Bento XVI. Para Dom Eugenio, o documento não foi sinal de prestígio, mas o reconhecimento de uma vida dedicada à fé.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

Além do Brasil o Papa Bento XVI poderia viajar à Colômbia, ao Chile ou ao Panamá em 2013


ROMA, 06 Jul. 12 / 03:46 pm (ACI/Europa Press).- O Papa Bento XVI poderia voltar a visitar um país da América Latina em julho de 2013, aproveitando a viagem ao Brasil pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), e poderia ser a Colômbia, o Panamá e Chile.
Nas últimas semanas estas nações reforçaram gestões para obter que o avião papal “desvie” sua trajetória e aterrisse em algum destes países, segundo a imprensa italiana.
O governo da Colômbia já estendeu seu convite ao Papa e a Conferência Episcopal deste país também o fez em 22 de junho durante um encontro com Bento XVI, na conclusão da visita ad limina de um grupo de bispos do país aos quais o Pontífice respondeu que "Deus o dirá", informou o diário italiano La Stampa.
Além disso, assinala que outro dos governos empenhados em obter uma visita papal é o Panamá já que em 2013 se cumpre o quinto centenário da criação da primeira diocese em terra firme do Continente Americano que é a de Santa María La Antigua, no território panamenho.
Com este motivo, convocou-se um especial ano jubilar que terá início no dia 28 de novembro deste ano e ao qual o Papa enviará como representante o prefeito da Congregação para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, Cardeal Marc Ouellet.
Conforme destaca o jornal, o vice-chanceler do Panamá, Francisco Álvarez Del Soto, convidou o Papa a seu país durante sua visita ao Vaticano no fim de maio e o Papa, uma vez mais, respondeu que "tudo depende de Deus". Continuando, Álvarez se encontrou com o subsecretário para as Relações com os Estados da Sé Apostólica, Ettore Balestrero.
Por sua parte, o embaixador do Chile, Fernando Zegers Santa Cruz e o intendente de Coquimbo, Sergio Gahona, reiteraram no último 20 de junho seu convite ao Papa, feito já pelo presidente Sebastián Piñera em março de 2011, com motivo da bênção da Porta da Cruz do Terceiro Milênio ao finalizar uma audiência geral.
O jornal italiano destaca o êxito da visita do Santo Padre ao México e a Cuba no mês de março e afirma que o entorno papal vê com boas possibilidades que a peregrinação ao Brasil no próximo no seja ocasião para a visita a outro país latino-americano.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A prostração devida diante do Santíssimo Sacramento

"O hino da Carta aos Filipenses oferece-nos aqui duas indicações importantes para a nossa oração. A primeira é a invocação «Senhor», dirigida a Jesus Cristo, sentado à direita do Pai: Ele é o único Senhor da nossa vida, no meio de muitos «dominadores» que a querem orientar e guiar. Por isso, é necessário dispor de uma escala de valores na qual a primazia compete a Deus, para afirmar com São Paulo: «Sim, considero que tudo isto foi mesmo uma perda, por causa da maravilha que é o conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor» (Fl 3, 8). O encontro com o Ressuscitado levou-o a compreender que Ele é o único tesouro pelo qual vale a pena despender a própria existência.

A segunda indicação é a prostração, o «dobrar-se de todos os joelhos» na terra e nos céus, que evoca uma expressão do profeta Isaías, onde indica a adoração que todas as criaturas devem a Deus (cf. 45, 23). A genuflexão diante do Santíssimo Sacramento, ou o pôr-se de joelhos na oração exprimem precisamente a atitude de adoração perante Deus, também com o corpo. Daqui a importância de realizar este gesto não por hábito e à pressa, mas com consciência profunda. Quando nos ajoelhamos diante do Senhor, professamos a nossa fé nele, reconhecemos que Ele é o único Senhor da nossa vida."


Da catequese do Santo Padre de quarta-feira, 27 de junho de 2012

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Aumenta o número de sacerdotes no mundo


BRASÍLIA, quarta-feira, 04 de julho de 2012(ZENIT.org) – Censo Anual realizado pelo Centro de Estatística e Investigações Sociais (CERIS), divulgado recentemente pela CNBB, mostra um crescimento considerável em relação às vocações sacerdotais e religiosas, confirmando no Brasil a tendência do aumento do número de sacerdotes diocesanos e religiosos no mundo que começou em 2000 e continuou em 2010.
O Censo Anual de realizado pelo CERIS — entidade brasileira de pesquisa religiosa fundada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - revelou uma “Igreja Viva”. É o que afirma a análise sociológica da evolução numérica da presença da Igreja no Brasil, feita pelo sociólogo Padre José Carlos Pereira, colaborador do CERIS.
A distribuição de padres por habitantes é um dos fatores levantados pela pesquisa. Em 2000 eram 16.772 padres. Em 2010 chegou a 22.119 padres. Em 2000 havia pouco mais de 169 milhões de habitantes e para cada sacerdote eram 10.123,97 habitantes. Dez anos depois havia aproximadamente 190 milhões de habitantes e cada padre teria o número de 8.624,97 habitantes.
Conforme o Anuário Pontifício 2012, entregue ao Santo Padre Bento XVI em março deste ano, a tendência de crescimento no número de sacerdotes no mundo começou em 2000 e continuou em 2010, ano em que foram contados 412.236 padres, dos quais 277.009 diocesanos e 135.227 do clero regular; em 2009 eram 410.593, sendo 275.542 diocesanos e 135.051 religiosos.
No total, o clero aumentou entre 2009 e 2010 em 1.643 padres. Os aumentos foram registrados na Ásia (1.695), África (761), Oceania (52) e América (40), enquanto a queda afetou a Europa (905 sacerdotes a menos).
Os dados estatísticos se referem a 2010 e fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas da Igreja católica nas 2.966 circunscrições eclesiásticas do planeta.
A concentração do clero por regiões brasileiras, segundo a pesquisa do CERIS, mostrou que havia uma concentração maior na região sudeste em detrimento das outras regiões. Do total de padres no país a região sudeste concentrava quase metade dos sacerdotes, com 45%. O sul ficava com um quarto da população de padres, 25%, o nordeste 16%, o centro-oeste apenas 9%. Já o norte seria a região com menos padres, apenas 3%.
O quadro geral no Brasil “mostra uma vitalidade da religião católica, por meio de um borbulhar de novas modalidades, ou novas formas de viver a fé católica, por meio das novas comunidades, novos movimentos eclesiais e da volta às origens dos ideais das primeiras comunidades cristãs, que tem refletido outro quadro estatístico, que é da evolução do número de presbíteros entre os anos de 1970 e 2010, conforme vemos na atual planilha do CERIS.Isso indica um retorno ao catolicismo dos afastados, mas também uma identificação maior daqueles que já praticavam o catolicismo, mas não se sentiam muito firmes, identificados com a doutrina católica”, destaca a análise.
O Censo Demográfico 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que os católicos permanecem sendo maioria, embora haja uma maior diversidade religiosa da população brasileira. Os dados mostram que 64,6% da população professa a fé católica, havendo 72,2% de presença neste credo no Nordeste, 70,1% no Sul e 60,6% no Norte do país.
A análise mostra que outros 22,2% da população são compostos por evangélicos, 8% por pessoas que se declaram sem religião, 3% por outros credos e 2% por espíritas.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O Brasil recebe a relíquia de São Camilo de Lellis



BRASILIA, terça-feira, 3 de julho de 2012 (ZENIT.org) – O coração de São Camilo de Lellis chegou ao coração do Brasil nesse domingo, 1 de Julho, onde permanecerá até amanhã, dia 4 de Julho, partindo depois para Macapá.
O Brasil recebe a Relíquia do coração de São Camillo, no contexto das celebrações dos 400 anos da fundação da Ordem dos Ministros dos enfermos, os padres Camilianos. A Relíquia permanecerá em território nacional por um mês, percorrendo diversas cidades e obras do camilianos no Brasil.
O pároco da paróquia de São Camilo de Lellis de Brasília, Pe. Mário dos Santos, foi à Itália receber das mãos do Pe. Francisco de Macedo a relíquia do coração do santo, em cerimônia com a presença do Embaixador do Brasil na Itália e do Superior-Geral dos padres camilianos, Padre Renato Salvatore.
Para saber seguir a viagem da relíquia os camilianos criaram uma infografia animada que pode ser acessada através deste link: http://www.camillodelellis.org/wp-content/swf/mappa2.swf
Para maiores informações: http://www.camillodelellis.org/

terça-feira, 3 de julho de 2012

São Tomé



Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa.
Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio (Jo 20,24). Era o único discípulo que estava ausente. Ao voltar, ouviu o que acontecera,mas negou-se a acreditar. Veio de novo o Senhor, e mostrou seu lado ao discípulo incrédulo para que o pudesse apalpar; mostrou-lhe as mãos e, mostrando-lhe também a cicatriz de suas chagas, curou a chaga daquela falta de fé. Que pensais, irmãos caríssimos, de tudo isto? Pensais ter acontecido por acaso que aquele discípulo estivesse ausente naquela ocasião, que, ao voltar, ouvisse contar, que, ao ouvir, duvidasse, que, ao duvidar, apalpasse, e que, ao apalpar, acreditasse?
Nada disso aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A clemência do alto agiu de modo admirável a fim de que, ao apalpar as chagas do corpo de seu mestre, aquele discípulo que duvidara curasse as chagas da nossa falta de fé. A incredulidade de Tomé foi mais proveitosa para a nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram logo. Pois, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde apalpar, o nosso espírito, pondo de lado toda dúvida, confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e apalpou tornou-se testemunha da verdade da ressurreição.
Tomé apalpou e exclamou: Meu Senhor e meu Deus! Jesus lhe disse: Acreditaste, porque me viste? (Jo 20,28-29). Ora, como diz o apóstolo Paulo: A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se vêem (Hb 11,1). Logo, está claro que a fé é a prova daquelas realidades que não podem ser vistas.
De fato, as coisas que podemos ver não são objeto de fé, e sim de conhecimento direto.
Então, se Tomé viu e apalpou, por qual razão o Senhor lhe disse: Acreditaste, porque me viste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e proclamou a fé na sua divindade, exclamando: Meu Senhor e meu Deus! Por conseguinte, tendo visto, acreditou. Vendo um verdadeiro homem, proclamou que ele era Deus, a quem não podia ver.
Alegra-nos imensamente o que vem a seguir: Bem-aventurados os que creram sem ter visto (Jo 20,29). Não resta dúvida de que esta frase se refere especialmente a nós. Pois não vimos o Senhor em sua humanidade, mas o possuímos em nosso espírito. É a nós que ela se refere, desde que as obras acompanhem nossa fé. Com efeito, quem crê verdadeiramente, realiza por suas ações a fé que professa. Mas, pelo contrário, a respeito daqueles que têm fé apenas de boca, eis o que diz São Paulo: Fazem profissão de conhecer a Deus, mas negam-no com a sua prática (Tt 1,16). É o que leva também São Tiago a afirmar:A fé, sem obras, é morta (Tg 2,26). 

domingo, 1 de julho de 2012

Arcebispos recebem o Pálio em Roma na festa de São Pedro e São Paulo

Dom Jaime Arcebispo de Natal recebendo o Pálio
VATICANO, 30 Jun. 12 / 03:35 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus ontem, 29 de junho, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI assinalou que São Pedro e São Paulo, pilares da Igreja nascente foram “testemunhas distintas da fé”. “Eles expandiram o Reino de Deus com seus diversos dons e, no exemplo do Mestre divino, selaram com sangue sua pregação evangélica”, destacou.
O Santo Padre sublinhou que o martírio de ambos os Santos “sinal de unidade da Igreja, como disse Santo Agostinho: “Um só dia é consagrado à festa dos dois apóstolos. Mas também eles eram uma coisa só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, eram uma coisa só. Pedro precede, Paulo segue”.
“Do sacrifício de Pedro são sinais eloquentes a Basílica Vaticana e esta Praça, tão importantes para o cristianismo. Também do martírio de Paulo restam traços significativos na nossa cidade, especialmente a Basílica a ele dedicada na Via Óstia. Roma traz escrito na sua história os sinais da vida e da morte gloriosa do humilde pescador da Galiléia e do apóstolo dos povos, que justamente os escolheram como Protetores”.
Para Bento XVI ao recordar o “luminoso testemunho deles, nós recordamos o início venerável da Igreja que em Roma crê e prega o anúncio de Cristo Redentor. Mas os Santos Pedro e Paulo brilham não só no céu de Roma, mas no coração de todos os que creem e que, iluminados pelos seus ensinamentos e exemplos, em cada parte do mundo, andam sobre o caminho da fé, da esperança e da caridade”.
“Neste caminho de salvação, a comunidade cristã, sustentada pela presença do Espírito do Deus vivo, sente-se encorajada a prosseguir forte e serena sobre a estrada da fidelidade a Cristo e do anúncio do Seu Evangelho aos homens de cada tempo”.
O Papa também recordou a cerimônia de imposição dos pálios aos novos arcebispos realizada horas antes, e a qualificou como “Um rito sempre eloquente que põe em destaque a íntima comunhão dos Pastores com o Sucessor de Pedro e o profundo vínculo que nos liga à tradição apostólica. Trata-se de um duplo tesouro de santidade, no qual se fundam juntamente a unidade e a catolicidade da Igreja: um tesouro precioso a se redescobrir e se viver com renovado entusiasmo e constante empenho”.
O Papa dirigiu uma saudação especial para os 7 Arcebispos do Brasil (e 1 da Angola) “que acabaram de receber o pálio e também para os familiares e amigos que os acompanham: À Virgem Maria confio vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro.”
Lista dos Bispos brasileiros que receberam o Pálio:

Dom Wilson Tadeu Jonck S.C.I. de Florianopolis (SC).
Dom Jose Francisco Rezende Dias de Niterói (RJ).
Dom Esmeraldo Barreto de Farias de Porto Velho (RO).
Dom Airton Jose dos Santos de Campinas (SP).
Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho de Teresina (PI).
Dom Paulo Mendes Peixoto de Uberaba (MG).
Dom Jaime Vieira Rocha de Natal (RN).