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terça-feira, 22 de julho de 2014

Festa de Santa Maria Madalena

Ícone de Santa Maria Madalena

Abaixo, segue o hino e a oração conclusiva das Laudes da Festa de Santa Maria Madalena:
Hino
Luminosa, a aurora desperta
e o triunfo de Cristo anuncia.
Tu, porém, amorosa, procuras
ver e ungir o seu Corpo, ó Maria.
Quando o buscas, correndo ansiosa,
vês o anjo envolvido em luz forte;
ele diz que o Senhor está vivo
e quebrou as cadeias da morte.
Mas amor tão intenso prepara
para ti recompensa maior:
crês falar com algum jardineiro,
quando escutas a voz do Senhor.
Estiveste de pé junto à cruz,
com a Virgem das Dores unida;
testemunha e primeira enviada
és agora do Mestre da vida
Bela flor de Mágdala, ferida
pelo amor da divina verdade,
faze arder o fiel coração
com o fogo de tal caridade.
Dai-nos, Cristo, imitarmos Maria
em amor tão intenso, também,
para um dia nos céus entoarmos
vossa glória nos séculos. Amém.

Oração conclusiva
Ó Deus, o vosso Filho confiou a Maria Madalena o primeiro anúncio da alegria pascal;dai-nos, por suas preces e a seu exemplo, anunciar também que o Cristo vive e contemplá-lo na glória de seu Reino. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Solenidade do nascimento de São João Batista


Igreja construída no local do nascimento de São João Batista





Local do nascimento de São João Batista



 Nos muros da Igreja tem o Benedictus em várias línguas, inclusive em português (foto). Este hino foi o cantado por Zacarias, pai de João Batista, no dia do seu nascimento.

sábado, 14 de dezembro de 2013

São João da Cruz

No dia 14 de dezembro a Igreja celebra São João da Cruz, um grande santo, poeta, místico e doutor da Igreja. Ele nasceu no ano de 1542 em Ávila, na Espanha. Teve uma infância pobre. Em 1563 entra na Ordem camelitana e no ano de 1567 tem seu primeiro encontro com Santa Teresa de Ávila, que, na época, estava empreendendo a reforma do Carmelo. Este encontro vai marcar a sua vida, porque a partir de então João fará parte, de forma decisiva, da reforma carmelitana. Morreu aos 49 anos, no ano de 1591.
João da Cruz é um grande artista, com uma sensibilidade especial para colocar em poesia sua experiência com Deus e sua teologia. Escreve também obras que são consideradas até hoje de insuperável profundidade mística. Suas grandes obras são: A noite escura, Subida ao Monte Carmelo, Chama viva de amor e Cântico espiritual.
Para mim, de forma direta, a vida e a obra de São João da Cruz marcaram muito a minha caminhada e até hoje tem uma grande influência na minha vida e, como consequência disto, uma forte influência no Movimento da Transfiguração.
Dentre as muitas influências, quero destacar duas: a primeira delas é o desejo de união com Jesus, que ultrapassa a simples tentativa de segui-lo como um modelo, mas de sim de ter uma comunhão com a pessoa de Jesus. João da Cruz vai chamar este caminho de divinização por participação, o que influenciou bastante, no Movimento da Transfiruguração, o caminho pedagógico da transfiguração do coração, em que a conversão nasce de uma experiência de encontro com Cristo e transforma o coração, transbordando aos poucos para a vida.
A segunda, é a relação íntima que João da Cruz tem com a Palavra de Deus. Ele cita a Bíblia, nas suas obras, 1653 vezes. E ele fazia isto sem fazer consulta direta ao texto bíblico, demonstrando, assim, sua grande intimidade com a Palavra de Deus. Junto com isto, me marcou bastante a forma espiritual e simbólica com que ele interpretava e aplicava para o tempo presente os textos bíblicos. Isto influenciou a minha forma de ler e atualizar a Palavra de Deus.
Por tudo isso e muito mais, desejo demonstrar minha devoção e gratidão a este grande santo e místico, rezando junto com toda a Igreja, dizendo:
Ó Deus, que inspiraste ao presbítero São João da Cruz extraordinário amor pelo Cristo e total desapego de si mesmo, fazei que, imitando sempre o seu exemplo, cheguemos à contemplação da vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Festa de santa Teresa de Jesus



No dia 15 de outubro a igreja celebra santa Teresa de Ávila, uma grande mística espanhola. Santa Teresa nasceu dia 28 de março de 1515, na cidade de Ávila, Espanha, numa família de muitos irmãos. Aos 13 anos perde sua mãe, e a partir desse momento ela toma Nossa Senhora como sua mãe; aos 20 anos entra no convento carmelita da Encarnação.
Os dezoitos anos que se seguem no convento da Encarnação foram marcados por profundos conflitos interiores e uma grande enfermidade, que quase tira sua vida. Seu conflito interior se dava porque ela sentia uma forte atração por Deus, na oração, mas na sua vida cotidiana, deixava-se levar por uma vida muito dispersa, marca desse convento na sua época.
No ano 1554 Teresa tem uma forte experiência de Deus ao contemplar uma imagem de Jesus chagado, atado à coluna. Esta experiência dá início ao tempo que ela chama de conversão. Assim, ela passa a um caminho de fidelidade na oração e de afastamento de situações de dispersão que a rodeavam. Esse período será marcado por grandes fenômenos místicos na sua vida e culmina com a inspiração da fundação de um Mosteiro com observância mais estrita. Esta fundação será denominada reforma carmelita descalça. Depois de grandes lutas e perseguições é fundado o convento de São José, o primeiro de muitos conventos fundados por Santa Teresa.
No ano 1568, juntamente com São João da Cruz, Teresa funda o ramo masculino dos frades descalços. Até sua morte, em 1582, vários conventos femininos e masculinos são fundados na Espanha; e após sua morte, essas fundações se espalham por vários lugares do mundo.
Um aspecto fundamental na vida e obra de Santa Teresa são seus livros que influenciaram muito mais do que as casas religiosas fundadas por ela. Os seus grandes escritos são: Livro da vida, Caminho de Perfeição, Fundações e o Castelo Interior, além de outros escritos menores.
Santa Teresa tem uma grande influência na minha vida. Tive o primeiro contato com ela através do livro da Vida, livro no qual ela conta sua vida e dá orientação sobre a oração. Na época eu tinha 18 anos e me marcou profundamente. Posso dizer que, com santa Teresa, aprendi a rezar com o método que ela chama “trato de amizade”.
Com o tempo, li outros escritos dela que marcaram profundamente minha visão de Deus e da oração. Creio que, por isso, ela tem um lugar especial no Movimento da Transfiguração: como mestra de oração, que pode nos guiar no caminho de intimidade profunda com Deus.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

São Bento





Da Regra de São Bento, abade

(Prologus, 4-22;cap.72,1-12:CSEL75,2-5.162-163)
(Séc.VI)

Nada absolutamente prefiram a Cristo
Antes de tudo, quando quiseres realizar algo de bom, pede a Deus com oração muito insistente que seja plenamente realizado por ele. Pois já tendo se dignado contar-nos entre o número de seus filhos, que ele nunca venha a entristecer-se por causa de nossas más ações. Assim, devemos em todo tempo pôr a seu serviço os bens que nos concedeu, para não acontecer que, como pai irado, venha a deserdar seus filhos; ou também, qual Senhor temível, irritado com os nossos pecados nos entregue ao castigo eterno, como
péssimos servos que o não quiseram seguir para a glória.
Levantemo-nos, enfim, pois a Escritura nos desperta dizendo: Já é hora de levantarmos do sono (cf. Rm 13,11). Com os olhos abertos para a luz deífica e os ouvidos atentos, ouçamos a exortação que a voz divina nos dirige todos os dias: Oxalá, ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações (Sl 94,8); e ainda: Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas (Ap 2,7).
E o que diz ele? Meus filhos, vinde agora e escutai-me: vou ensinar-vos o temor do Senhor (Sl 33,12). Correi, enquanto tendes a luz da vida, para que as trevas não vos alcancem (cf. Jo 12,35).
Procurando o Senhor o seu operário na multidão do povo ao qual dirige estas palavras, diz ainda: Qual o homem que não ama sua vida, procurando ser feliz todos os dias? (Sl 33,13). E se tu, ao ouvires este convite, responderes: Eu, dir-te-á Deus: Se queres possuir a verdadeira e perpétua vida, afasta a tua língua da maldade, e teus lábios, de palavras mentirosas. Evita o mal e faze o bem, procura a paz e vai com ela em seu caminho (Sl 33,14-15). E quando fizeres isto, então meus olhos estarão sobre ti e meus ouvidos atentos às tuas preces; e antes mesmo que me invoques, eu te direi: Eis-me aqui (Is 58,9).
Que há de mais doce para nós, caríssimos irmãos, do que esta voz do Senhor que nos convida? Vede como o Senhor, na sua bondade, nos mostra o caminho da vida!
Cingidos, pois, os nossos rins com a fé e a prática das boas ações, guiados pelo evangelho, trilhemos os seus caminhos, a fim de merecermos ver aquele que nos chama a seu reino (cf. 1Ts 2,12). Se queremos habitar na tenda real do acampamento desse reino, é preciso correr pelo caminho das boas ações; de outra forma, nunca chegaremos lá.
Assim como há um zelo mau de amargura, que afasta de Deus e conduz ao inferno, assim também há um zelo bom, que separa dos vícios e conduz a Deus. É este zelo que os monges devem pôr em prática com amor ferventíssimo, isto é, antecipem-se uns aos outros em atenções recíprocas (cf. Rm 12,10). Tolerem pacientissimamente as suas fraquezas, físicas ou morais; rivalizem em prestar mútua obediência; ninguém procure o que julga útil para si, mas sobretudo o que o é para o outro; ponham em ação castamente a caridade fraterna; temam a Deus com amor; amem o seu abade com sincera e humilde caridade; nada absolutamente prefiram a Cristo; e que ele nos conduza todos juntos para a vida eterna.

terça-feira, 19 de março de 2013

Solenidade de São José

Dos Sermões de São Bernardino de Sena, presbítero
(Sermo 2, de S.Ioseph:Opera7,16.27-30)
(Séc.XV)
Guarda fiel e providente
É esta a regra geral de todas as graças especiais concedidas a qualquer criatura racional: quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida todos os carismas necessários para o exercício de sua missão.
 Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo e
verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão. Eis por que o Senhor lhe disse:
Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor! (Mt 25,21).
 Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: acaso não é ele o homem
especialmente escolhido,por quem e sob cuja proteção se realizou a entrada de Cristo no
mundo de modo digno e honesto? Se, portanto, toda a santa Igreja tem uma dívida para com a Virgem Mãe, por ter recebido a Cristo por meio dela, assim também, depois dela,
deve a São José uma singular graça e reverência.
 Ele encerra o Antigo Testamento; nele a dignidade dos patriarcas e dos profetas obtém o fruto prometido. Mas ele foi o único que realmente possuiu aquilo que a bondade divina lhes tinha prometido.
 E não duvidemos que a familiaridade, o respeito e a sublimíssima dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como um filho para com seu pai, certamente também nada disso lhe negou no céu, mas antes, completou e aperfeiçoou.
 Por isso, não é sem razão que o Senhor lhe declara: Vem participar da alegria do teu Senhor! Embora a alegria da felicidade eterna penetre no coração do homem, o Senhor preferiu dizer: Vem participar da alegria. Quis assim insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o envolve de todos os lados e o absorve e submerge como um abismo sem fim.
 Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com vossas orações junto de vosso Filho adotivo; tornai-nos também propícia vossa Esposa, a santíssima Virgem, mãe daquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim. Amém.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Festa de São João Bosco



Nasceu perto de Castelnuovo, na diocese de Turim, em 1815. Teve uma infância sofrida. Ordenado sacerdote, consagrou todas as suas energias à educação da juventude, para formá-la na prática da vida cristã e no exercício de uma profissão. Com essa finalidade, fundou Congregações, sobretudo, a Sociedade São Francisco de Sales (Salesianos). Escreveu também diversos opúsculos para proteger e defender a religião católica. Morreu em 1888.
Das Cartas de São João Bosco, presbítero
(Epistolario, Torino 1959, 4,201-203) (Séc.XIX)
Sempre trabalhei com amor.
Antes de mais nada, se queremos ser amigos do verdadeiro bem de nossos alunos e levá-los ao cumprimento de seus deveres, é indispensável jamais vos esquecerdes de que representais os pais desta querida juventude. Ela foi sempre o terno objeto dos meus trabalhos, dos meus estudos e do meu ministério sacerdotal; não apenas meu, mas da cara congregação salesiana.
Quantas vezes, meus filhinhos, no decurso de toda a minha vida, tive de me convencer desta grande verdade! É mais fácil encolerizar-se do que ter paciência, ameaçar uma criança do que persuadi-la. Direi mesmo que é mais cômodo, para nosa impaciência e nossa soberba, castigar os que resistem do que corrigi-los, suportando-os com firmeza e suavidade.
Tomai cuidado para que ninguém vos julgue dominados por um ímpeto de violenta indignação. É muito difícil, quando se castiga, conservar aquela calma tão necessária para afastar qualquer dúvida de que agimos para demonstrar a nossa autoridade ou descarregar o próprio mau humor. Consideremos como nossos filhos aqueles sobre os quais exercemos certo poder. Ponhamo-nos a seu serviço, assim como Jesus, que veio para obedecer e não para dar ordens; envergonhemo-nos de tudo o que nos possa dar aparência de dominadores; e se algum domínio exercemos sobre eles, é para melhor servirmos.
Assim procedia Jesus com seus apóstolos; tolerava-os na sua ignorância e rudeza, e até mesmo na sua pouca fidelidade. A afeição e a familiaridade com que tratava os pecadores eram tais que em alguns causava espanto, em outros escândalo, mas em muitos infundia a esperança de receber o perdão de Deus. Por isso nos ordenou que aprendêssemos dele a ser mansos e humildes de coração.
Uma vez que são nossos filhos, afastemos toda cólera quando devemos corrigir-lhes as faltas ou, pelo menos, a moderemos de tal modo que pareça totalmente dominada. Nada de agitação de ânimo, nada de desprezo no olhar, nada de injúrias nos lábios; então sereis verdadeiros pais e conseguireis uma verdadeira correção.
Em determinados momentos muito graves, vale mais uma recomendação a Deus, um ato de humildade perante ele, do que uma tempestade de palavras que só fazem mal a quem as ouve e não têm proveito algum para quem as merece.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Santo tomás de Aquino

Nasceu por volta do ano 1225, da família dos Condes de Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro de
Monte Cassino e depois em Nápoles. Ingressou na Ordem dos Frades Pregadores e completou os estudos
em Paris e em Colônia, tendo tido como professor Santo Alberto Magno. Escreveu muitas obras de
grande erudição, e, como professor, lecionou disciplinas filosóficas e teológicas, o que lhe valeu grande
reputação. Morreu nas proximidades de Teracina, a 7 de março de 1274. Sua memória é celebrada a 28
de janeiro, data em que seu corpo foi trasladado para Toulouse (França), em 1369.
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Das Conferências de Santo Tomás de Aquino, presbítero
(Colatio 6 super Credoin Deum)
(Séc.XIII)

Na cruz não falta nenhum exemplo de virtude. Que necessidade havia para que o Filho de Deus sofresse por nós? Uma necessidade grande e, por assim dizer, dupla: para ser remédio contra o pecado e para exemplo do que devemos praticar.
Foi em primeiro lugar um remédio, porque na paixão de Cristo encontramos remédio contra todos os males que nos sobrevêm por causa dos nossos pecados.Mas não é menor a utilidade em relação ao exemplo. Na verdade, a paixão de Cristo é suficiente para orientar nossa vida inteira. Quem quiser viver na perfeição, nada mais tema fazer do que desprezar aquilo que Cristo desprezou na cruz e desejar o que ele desejou. Na cruz, pois, não falta nenhum exemplo de virtude.
Se procuras um exemplo de caridade: Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos (Jo 15,13). Assim fez Cristo na cruz. E se ele deu sua vida por nós, não devemos considerar penoso qualquer mal que tenhamos de sofrer por causa dele.
Se procuras um exemplo de paciência, encontras na cruz o mais excelente! Podemos reconhecer uma grande paciência em duas circunstâncias: quando alguém suporta com serenidade grandes sofrimentos, ou quando pode evitar os sofrimentos e não os evita.
Ora, Cristo suportou na cruz grandes sofrimentos, e com grande serenidade, porque atormentado, não ameaçava (1Pd 2,23); foi levado como ovelha ao matadouro e não abriu a boca (cf. Is 53,7; At 8,32).
É grande, portanto, a paciência de Cristo na cruz. Corramos com paciência ao combate que nos é proposto, com os olhos fixos em Jesus, que em nós começa e completa a obra da fé. Em vista da alegria que lhe foi proposta, suportou a cruz, não se importando com  infâmia (cf. Hb 12,1-2).
Se procuras um exemplo de humildade, contempla o crucificado: Deus quis ser julgado sob Pôncio Pilatos e morrer.Se procuras um exemplo de obediência, segue aquele que se fez obediente ao Pai até à morte: Como pela desobediência de um só homem, isto é, de Adão, a humanidade toda foi estabelecida numa condição de pecado, assim também pela obediência de um só,toda a humanidade passará para uma situação de justiça (Rm 5,19).
Se procuras um exemplo de desprezo pelas coisas da terra, segue aquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores, no qual estão encerrados todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl 2,3), e que na cruz está despojado de suas vestes, escarnecido, cuspido,espancado, coroado de espinhos e, por fim, tendo vinagre e fel como bebida para matar a sede.
 Não te preocupes com as vestes e riquezas, porque repartiram entre si as minhas vestes (Jo 19,24); nem com honras, porque fui ultrajado e flagelado; nem com a dignidade,porque tecendo uma coroa de espinhos, puseram-na em minha cabeça (cf. Mc 15,17);nem com os prazeres, porque em minha sede ofereceram-me vinagre (Sl 68,22).


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

São Francisco Xavier

Nasceu na Espanha, em 1506; quando estudante em Paris, tornou-se companheiro de Santo Inácio. Foi ordenado sacerdodote em Roma, em 1537, e dedicou-se às obras de caridade. Partindo em 1541 para o Oriente, durante dez anos evangelizou,incansavelmente, a Índia e o Japão, convertendo multidões à fé cristã. Morreu em 1552,na ilha chinesa de Sancião.

Das Cartas a Santo Inácio, de São Francisco Xavier, presbítero
(E Vita Francisci Xaverii, auctore H. Tursellini, Romae, 1596,
Lib. 4, epist. 4 [1542] et 5 [1544])

(Séc. XVI)

Ai de mim, se não evangelizar!
Percorremos as aldeias de neófitos, que receberam os sacramentos cristãos há poucos anos. Esta região não é cultivada pelos portugueses, já que é muito estéril e pobre; e os cristãos indígenas, por falta de sacerdotes, nada sabem a não ser que são cristãos. Não há ninguém que celebre para eles as sagradas funções; ninguém que lhes ensine o Símbolo, o Pai-nosso, a Ave Maria e os mandamentos da Lei de Deus.
Desde que aqui cheguei, não parei um instante: visitando com freqüência as aldeias, lavando na água sagrada os meninos não batizados. Assim, purifiquei grandíssimo número de crianças que, como se diz, não sabem absolutamente distinguir entre a direita e a esquerda. Estas crianças não me permitiram recitar ofício divino, nem comer, nem dormir, enquanto não lhes ensinasse alguma oração; foi assim que comecei a perceber que delas é o reino dos céus.
À vista disto, como não podia, sem culpa, recusar pedido tão santo, começando pelo testemunho do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinava-lhes o Símbolo dos Apóstolos, o Pai-nosso e a Ave-Maria. Observei que são muito inteligentes; se houvesse quem os instruísse nos preceitos cristãos, não duvido que seriam excelentes cristãos.
Nestas paragens, são muitíssimos aqueles que não se tornam cristãos, simplesmente por faltar quem os faça tais. Veio-me muitas vezes ao pensamento ir pelas academias da Europa, particularmente a de Paris, e por toda a parte gritar como louco e sacudir aqueles que têm mais ciência do que caridade,clamando: "Oh! Como é enorme o número dos que excluídos do céu, por vossa culpa se precipitam nos infernos!"Quem dera que se dedicassem a esta obra com o mesmo interesse com que se dedicam às letras, para que pudessem prestar contas a Deus da ciência e dos talentos recebidos!
Na verdade, muitos deles, impressionados por esta idéia, entregando-se à meditação das realidades divinas, talvez estivessem mais preparados para ouvir o que Deus diria neles: abandonando as cobiças e interesses humanos,se fizessem atentos a um aceno ou vontade de Deus. Decerto, diriam de coração: aqui estou, Senhor; que devo fazer? (At 9,10; 22,10). Envia-me para onde for do teu agrado, até mesmo para a Índia.

sábado, 20 de outubro de 2012

São Pedro de Alcântara

Hoje é dia de São Pedro de Alcântara, o qual é copadroeiro do Brasil, juntamente com Nossa Senhora Aparecida. São Pedro foi indicado por Dom Pedro I e aprovado por Sua Santidade, Papa Leão XII.
Partilhamos o relato sobre São Pedro de Alcântara deixado por Santa Teresa no capítulo 27 do Livro da Vida.
“E que bom imitador nos levou agora Deus na pessoa do bendito Frei Pedro de Alcântara! Já não pode mais o mundo para sofrer tanta perfeição. Dizem que andam as saúdes mais fracas e que estes não são os tempos passados. E no entanto este santo homem era do nosso tempo. Tinha o espírito forte como o dos tempos antigos e, assim, trazia o mundo debaixo dos pés. Pois ainda que não andemos nus nem façamos tão áspera penitência quanto ele fazia, muitas coisas há, como outras vezes tenho dito, para repisar no mundo - e o Senhor as ensina quando vê ânimo. E quão grande ânimo deu Sua Majestade a este Santo, para durante quarenta e sete anos fazer penitência tão rija, como todos sabem! Quero dizer algo dela, porque sei que é a pura verdade...
Com toda esta santidade era muito afável, embora de poucas palavras, quando não lhe faziam perguntas. Mas falando era muito agradável porque tinha um notável entendimento. Outras muitas coisas quisera mencionar, não fosse o medo do que dirá Vossa Mercê: para que me meto nisto? E já foi com temor que o escrevi. E assim termino, dizendo que o fim do Santo foi como a vida, pregando e admoestando a seus frades. Vendo que se finava, disse o Salmo: “Que alegria quando me disseram: vamos à Casa do Senhor!” E, de joelhos, morreu.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

São João Crisóstomo


Segunda leitura
Das Homilias de São João Crisóstomo, bispo
(Ante exsilium, nn. 1-3: PG 52,427*-430)
(Séc. IV)

Para mim, viver é Cristo e morrer é lucro Sobrevêm muitas ondas e fortes tempestades, mas não tememos afogar, pois estamos firmados sobre a pedra. Enfureça-se o mar, não tem forças para destruir a pedra. Ergam-se as vagas, não podem submergir o navio de Cristo. Pergunto eu: que temeremos? A morte? Para mim, viver é Cristo, e morrer é lucro (Fl 1,21). O exílio talvez, dizes-me? Do Senhor é a terra e tudo quanto contém (Sl 23,1). A confiscação dos bens? Nada trouxemos para o mundo e, é certo, nada daqui poderemos levar (1Tm6,7); os pavores deste mundo são desprezíveis, e seus bens, merecedores de riso. Não tenho medo da pobreza, não ambiciono riquezas; não temo a morte, nem prefiro viver a não ser para
vosso proveito. Por isto recordo os acontecimentos atuais e rogo à vossa caridade que tenhais confiança.
Não escutas o Senhor dizer: Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, estarei ali no meio deles? (Mt 18,20). E onde há tanta gente ligada pelos laços da caridade, não estará ele presente? Tenho seu penhor. Será que confio em minhas próprias forças? Seguro seu testamento. Este é o meu bordão, a minha segurança, o meu porto tranquilo. Abale-se embora o universo, tenho sua resposta, leio os seus escritos: aí está a muralha para mim, a fortaleza. Que escritos? Eu estou convosco todos os dias até a consumação do mundo (Mt 28,20).
Cristo está comigo, a quem temerei? Mesmo que as ondas, os mares, o furor dos príncipes se agitem contra mim, tudo isto não me impressiona mais do que uma aranha. E se vossa caridade não me retivesse, não recusaria partir ainda hoje mesmo para outro lugar. Repito sempre: Senhor, faça-se a tua vontade (Mt 26,42); não o que quer este ou aquele, mas o que tu queres. Esta é a minha tore, minha pedra imóvel; este, o meu báculo firme. Se Deus quer isto, faça-se. Se quiser que permaneça aqui, agradecerei. Onde quer que me queira, darei graças.
E onde estou eu, aí estais vós; onde estais, aí eu também: somos um só corpo e não se separa o corpo da cabeça nem a cabeça do corpo. Estamos em lugares distantes, mas unidos na caridade, que nem a morte poderá separar. Porque, embora morra meu corpo,viverá a alma que se lembrará do povo.
Vós sois meus cidadãos, vós, meus pais, vós, meus irmãos, vós, filhos, vós, membros,vós, corpo. Para mim sois a luz, ou melhor, mais deliciosos que esta luz. O que poderá enviar-me um raio igual à vossa caridade? O raio de sol para mim é vida, porém vossa caridade tece-me a coroa para o futuro.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Santo Agostinho


Dos Livros das Confissões, de Santo Agostinho, bispo

(Lib. 7,10.18;10,27: CSEL 33,157-163.255)

(Séc.V)

Ó eterna verdade e verdadeira caridade e cara eternidade!
Instigado a voltar a mim mesmo, entrei em meu íntimo, sob tua guia e o consegui, porque tu te fizeste meu auxílio (cf. Sl 29,11). Entrei e com certo olhar da alma, acima do olhar comum da alma, acima de minha mente, vi a luz imutável. Não era como a luz terena e evidente para todo ser humano. Diria muito pouco se afirmasse que era apenas uma luz muito, muito mais brilhante do que a comum, ou tão intensa que penetrava todas as coisas. Não era assim, mas outra coisa, inteiramente diferente de tudo isto. Também não estava acima de minha mente como óleo sobre a água nem como o céu sobre a terra, mas mais alta, porque ela me fez, e eu, mais baixo, porque feito por ela. Quem conhece a verdade, conhece esta luz.
Ó eterna verdade e verdadeira caridade e cara eternidade! Tu és o meu Deus, por ti suspiro dia e noite. Desde que te conheci, tu me elevaste para ver que quem eu via, era, e eu, que via, ainda não era. E reverberaste sobre a mesquinhez de minha pessoa, irradiando sobre mim com toda a força. E eu tremia de amor e de horror. Vi-me longe de ti, no país da dessemelhança, como que ouvindo tua voz lá do alto: “Eu sou o alimento dos grandes. Cresce e me comerás. Não me mudarás em ti como o alimento de teu corpo, mas tu te mudarás em mim”.
E eu procurava o meio de obter forças, para tornar-me idôneo a te degustar e não o encontrava até que abracei o mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus (1Tm 2,5), que é Deus acima de tudo, bendito pelos séculos (Rm 9,5). Ele me chamava e dizia: Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6). E o alimento que eu não era capaz de tomar se uniu à minha carne, pois o Verbo se fez carne (Jo 1,14), para dar à nossa infância o leite de tua sabedoria, pela qual tudo criaste.
Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro e eu, fora. E aí te procurava e lançava-me nada belo ante a beleza que tu criaste. Estavas comigo e eu não contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas que não existiriam, se não existissem em ti. Chamaste, clamaste e rompeste minha surdez, brilhaste, resplandeceste e afugentaste minha cegueira. Exalaste perfume e respirei. Agora anelo por ti. Provei-te, e tenho fome e sede. Tocaste-me e ardi por tua paz.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Peregrinação a Guaratinguetá / SP - Frei Galvão

No sábado (25) fomos em peregrinação a Guaratinguetá, após ter visitado a Basílica de Aparecida. Fomos para conhecer e rezar nos locais ligados a vida do primeiro santo brasileiro, Frei Galvão.
Primeiro fomos (eu, Marjorie, Pe. Alexandre e Luiz Henrique) à Catedral, igreja onde ele foi batizado e celebrou sua primeira missa.  Depois fomos na casa onde ele nasceu, onde hoje tem um museu com vários utensílios que pertenceram a ele e a sua família. Vimos também quadros que foram pintados a partir dos acontecimentos marcantes de sua vida.
Para mim foi muito importante, porque, confesso, até aquele dia tinha pouquíssimas informações sobre esse santo. O que mais me marcou foi o quanto ele era conhecido - já em vida - como um homem que tinha uma grande intimidade com Deus.
Depois fomos ao Santuário dedicado a Frei Galvão, onde tivemos a oportunidade ter um momento de oração pessoal e de rezarmos juntos a Liturgia das Horas - Vésperas. Foi um dia profundamente enriquecedor, que renovou a nossa fé e nossa adesão à vontade de Deus.
Veja abaixo algumas fotos:



 
 

 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

São Bernardo, abade e doutor da Igreja.


Dos Sermões sobre o Cântico dos Cânticos, de São Bernardo, abade

(Sermo 83,4-6: Opera omnia, Edit. Cisterc. 2[1958], 300-302)

Séc.XII

Amo porque amo, amo para amar
O amor basta-se a si mesmo, em si e por sua causa encontra satisfação. É seu mérito, seu próprio prêmio. Além de si mesmo, o amor não exige motivo nem fruto. Seu fruto é o próprio ato de amar. Amo porque amo, amo para amar. Grande coisa é o amor, contanto que vá a seu princípio, volte à sua origem, mergulhe em sua fonte, sempre beba donde corre sem cessar. De todos os movimentos da alma, sentidos e afeições, o amor é o único com que pode a criatura, embora não condignamente, responder ao Criador e, por sua vez, dar-lhe outro tanto. Pois quando Deus ama não quer outra coisa senão ser amado, já que ama para ser amado; porque bem sabe que serão felizes pelo amor aqueles que o amarem.
O amor do Esposo, ou melhor, o Esposo-Amor somente procura a resposta do amor e a fidelidade. Seja permitido à amada corresponder ao amor! Por que a esposa e esposa do Amor não deveria amar? Por que não seria amado o Amor?
 É justo que, renunciando a todos os outros sentimentos, única e totalmente se entregue ao amor,aquela que há de corresponder a ele, pagando amor com amor. Pois mesmo que se esgote toda no amor, que é isto diante da perene corrente do amor do outro? Certamente não corre com igual abundância o caudal do amante e do Amor, da alma e do Verbo, da esposa e do Esposo, do Criador e da criatura; há entre eles a mesma diferença que entre o sedento e a fonte.
 E então? Desaparecerá por isto e se esvaziará de todo a promessa da desposada, o desejo que suspira, o ardor da que a ama, a confiança da que ousa, já que não pode de igual para igual correr com o gigante, rivalizar a doçura com o mel, a brandura com o cordeiro, a alvura com o lírio, a claridade com o sol, a caridade com aquele que é a caridade?Não. Mesmo amando menos, por ser menor, se a criatura amar com tudo o que é, haverá de dar tudo. Por esta razão, amar assim é unir-se em matrimônio, porque não pode amar deste modo e ser menos amada, de sorte que no consenso dos dois haja íntegro e perfeito casamento. A não ser que alguém duvide ser amado primeiro e muito mais pelo Verbo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

14 de Agosto - S. Maximiliano Maria Kolbe. Homilia do Papa João Paulo II na canonização.


1. "Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus amigos" (Jo 15, 13).
A partir de hoje a Igreja deseja chamar "Santo" um homem a quem foi concedido realizar de maneira absolutamente literal as referidas palavras do Redentor.
De facto, no final de Julho de 1941, quando por ordem do chefe do campo foram colocados em fila os prisioneiros destinados a morrer de fome, este homem, Maximiliano Maria Kolbe, apresentou-se espontaneamente, declarando-se pronto a morrer em substituição a um deles. Esta disponibilidade foi acolhida, e ao Padre Maximiliano, após mais de duas semanas de tormentos por causa da fome, foi enfim tirada a vida com uma injecção mortal, a 14 de Agosto de 1941.
Tudo isto ocorreu no campo de concentração de Auschwitz, onde foram levadas à morte durante a última guerra cerca de quatro milhões de pessoas, entre as quais também a Serva de Deus Edite Stein (a carmelitana Irmã Teresa Benedita da Cruz), cuja causa de Beatificação está em andamento junto da competente Congregação. A desobediência a Deus, Criador da vida, que disse "não matarás", causou nesse lugar o imenso morticínio de tantos inocentes Contemporaneamente, então, a nossa época permaneceu assinalada de maneira tão horrível pelo extermínio do homem inocente.
2. Padre Maximiliano Kolbe, sendo também ele um prisioneiro do campo de concentração, reivindicou, em lugar da morte, o direito à vida de um homem inocente, um dos quatro milhões. Este homem (Franciszek Gajowniczek) vive ainda e está presente entre nós. Padre Kolbe reivindicou em favor dele o direito à vida, ao declarar a disponibilidade de morrer em lugar dele, porque era um pai de família e a sua vida era necessária aos seus entes queridos. Padre Maximiliano Maria Kolbe reafirmou assim o direito exclusivo do Criador à vida do homem inocente e deu testemunho a Cristo e ao amor. Escreve de facto o apóstolo João: "Nisto conhecemos a caridade: Ele (Jesus) deu a Sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos nossos irmãos" (1 Jo 3, 16).
Dando a sua vida por um irmão, Padre Maximiliano, que a Igreja já desde 1971 venera como "beato", de modo particular tornou-se semelhante a Cristo.
3. Nós, portanto, que hoje, domingo 10 de Outubro, nos reunimos diante da basílica de São Pedro em Roma, desejamos exprimir o especial valor que aos olhos de Deus tem a morte por martírio do Padre Maximiliano Kolbe:
"É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos Seus fiéis" (Sl 115/116 15), assim repetimos no salmo responsorial. Verdadeiramente é preciosa e inestimável! Mediante a morte que Cristo sofreu na Cruz completou-se a redenção do mundo pois esta morte tem o valor do amor supremo. Mediante a morte, sofrida pelo Padre Maximiliano Kolbe, um límpido sinal deste amor foi renovado no nosso século, que em grau tão elevado e de múltiplos modos é ameaçado pelo pecado e pela morte.
Eis que, nesta solene liturgia da canonização, parece apresentar-se entre nós aquele "mártir do amor" de Oswiecim (como o chamou Paulo VI) e dizer:
"eu sou Vosso servo, Senhor, sou Vosso servo nascido da Vossa serva, a quem quebrastes as cadeiras" (Sl 115/116, 16).
E, quase recolhendo num só o sacrifício de toda a sua vida, ele, sacerdote e filho espiritual de São Francisco, parece dizer:
"Que darei eu ao Senhor por todos os Seus benefícios?
Elevarei o cálice da salvação invocando o nome do Senhor" (Sl 115/116, 12 s.).
São, estas, palavras de gratidão. A morte sofrida por amor, em lugar do irmão, é um acto heróico do homem mediante o qual, juntamente com o novo Santo, glorificamos a Deus. D'Ele de facto provém a Graça de tal heroísmo, deste martírio.
4. Glorificamos portanto, hoje, a grande obra de Deus no homem. Diante de todos nós, aqui reunidos, Padre Maximiliano Kolbe eleva o seu "cálice da salvação", no qual está contido o sacrifício de toda a sua vida, ratificada com a morte de mártir "por um irmão".
Para este definitivo sacrifício, Maximiliano preparou-se seguindo a Cristo desde os primeiros anos da sua vida na Polónia. Daqueles anos provém o misterioso sonho de duas cordas: uma branca e outra vermelha, entre as quais o nosso santo não escolhe, mas aceita as duas. Desde os anos da juventude, de facto, permeava-o um grande amor por Cristo e o desejo do martírio.
Este amor e este martírio acompanharam-no na vocação franciscana e sacerdotal, para a qual se preparava tanto na Polónia como em Roma. Este amor e este desejo seguiram-no através de todos os lugares do serviço sacerdotal e franciscano na Polónia, e também do serviço missionário no Japão.
5. A inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, à qual confiava o seu amor por Cristo e o seu desejo de martírio. No mistério da Imaculada Conceição manifestava-se diante dos olhos da sua alma aquele mundo maravilhoso e sobrenatural da Graça de Deus oferecida ao homem. A fé e as obras de toda a vida do Padre Maximiliano indicam que ele entendia a sua colaboração com a Graça divina como uma milícia sob o sinal da Imaculada Conceição. A característica mariana é particularmente expressiva na vida e na santidade do Padre Kolbe. Com esta característica foi marcado também todo o seu apostolado, tanto na Pátria como nas missões. Na Polónia e no Japão foram centro deste apostolado as especiais cidades da Imaculada ("Niepokalanow" polaco, "Mugenzai no Sono" japonês).
6. Que aconteceu no Bunker da fome no campo de concentração em Oswiecim (Auschwitz), a 14 de Agosto de 1941?
A isto responde a presente liturgia: "Deus provou" Maximiliano Maria "e achou-o digno de Si" (cf. Sab 3, 5). Provou-o "como ouro na fornalha e aceitou-o como holocausto" (cf. Sab 3, 6).
Embora "aos olhos dos homens tenha sido atormentado", todavia "a sua esperança está cheia de imortalidade", pois "as almas dos justos estão na mão de Deus e nenhum tormento as tocará". E quando, humanamente falando, lhes chegam o tormento e a morte, quando "aparentemente estão mortos aos olhos dos insensatos...", quando "a sua saída deste mundo é considerada uma desgraça...", "eles estão em paz": eles experimentam a vida e a glória "na mão de Deus" (cf. Sab 3, 1-4).
Tal vida é fruto da morte à semelhança da morte de Cristo. A glória é a participação na Sua ressurreição.
Que aconteceu, então, no Bunker da fome, no dia 14 de Agosto de 1941?
Cumpriram-se as palavras dirigidas por Cristo aos Apóstolos para que "fossem e dessem fruto e o seu fruto permanecesse" (cf. Jo 15, 16).
De modo admirável perdura na Igreja e no mundo o fruto da morte heróica de Maximiliano Kolbe!
7. Para quanto ocorreu no campo de "Auschwitz" olhavam os homens. E embora aos olhos deles devesse parecer que "tivesse morrido" um companheiro de tormento, e de maneira humana pudessem considerar "a sua saída" como "uma desgraça", todavia na consciência deles esta não era simplesmente "a morte".
Maximiliano não morreu, mas "deu a vida... pelo irmão".
Manifestava-se nesta morte, terrível sob o ponto de vista humano, toda a definitiva grandeza do acto humano e da escolha humana: ele, por amor, ofereceu-se espontaneamente à morte.
E nesta sua morte humana manifestava-se o transparente testemunho dado a Cristo:
o testemunho dado em Cristo à dignidade do homem, à santidade da sua vida e à força salvífica da morte, na qual se manifesta o poder do amor.
Precisamente por isto a morte de Maximiliano Kolbe se tornou um sinal de vitória. Foi esta a vitória alcançada sobre o inteiro sistema do desprezo e do ódio para com o homem e o que é divino no homem, vitória semelhante àquela obtida por Nosso Senhor Jesus Cristo no Calvário.
"Vós sereis Meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando" (Jo 15,14).
8. A Igreja aceita este sinal de vitória, obtida mediante a força da Redenção de Cristo, com veneração e gratidão. Procura decifrar a sua eloquência com toda a humildade e amor.
Como sempre, quando proclama a santidade dos seus filhos e das suas filhas, assim também neste caso, ela procura agir com toda a precisão e a responsabilidade devidas, penetrando em todos os aspectos da vida e da morte do Servo de Deus.
Todavia a Igreja deve, ao mesmo tempo, estar atenta, entendendo o sinal da santidade dado por Deus no seu Servo terreno, para não deixar perderem-se a sua plena eloquência e o seu significado definitivo.
E por isso, ao julgar a causa do Beato Maximiliano Kolbe tiveram de ser tomadas em consideração — já depois da beatificação — as inúmeras vozes do Povo de Deus, e sobretudo dos nossos Irmãos no episcopado, tanto da Polónia como também da Alemanha, que pediam fosse Maximiliano Kolbe proclamado santo como mártir.
Diante da eloquência da vida e da morte do Beato Maximiliano, não se pode não reconhecer o que parece constituir o principal e essencial conteúdo do sinal dado por Deus à Igreja e ao mundo na sua morte.
Não constitui esta morte enfrentada espontaneamente, por amor ao homem, um particular cumprimento das palavras de Cristo?
Não torna ela Maximiliano particularmente semelhante a Cristo, Modelo de todos os Mártires, que na Cruz dá a própria vida pelos irmãos?
Não possui precisamente tal morte uma especial e penetrante eloquência para a nossa época?
Não constitui ela um testemunho particularmente autêntico da Igreja no mundo contemporâneo?
9. E por isso, em virtude da minha autoridade apostólica decretei que Maximiliano Maria Kolbe, venerado que era como Confessor a partir da Beatificação, fosse de agora em diante venerado também como Mártir!
"É preciosa aos olhos do Senhor a morte dos Seus fiéis!".
Amém.


SOLENE RITO DE CANONIZAÇÃO DE SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE
HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II
Praça de São Pedro
Domingo, 10 de Outubro de 1982

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

São Domingos


SÃO DOMINGOS, PRESBÍTERO

Memória

Nasceu em Caleruega (Espanha)cerca do ano 1170. Estudou Teologia em Palência e foi nomeado cônego da Igreja de Osma. Por meio da sua pregação e do exemplo da sua vida,combateu com grande êxito a heresia dos Albigenses. Para continuidade desta obra, reuniu companheiros e fundou a Ordem dos  Pregadores. Morreu em Bolonha no dia 6 de agosto de 1221.
De escritos diversos da História da Ordem dos Pregadores

(Libelus de principis O.P.: Acta canonizationis sancti Dominici: Monumenta O. P. Mist. 16, Romae 1935, pp.
30s.,146-147)

(Séc.XIII)

Falava com Deus ou de Deus
Domingos possuía tão grande nobreza de comportamento, e o ímpeto do divino fervor tanto o arrebatava que, sem dificuldade, era reconhecido como vaso de honra e de graça. Possuía serenidade de espírito extremamente constante,a não ser que a compaixão e a misericórdia a turbassem; e visto que o coração jubiloso alegra o semblante, revelava exteriormente a placidez do homem interior pela benignidade visível e alegria do rosto.
 Em toda parte, mostrava-se homem evangélico por palavras e atos. Durante o dia, com os irmãos e companheiros, ninguém mais simples, ninguém mais agradável. À noite, ninguém mais vigilante, nem mais insistente de todos os modos na oração. Falava raramente; vivia com Deus na oração, e sobre isto exortava seus irmãos.
 Havia um pedido a Deus que lhe era freqüente e especial: que lhe concedesse a verdadeira caridade, eficaz em atender e em favorecer a salvação dos homens. Assim fazia porque julgava que só seria verdadeiramente um bom membro de Cristo, quando se entregasse totalmente à salvação dos homens, como o Salvador de todos, o Senhor Jesus, que se ofereceu todo para nossa salvação. Para este fim, após madura e demorada deliberação, fundou a Ordem dos Frades Pregadores.
 Exortava constantemente por palavras e por escrito os irmãos desta Ordem a que sempre se aplicassem ao Novo e ao Antigo Testamento. Trazia sempre consigo o evangelho de Mateus e as epístolas de São Paulo; lia-os tanto, a ponto de sabê-los quase de cor.
 Por duas ou três vezes, eleito bispo, recusou sempre, preferindo viver na pobreza com os irmãos a possuir um episcopado. Guardou ilibada até o fim a limpidez de sua virgindade. Desejava ser flagelado, ser cortado em pedaços e morrer pela fé cristã. Dele afirmou Gregório IX: “Conheci um homem, que seguiu em tudo o modo de vida dos apóstolos; não há dúvida de que esteja unido nos céus à glória dos mesmos apóstolos”.

Oração

Ó Deus, que os méritos e ensinamentos de São Domingos venham em socorro da vossa Igreja, para que o grande pregador da vossa verdade seja agora nosso fiel intercessor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.


quinta-feira, 26 de julho de 2012

São Joaquim e Sant'Ana, pais de Nossa Senhora.


Dos Sermões de São João Damasceno, bispo

(Orat. 6, in Nativitatem B. Mariae V., 2.4.5.6:PG 96, 663.667.670)
(Séc.VIII)

Vós os conhecereis pelos seus frutos
Estava determinado que a Virgem Mãe de Deus iria nascer de Ana. Por isso, a natureza não ousou antecipar o germe da graça, mas permaneceu sem dar o próprio fruto até que a graça produzisse o seu. De fato, convinha que fosse primogênita aquela de quem nasceria o primogênito de toda a criação, no qual todas as coisas têm a sua consistência (cf. Cl 1,17).
 Ó casal feliz, Joaquim e Ana! A vós toda a criação se sente devedora. Pois foi por vosso intermédio que a criatura ofereceu ao Criador o mais valioso de todos os dons, isto é, a mãe pura, a única que era digna do Criador.
Alegra-te, Ana estéril, que nunca foste mãe, exulta e regozija-te, tu que nunca deste à luz (Is 54,1). Rejubila-te, Joaquim, porque de tua filha nasceu para nós um menino, foi-nos dado um filho; o nome que lhe foi dado é: Anjo do grande conselho, salvação do mundo inteiro, Deus forte (Cf. Is 9,5). Este menino é Deus.
 Ó casal feliz, Joaquim e Ana, sem qualquer mancha! Sereis conhecidos pelo fruto de vossas entranhas, como disse o Senhor certa vez: Vós os conhecereis pelos seus frutos (Mt 7,16). Estabelecestes o vosso modo de viver da maneira mais agradável a Deus e digno daquela que de vós nasceu. Na vossa casta e santa convivência educastes a pérola da virgindade, aquela que havia de ser virgem antes do parto, virgem no parto e continuaria virgem depois do parto; aquela que, de maneira única, conservaria sempre a virgindade, tanto em seu corpo como em seu coração.
 Ó castíssimo casal, Joaquim e Ana! Conservando a castidade prescrita pela lei natural, alcançastes de Deus aquilo que supera a natureza: gerastes para o mundo a mãe de Deus, que foi mãe sem a participação de homem algum. Levando, ao longo de vossa existência, uma vida santa e piedosa, gerastes uma filha que é superior aos anjos e agora é rainha dos anjos.
Ó formosíssima e dulcíssima jovem! Ó filha de Adão e Mãe de Deus! Felizes o pai e a mãe que te geraram! Felizes os braços que te carregaram e os lábios que te beijaram castamente, ou seja, unicamente os lábios de teus pais, para que sempre e em tudo conservasses a perfeita virgindade! Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira, alegrai-vos,exultai e cantai salmos (cf. Sl 97,4-5). Levantai vossa voz; clamai e não tenhais medo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

O Brasil recebe a relíquia de São Camilo de Lellis



BRASILIA, terça-feira, 3 de julho de 2012 (ZENIT.org) – O coração de São Camilo de Lellis chegou ao coração do Brasil nesse domingo, 1 de Julho, onde permanecerá até amanhã, dia 4 de Julho, partindo depois para Macapá.
O Brasil recebe a Relíquia do coração de São Camillo, no contexto das celebrações dos 400 anos da fundação da Ordem dos Ministros dos enfermos, os padres Camilianos. A Relíquia permanecerá em território nacional por um mês, percorrendo diversas cidades e obras do camilianos no Brasil.
O pároco da paróquia de São Camilo de Lellis de Brasília, Pe. Mário dos Santos, foi à Itália receber das mãos do Pe. Francisco de Macedo a relíquia do coração do santo, em cerimônia com a presença do Embaixador do Brasil na Itália e do Superior-Geral dos padres camilianos, Padre Renato Salvatore.
Para saber seguir a viagem da relíquia os camilianos criaram uma infografia animada que pode ser acessada através deste link: http://www.camillodelellis.org/wp-content/swf/mappa2.swf
Para maiores informações: http://www.camillodelellis.org/

terça-feira, 3 de julho de 2012

São Tomé



Das Homilias sobre os Evangelhos, de São Gregório Magno, papa.
Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio (Jo 20,24). Era o único discípulo que estava ausente. Ao voltar, ouviu o que acontecera,mas negou-se a acreditar. Veio de novo o Senhor, e mostrou seu lado ao discípulo incrédulo para que o pudesse apalpar; mostrou-lhe as mãos e, mostrando-lhe também a cicatriz de suas chagas, curou a chaga daquela falta de fé. Que pensais, irmãos caríssimos, de tudo isto? Pensais ter acontecido por acaso que aquele discípulo estivesse ausente naquela ocasião, que, ao voltar, ouvisse contar, que, ao ouvir, duvidasse, que, ao duvidar, apalpasse, e que, ao apalpar, acreditasse?
Nada disso aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A clemência do alto agiu de modo admirável a fim de que, ao apalpar as chagas do corpo de seu mestre, aquele discípulo que duvidara curasse as chagas da nossa falta de fé. A incredulidade de Tomé foi mais proveitosa para a nossa fé do que a fé dos discípulos que acreditaram logo. Pois, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde apalpar, o nosso espírito, pondo de lado toda dúvida, confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e apalpou tornou-se testemunha da verdade da ressurreição.
Tomé apalpou e exclamou: Meu Senhor e meu Deus! Jesus lhe disse: Acreditaste, porque me viste? (Jo 20,28-29). Ora, como diz o apóstolo Paulo: A fé é um modo de já possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se vêem (Hb 11,1). Logo, está claro que a fé é a prova daquelas realidades que não podem ser vistas.
De fato, as coisas que podemos ver não são objeto de fé, e sim de conhecimento direto.
Então, se Tomé viu e apalpou, por qual razão o Senhor lhe disse: Acreditaste, porque me viste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e proclamou a fé na sua divindade, exclamando: Meu Senhor e meu Deus! Por conseguinte, tendo visto, acreditou. Vendo um verdadeiro homem, proclamou que ele era Deus, a quem não podia ver.
Alegra-nos imensamente o que vem a seguir: Bem-aventurados os que creram sem ter visto (Jo 20,29). Não resta dúvida de que esta frase se refere especialmente a nós. Pois não vimos o Senhor em sua humanidade, mas o possuímos em nosso espírito. É a nós que ela se refere, desde que as obras acompanhem nossa fé. Com efeito, quem crê verdadeiramente, realiza por suas ações a fé que professa. Mas, pelo contrário, a respeito daqueles que têm fé apenas de boca, eis o que diz São Paulo: Fazem profissão de conhecer a Deus, mas negam-no com a sua prática (Tt 1,16). É o que leva também São Tiago a afirmar:A fé, sem obras, é morta (Tg 2,26). 

domingo, 1 de julho de 2012

Arcebispos recebem o Pálio em Roma na festa de São Pedro e São Paulo

Dom Jaime Arcebispo de Natal recebendo o Pálio
VATICANO, 30 Jun. 12 / 03:35 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus ontem, 29 de junho, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI assinalou que São Pedro e São Paulo, pilares da Igreja nascente foram “testemunhas distintas da fé”. “Eles expandiram o Reino de Deus com seus diversos dons e, no exemplo do Mestre divino, selaram com sangue sua pregação evangélica”, destacou.
O Santo Padre sublinhou que o martírio de ambos os Santos “sinal de unidade da Igreja, como disse Santo Agostinho: “Um só dia é consagrado à festa dos dois apóstolos. Mas também eles eram uma coisa só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, eram uma coisa só. Pedro precede, Paulo segue”.
“Do sacrifício de Pedro são sinais eloquentes a Basílica Vaticana e esta Praça, tão importantes para o cristianismo. Também do martírio de Paulo restam traços significativos na nossa cidade, especialmente a Basílica a ele dedicada na Via Óstia. Roma traz escrito na sua história os sinais da vida e da morte gloriosa do humilde pescador da Galiléia e do apóstolo dos povos, que justamente os escolheram como Protetores”.
Para Bento XVI ao recordar o “luminoso testemunho deles, nós recordamos o início venerável da Igreja que em Roma crê e prega o anúncio de Cristo Redentor. Mas os Santos Pedro e Paulo brilham não só no céu de Roma, mas no coração de todos os que creem e que, iluminados pelos seus ensinamentos e exemplos, em cada parte do mundo, andam sobre o caminho da fé, da esperança e da caridade”.
“Neste caminho de salvação, a comunidade cristã, sustentada pela presença do Espírito do Deus vivo, sente-se encorajada a prosseguir forte e serena sobre a estrada da fidelidade a Cristo e do anúncio do Seu Evangelho aos homens de cada tempo”.
O Papa também recordou a cerimônia de imposição dos pálios aos novos arcebispos realizada horas antes, e a qualificou como “Um rito sempre eloquente que põe em destaque a íntima comunhão dos Pastores com o Sucessor de Pedro e o profundo vínculo que nos liga à tradição apostólica. Trata-se de um duplo tesouro de santidade, no qual se fundam juntamente a unidade e a catolicidade da Igreja: um tesouro precioso a se redescobrir e se viver com renovado entusiasmo e constante empenho”.
O Papa dirigiu uma saudação especial para os 7 Arcebispos do Brasil (e 1 da Angola) “que acabaram de receber o pálio e também para os familiares e amigos que os acompanham: À Virgem Maria confio vossas vidas, famílias e dioceses, para todos implorando o dom do amor e da unidade sobre a rocha de Pedro.”
Lista dos Bispos brasileiros que receberam o Pálio:

Dom Wilson Tadeu Jonck S.C.I. de Florianopolis (SC).
Dom Jose Francisco Rezende Dias de Niterói (RJ).
Dom Esmeraldo Barreto de Farias de Porto Velho (RO).
Dom Airton Jose dos Santos de Campinas (SP).
Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho de Teresina (PI).
Dom Paulo Mendes Peixoto de Uberaba (MG).
Dom Jaime Vieira Rocha de Natal (RN).