sábado, 31 de julho de 2010

Festa da Transfiguração do Senhor - Ícones

      No dia 6 de agosto a Igreja celebra a Festa da Transfiguração do Senhor. Esta é também a Festa do Movimento da Transfiguração e, por isso, nestes dias que antecedem está grande celebração, teremos no blog várias postagens que nos ajudarão a mergulhar neste grande mistério onde Jesus revelou sua identidade de Filho de Deus a Pedro, Tiago e João, no Monte Tabor (cf. Mt 17, 1-9; Mc 9, 2-10 e Lc 9, 28-36).
      Para melhor mergulhar nesse mistério, usaremos vários os ícones da Transfiguração. Os ícones têm uma importância fundamental na espiritualidade do Movimento da Transfiguração. Podemos contemplar abaixo alguns deles:



quinta-feira, 29 de julho de 2010

Retiro do Movimento da Transfiguração em Salvador (3º dia)

      Nesta terceira e última postagem sobre retiro do Movimento da Transfiguração em Salvador, falaremos sobre o 3º dia. Neste dia, continuamos a aprofundar o nossa tema a partir de textos bíblicos que nos ajudaram a mergulhar na realidade de Jesus como luz do Mundo, e como nos tornarmos pessoas “iluminadas” para o mundo.       A celebração Eucarística deste dia foi presidida por Padre Roberto. E o retiro foi concluído com um momento de adoração conduzida pelo Anailton.
      Nesta última postagem gostaria de expressar a minha gratidão a todos que, de alguma forma, colaboraram para o êxito deste retiro: de forma especial a Erasma, Wadja, Marilda e toda equipe. Como também ao pessoal da música do projeto: Semeando.

      Vejamos abaixo as fotos deste dia:




Para ver mais fotos do retiro em Salvador, clique aqui

terça-feira, 27 de julho de 2010

Retiro do Movimento da Transfiguração em Salvador (2ª dia)

      Estamos postando nestes dias as fotos do retiro do Movimento da Transfiguração em Salvador, e hoje falaremos sobre o 2º dia. Neste dia, Dom Gregório, que é Bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, fez a primeira palestra sobre o tema: EU SOU A LUZ DO MUNDO. QUEM ME SEGUE NÃO CAMINHARÁ NAS TREVAS, MAS TERÁ A LUZ DA VIDA!”(JO 8,12). Na sua palestra ele falou sobre a importância da luz para os povos antigos e afirmação de Jesus como a luz do mundo.
      Nas palestras da manhã e da tarde, desenvolvi o tema da Lectio Divina. Neste dia ainda tivemos Celebração Eucarística, presidida por Padre Damião, e momentos de orações e adoração conduzidos pelo Anailton.
Vejamos abaixo as fotos deste dia:

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Retiro do Movimento da Transfiguração em Salvador (1ª dia)

      Nesta última sexta-feira, dia 23 de julho, teve inicio retiro do Movimento da Transfiguração em Salvador. Este aconteceu na casa de retiro São Francisco com uma missa celebrada pelo Pe. Renato, que mora no México, próximo a cidade de Monte Rey. Ele é o fundador de uma obra que se chama Família Getsemani, que tem como missão ajudar pessoas com depressão a partir do mistério do sofrimento de Cristo no Getsemani.
      O retiro teve a participação de 140 pessoas: entre os participantes e os que, de alguma forma, trabalharam no acolhimento, estrutura, música e outros que possibilitaram a realização do retiro.
      Segue abaixo as fotos do primeiro dia:




quinta-feira, 22 de julho de 2010

As obras de caridade do Papa


      O Papa pôde ajudar, de forma financeira, a várias regiões necessitadas do mundo graças às doações vindas do mundo todo, especialmente, na coleta que é realizada no dia de São Pedro e São Paulo.
      As doações são administradas pelo  Conselho Pontifício "Cor Unum".  À frente deste conselho esta o  cardeal Paul Josef Cordes. As doações têm duas direções distintas: a primeira, para ajudar nos momentos de grande calamidades, como: o terremoto no Haiti, no deslizamento do Morro do Bumba em Niterói,  no Rio de Janeiro; e a segunda, é direcionada para projetos de desenvolvimento integrado.
    Para as doações para as calamidades, no ano de 2009, o Papa pôde distribuir 1.869.000 dólares, entre 25 países. Com relação aos projetos de desenvolvimento, o Papa fez doações de 2.304.000 dólares em projetos para 45 países.
   Conforme o  cardeal Paul Josef Cordes, o mais importante é que estas doações servem para mostrar a presença e a sensibilidade do Santo Padre  nas diversas situações de necessidade em todo mundo. 

terça-feira, 20 de julho de 2010

Retiro do Movimento da Transfiguração em Salvador/BA

                         Dom Gregorio                               Pe. Lazaro


                               
                       Anailton                                                Cesar

       Nesta sexta-feira (23/07) tem início o retiro do Movimento da Transfiguração, em Salvador (BA), na casa de retiro São Francisco, no bairro de Brotas. O retiro será até o domingo (25). Para aqueles que moram em Salvador, ou cidades circunvizinhas, ainda há tempo de participar.
       O tema do retiro será: EU SOU A LUZ DO MUNDO. QUEM ME SEGUE NÃO CAMINHARÁ NAS TREVAS, MAS TERÁ A LUZ DA VIDA!”(JO 8,12). Os pregadores do retiro serão: Dom Gregório, bispo auxiliar de Salvador; Pe. Lázaro - Diretor Espiritual do Movimento em Salvador; Anailton - Membro do Movimento em Salvador; e por mim.
      Peço a todos a oração para que o retiro possa ser um meio de transformação interior de todos aqueles que participarem.
      Inscrições e maiores informações: Erasma - fone: (71) 3358-2076 ou 9982-5989

domingo, 18 de julho de 2010

A Igreja no Turcomenistão



      Uma notícia chamou minha atenção nestes dias: a Igreja Católica conseguiu o reconhecimento oficial do governo Turcomenistão para poder “funcionar” neste país. Isto já é, por si, uma notícia que chama a atenção. Mas o que é mais impressionante são os números da Igreja Católica neste país: existem 100 católicos batizados, com trinta catecúmenos – pessoas que estão se preparando para receber o batismo. Você pode estar achando que eu errei alguma coisa nos números, mas verdadeiramente são 100 (cem) católicos. E mais ainda um pequeno grupo de simpatizantes da Igreja.
       A Igreja no Turcomenistão tem ainda dois padres e um diácono. E não tem até hoje nenhum templo para reunir-se e para celebrar a Eucaristia. As celebrações e as reuniões são feitas nas casas dos fiéis. A população do país é de cinco milhões de habitantes, dos quais 90% são mulçumanos. Para quem ficou interessado em saber onde fica este país, ele está situado na Ásia central e faz fronteira com o Cazaquistão, Uzbequistão, Afeganistão, Irã e com o mar Cáspio. Ele é um dos países que surgiram com o fim da antiga União Soviética.
        Rezemos para que o Espírito Santo faça com que os católicos deste país possam ser autênticos evangelizadores, e que nos próximos anos, esse pequeno rebanho possa ser multiplicado, para que assim, mais e mais pessoas possam fazer parte da Igreja de Cristo.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Novas normas para combater a pedofilia e delitos contra fé


Segue na integra a nota explicativa do Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi.

Em 2001, o Santo Padre João Paulo II promulgou um decreto de extrema importância, o Motu Proprio "Sacramentorum Sanctitatis tutela", que atribuía à Congregação para a Doutrina da Fé a competência para tratar e julgar no âmbito do ordenamento canônico uma série de delitos particularmente graves, cuja competência anteriormente correspondia também a outros dicastérios ou não estava totalmente claro.

O Motu Proprio (a "lei", em sentido estrito) estava acompanhado por uma série de normas aplicativas e de procedimentos denominados "Normae de gravioribus delictis" ("Normas sobre os delitos mais graves"). A experiência acumulada no transcurso de novo anos consecutivos sugeriu a integração e atualização de tais normas, a fim de agilizar ou simplificar os procedimentos, tornando-os mais eficazes, bem como levar em conta novas questões. Isso se deveu, principalmente, à atribuição, por parte do Papa, de novas "atribuições" à Congregação para a Doutrina da Fé que, no entanto, não haviam sido incorporadas organicamente nas "Normas" iniciais. Essa incorporação é a que acontece agora, no contexto de uma revisão sistemática de tais "Normas".

Os delitos gravíssimos aos que se referia essa normativa dizem respeito a realidades chave para a vida da Igreja, ou seja, aos sacramentos da Eucaristia e da Penitência, mas também aos abusos sexuais cometidos por um clérigo com um menor de 18 anos.

A vasta ressonância pública nos últimos anos deste tipo de delito foi causa de grande atenção e de intenso debate sobre as normas e procedimentos aplicados pela Igreja para o julgamento e punição dos mesmos.

Portanto, é justo que haja total clareza sobre a normativa atualmente em vigor neste âmbito e que tal normativa se apresente de maneira orgânica, para facilitar, assim, a orientação de todos os que lidam com estas questões.

Uma das primeiras contribuições para esse esclarecimento - muito útil para os que trabalham no setor de informação - foi a publicação, há poucos meses, no site Internet da Santa Sé, de um breve "Guia para a compreensão dos procedimentos básicos da Congregação para a Doutrina da Fé com relação às acusações de abusos sexuais". No entanto, a publicação das novas Normas é diferente, já que apresenta um texto jurídico oficial atualizado, válido para toda a Igreja.

Para facilitar a leitura por parte do público não especializado, que se interessa principalmente na problemática relativa aos abusos sexuais, destacamos alguns aspectos.

Entre as novidades introduzidas com relação às normas precedentes, deve-se salientar acima de tudo as que visam tornar os procedimentos mais rápidos, bem como a possibilidade de não seguir "o caminho de processo judicial", mas proceder "por decreto extrajudicial", ou a de apresentar ao Santo Padre, em circunstâncias especiais, os casos mais graves, tendo em vista a demissão do estado clerical.
 
Outra norma destinada a simplificar problemas precedentes e levar em contra a evolução da situação na Igreja é a de que sejam membros do tribunal, os advogados ou procuradores, não somente os sacerdotes, mas também leigos. Da mesma forma, para desenvolver essas funções, já não é estritamente necessário o doutorado em Direito Canônico. A competência requerida pode-se demonstrar de outra forma, por exemplo, com um título de licenciatura.

Também deve-se ressaltar que a prescrição passa de dez para vinte anos, deixando aberta a possibilidade de revogação desse item após superado o período.

É significativa a equiparação aos menores das pessoas com uso limitado da razão, e a introdução de uma nova questão: a pedo-pornografia, que se define assim: "a aquisição, posse e divulgação" por parte de um membro do clero "de qualquer forma e por qualquer meio, de imagens pornográficas que tenham como objeto menores de 14 anos".

Volta-se a propor a normativa da confidencialidade dos processos, para tutelar a dignidade de todas as pessoas envolvidas.


Neste contexto, pode-se recordar, no entanto, o "Guia para a compreensão dos procedimentos básicos da Congregação para a Doutrina da Fé com relação às acusações de abusos sexuais", publicado no site da Santa Sé. Neste "Guia", a indicação: "Deve sempre seguir-se o direito civil em matéria de informação dos delitos às autoridades competentes" foi incluída na seção dedicada aos "Procedimentos Preliminares". Isso significa que na práxis proposta pela Congregação para a Doutrina da Fé é necessário se adequar desde o primeiro momento às disposições de lei vigentes nos diversos países e não de modo desvinculado do procedimento canônico ou posteriormente.
 
A publicação destas normas supõe uma grande contribuição para o esclarecimento e a certeza do direito em um campo no qual a Igreja, nestes momentos, está muito determinada a agir com rigor e transparência, para responder plenamente às justas expectativas de tutela da coerência moral e da santidade evangélica que os fiéis e a opinião pública nutrem com relação a ela, e que o Santo Padre reafirmou constantemente.

Naturalmente, também são necessárias outras diversas medidas e iniciativas, por parte de diversas instâncias eclesiásticas. A Congregação para a Doutrina da Fé, de sua parte, está estudando como ajudar os episcopados de todo o mundo a formular e implementar com coerência e eficácia as indicações e diretrizes necessárias para afrontar o problema dos abusos sexuais contra menores por parte de membros do clero ou no âmbito de atividades ou instituições relacionadas à Igreja, tendo em conta a situação e os problemas da sociedade em que trabalham.

Os frutos dos ensinamentos e reflexões amadurecidas ao longo do doloroso caso da "crise" devida aos abusos sexuais por parte de membros do clero serão um passo crucial no caminho da Igreja, que deverá traduzi-los em práticas permanentes e ser sempre consciente delas.
 
Para concluir este breve levantamento das principais inovações contidas nas "Normas", também deve-se citar as relativas a delitos de outra natureza. De fato, também nestes casos, não se trata tanto de novas determinações na substância, mas de incluir normas já em vigor, a fim de obter uma normativa completa mais ordenada e orgânica sobre os "delitos mais graves" reservados à Congregação para a Doutrina da Fé.

Mais especificamente, foram incluídos: os delitos contra a fé (heresia, apostasia e cisma), para os quais são normalmente competentes os ordinários, mas a Congregação é competente em caso de apelação; a divulgação e gravação - realizadas maliciosamente - das confissões sacramentais, sobre as quais já se havia emitido um decreto de condenação em 1988; a ordenação de mulheres, sobre a qual também existia um decreto de 2007.

Um ponto que não se menciona, embora muitas vezes discutido nestes tempos, tem a ver com a colaboração com as autoridades civis. Deve-se levar em conta que as normas que se publicam agora fazem parte do regulamento penal canônico, em si completo e totalmente independente do dos Estados.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A libertação dos prisioneiros cubanos


     A Igreja Católica está á frente do processo de negociação dos prisioneiros políticos na Ilha Cuba, que, apesar de alguns ainda insistirem em não querer ver, este país vive uma ditadura onde as liberdades mínimas são cerceadas, inclusive a religiosa, que sofre várias restrições.
     Neste contexto, a Igreja tem se apresentado como  um canal de mediação para a libertação dos presos políticos. Eles estão presos desde de 2003. Numa onda de protestos contra a ditadura, nestes últimos tempos, essa situação ficou mais conhecida após a morte de Guillermo Fariñas, que fez greve de fome por 135 dias.
O número de presos políticos que se enquadram hoje nesta realidade é de 75. O acordo que a Igreja conseguiu com o governo, neste primeiro momento, é que sejam libertos 52, dos quais os primeiros 20 já chegaram a Espanha para viver como exilados.
     Como podemos ver pelos números e pela situação de exilados, a situação melhorou, mas está muito longe de ser resolvida. Devemos, assim, continuar a rezar pela Igreja que está em Cuba, para que possa cada vez mais cumprir sua missão de reconciliação.
     Outro ponto que este fato nos ajuda a ver com clareza é o mal que o regime cubano – instaurado por Fidel Castro – tem feito, retirando do  ser humano sua dignidade fundamental que é a liberdade. Que estes acontecimentos ajudem os membros do governo brasileiro e alguns membros da Igreja no Brasil a ver a realidade vivida em Cuba. 

segunda-feira, 12 de julho de 2010

As férias de Bento XVI

 
      O Papa Bento XVI entrou de férias no dia 07 de julho por duas semanas, desta vez ele não viajará para as montanhas do norte da Itália, onde, nos outros anos, passava as férias. Ele permanecerá na residência pontifícia de Castel Gandolfo, a cerca de 30 quilômetros de Roma. Desfrutando da companhia do seu irmão, Pe. Georg, vindo da Baviera, o Pontífice aproveitará estas duas semanas para passear pelo jardim, rezando o terço, às vezes na companhia dos seus secretários, Pe. Georg Gaenswein, da Alemanha, e Pe. Alfred Xuereb, de Malta.
      Como é próprio de Bento XVI, aproveitará estes dias para colocar as leituras em dia, escreverá bastante, desta vez a terceira parte do livro Jesus de Nazaré que será sobre a infância de Jesus. A primeira foi sobre a sua vida pública, até a transfiguração; e a segunda, sobre a paixão e morte de Jesus, este está nas vésperas de ser publicado. Escreverá também uma encíclica sobre a virtude teologal da Fé, depois das outras duas dedicadas às virtudes teologais: o amor (Deus caritas est) e a esperança (Spe salvi).
      Na vila pontifícia, colocou-se um piano de cauda para que o Papa possa interpretar peças do repertório clássico que, tanto ele, como seu irmão sacerdote, apreciam particularmente, começando por Mozart.
      Rezemos pelo nosso Papa para que nestas férias Deus revigore suas forças e, assim, ele retorne com renovado ardor no pastoreio da Igreja.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

História e sentido do sacrário na liturgia - 4ª parte

     Com essa quarta e última postagem, encerramos nossa série sobre a "História e sentido do sacrário na liturgia". Agradecemos de forma especial ao blog "Salvem a Liturgia", do qual foi retirado esse excelente artigo.


     As normas litúrgicas atuais da Igreja dispõem o seguinte acerca do Sacrário ou Tabernáculo:
     “«De acordo com a estrutura de cada igreja e os legítimos costumes de cada lugar, o Santíssimo Sacramento será guardado em um sacrário, na parte mais nobre da igreja, mais insigne, mais destacada, mais convenientemente adornada» e também, pela tranqüilidade do lugar, «apropriado para a oração», com espaço diante do sacrário, assim com suficientes bancos ou assentos e genuflexórios. Atenda-se diligentemente, além disso, a todas as prescrições dos livros litúrgicos e às normas do direito, especialmente para evitar o perigo de profanação.” (Redemp. Sacr. n. 130)[23]
     O sentido de o Sacrário ter um posto de destaque na configuração arquitetônica da Igreja é explicada pela mesma Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 129): favorecer a adoração e o culto de latria ao Cristo Eucarístico em todos os momentos, mesmo fora da Santa Missa, além da finalidade prática de custodiar as Hóstias destinadas à comunhão dos enfermos e outros incapacitados de participarem da celebração da Santa Missa.[24]
     Refletindo encima desses princípios, de que a localização do receptáculo eucarístico deve estar localizado de tal forma que possa ser reconhecido individualmente por todos os fiéis, o Papa Bento XVI recorda a importância da lâmpada perenemente acesa junto ao sacrário para recordar a Presença do Senhor e pondera as seguintes considerações:
     “Tendo em vista tal objetivo, é preciso considerar a disposição arquitectónica do edifício sagrado: nas igrejas, onde não existe a capela do Santíssimo Sacramento mas perdura o altar-mor com o sacrário, convém continuar a valer-se de tal estrutura para a conservação e adoração da Eucaristia, evitando porém colocar a cadeira do celebrante na sua frente. Nas novas igrejas, bom seria predispor a capela do Santíssimo nas proximidades do presbitério; onde isso não for possível, é preferível colocar o sacrário no presbitério, em lugar suficientemente elevado, no centro do fecho absidal ou então noutro ponto onde fique de igual modo bem visível. Estas precauções concorrem para conferir dignidade ao sacrário que deve ser cuidado sempre também sob o perfil artístico. Obviamente, é necessário ter em conta também o que diz a propósito a Instrução Geral do Missal Romano. Em todo o caso, o juízo último sobre esta matéria compete ao bispo diocesano. (Sacr. Car., n. 69)”[25]
     Como se pode ver, o Santo Padre enumera 3 possibilidades:
1) Continuar usando o Sacrário do altar antigo junto à parede;
2) Construir uma Capela própria para o Santíssimo Sacramento;
3) Dispor o Sacrário em um local visível, de preferência no fecho absidal.
     Das três formas a opção 2 é bastante comum na construção de novas igrejas e inclusive é a recomendada preferencialmente pelo Arcebispo Mauro Piacenza. Contudo, ao escolher essa opção deve-se observar duas coisas: a Capela do Santíssimo deve ser um lugar de destaque e de fácil acesso aos fiéis e deve proporcionar um ambiente digno que transmita uma atmosfera de sacralidade propícia à oração, meditação e adoração. Em muitas construções recentes, influenciados por um liturgicismo desordenado, a Capela eucarística acaba se tornando uma forma de “esconder” o Santíssimo dos fiéis (pois estes liturgicistas erroneamente crêem que devoção pessoal e prática litúrgica se antagonizam). Tal situação acaba gerando também alguns sacrários de gosto duvidoso, com materiais e formas indecorosas e contrárias à tradição iconográfica da Igreja.
     A primeira e a terceira opção são semelhantes. Os fiéis já estão familiarizados com a presença do Sacrário no centro do fecho absidal, mesmo que não esteja sobre um antigo altar, ele ainda adquire um destaque latente no edifício. Há contudo de se cuidar para que Altar e Sacrário formem um conjunto harmonioso no presbitério. Este modelo de dispor o Sacrário no centro do fecho absidal é utilizado, por exemplo, pela Abadia beneditina de Le Barroux na França e pela Catedral de São Paulo em Birmingham, Alabama, nos Estados Unidos. Outra opção nesse caso seria também construir sacrários artisticamente trabalhados na parede do presbitério, inspirando-se nos modelos góticos da Basílica de São Clemente em Roma (que ainda está em uso) ou nos Sakramenthauz alemães (contudo levando-se em conta as normas vigentes da Igreja quanto aos materiais a serem utilizados na confecção do Tabernáculo). Já as antigas formas de pomba ou píxide estão certamente descartadas, haja vista serem pequenas demais para ocuparem a posição de destaque e visibilidade exigida pelas atuais normas litúrgicas.

Como a Liturgia desenvolve-se em continuidade e não em ruptura com a Tradição, podemos refletir a partir das práticas tradicionalmente usadas. Podemos partir de um princípio semelhante ao antigo Cerimonial dos Bispos: em paróquias de vida menos tumultuada, onde não haja grande concurso de pessoas, disponha-se o Sacrário sobre o altar ou no fecho absidal de forma que fique suficientemente visível a todos os fiéis. Nas igrejas onde haja grande concurso de pessoas ou grande quantidade de Ofícios solenes (igrejas turísticas, Basílicas, Catedrais, Colegiatas, Santuários, grandes Abadias, etc) disponha-se o Santíssimo em uma Capela própria para favorecer um ambiente mais calmo de oração para os fiéis. Esta é a forma adotada, por exemplo, nas Basílicas maiores de Roma e funciona muito bem. Estas basílicas recebem freqüentemente grande número de turistas, mas na Capela do Santíssimo só se entra para oração e isto propicia aos fiéis momentos de oração na dita igreja sem serem importunados pela movimentação de turistas no restante do edifício.
Por fim, vimos que dado as normas vigentes na Igreja, há 3 possibilidades de se dispor o Sacrário na Igreja. Os responsáveis pela construção ou reforma dos edifícios dedicados ao culto devem portanto levar em conta as circunstâncias ao julgarem qual das 3 formas será a mais adequada para cada caso. O que não se deve perder de vista é o destaque que deve-se dar ao Santíssimo na Igreja: deve ser um ponto de referência para os fiéis, um lugar de decoro e sacralidade, que demonstre e testemunhe sensivelmente a Presença de Nosso Senhor nas espécies consagradas, para que possam os fiéis tributar ao Senhor presente neste Augusto Sacramento a devida adoração.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

História e sentido do sacrário na liturgia - 3ª parte

 A disposição do Tabernáculo eucarístico sobre a mesa do altar, que já encontramos nas Ordinationes de Alexandre IV aos Eremitas de Santo Agostinho no século XIII, se estabelecerá como uma verdadeira tendência a partir do século XVI. A primeira iniciativa nesse sentido foi tomada por Gian Mateo Giberti, bispo de Verona, que buscou implantar o tabernáculo sobre a mesa do altar-mor em toda a sua diocese. Giberti construiu um novo altar-mor em sua catedral na qual o tabernáculo figurava no centro, sobre a mesa do altar. Um biógrafo do dito bispo assim descreveu tal disposição do tabernáculo na igreja: tanquam cor in pectore et mentem in anima (“tal como o coração no peito e a mente na alma”). São Carlos Borromeo, Cardeal-Arcebispo de Milão reformou o altar-mor de sua catedral, retirando o antigo retábulo) e colocando sobre a mesa do altar-mor um Tabernáculo para guardar a Eucaristia, antes custodiada na sacristia da dita catedral. Apesar da divulgação de Borromeo e da imposição do Ritual do Papa Paulo V (1614) para a diocese de Roma, vários concílios deixaram liberdade de escolha para as dioceses sob qual modelo de receptáculo eucarístico adotar. Na maioria dos lugares da Itália continuou-se a usar tabernáculos de parede ou edículas eucarísticas (na França até o século XVIII era comum ainda o costume de manter uma píxide suspensa acima do altar-mor e na Bélgica e Alemanha mantiveram-se o uso das Sakramenthauz até meados do século XIX) . Em Roma, a maioria das igrejas barrocas (Gesú, San Ignacio) bem como as Basílicas maiores (reformadas durante a Renascença e o Barroco) cultivou o uso de uma Capela lateral específica com um altar para sustentar o tabernáculo onde se conservavam as santas espécies.
Dom Mauro Piacenza explica esse novo destaque ao local do Santíssimo na Igreja, forma de reafirmar a doutrina eucarística da Igreja contra as novas heresias protestantes:
“Como se sabe, aqueles eram os anos da aplicação das normas do Concílio de Trento (1545-1563), que, nesse caso, reagia à doutrina protestante que negava a permanência da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. Deve-se à exigência de afirmar a doutrina católica a difusão do posicionamento do tabernáculo, bem visível, sobre o altar maior. A forma mais comum era a pequena casa, incorporada à parte elevada do altar, ladeada por degraus (habitualmente dispostos em três níveis) sobre os quais eram postos castiçais para a ascensão de sírios, às vezes numerosos, sobretudo por ocasião das exposições eucarísticas solenes. Assim, a mesa se tornou, visivelmente, quase uma parte menor do altar, cada vez mais monumental, no qual foi dado grande desenvolvimento artístico a cruzes, castiçais, bustos-relicários ou estátuas de santos e de anjos, grandes retábulos, etc. No século XVIII, as obras mais
apreciadas eram as portinholas dos tabernáculos, em metais e pedras preciosas.”
Foi durante o período barroco, entre os séculos XVII e XVIII, que o tabernáculo junto ao altar-mor começou a se difundir de maneira mais intensa. Prova disso é que o Papa Bento XIV em sua constituição Accepimus de 1746 declarava essa disposição de receptáculo eucarístico como “disciplina vigente”. Em 1863 a Sagrada Congregação dos Ritos vetava qualquer outra forma de receptáculo além do tabernáculo de altar. A prática do século XIX até a movimento litúrgico do século XX restringia o uso de altares-mor sem Sacrário somente para as igrejas Catedrais, Basílicas e Colegiatas, conforme determinava o Cerimoniale aepiscoporum vigente na época. Isto para que pudessem celebrar-se mais comodamente as cerimônias litúrgicas solenes, mais comuns nessas igrejas maiores, dispondo assim uma capela específica para o Santíssimo para que os fiéis pudessem melhor adorar e exercitar suas práticas devocionais.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

História e sentido do sacrário na liturgia - 2ª parte

Por volta do ano 1000, no período da arte românica, surge uma terceira forma de receptáculo, a píxide, uma espécie de caixa decorada. “Normalmente, consistia numa caixa redonda, algumas vezes quadrada, fechada por uma tampa na maioria das vezes cônica, mas também achatada. Justamente por essas características, era de uso muito prático e também de menor custo.”[6] As pombas e torres, contudo, continuaram a ser usadas. A pomba passou a ser mais bem trabalhada artisticamente possuindo muitas vezes um pedestal. Durante o período românico o uso da pomba e da píxide tornou-se bastante comum na França, ao passo que na Itália o mais comum até o século XVI era guardar a Eucaristia em um armário em uma das paredes do presbitério ou no secretarium, uma sacristia. Com o desaparecimento do cibório sobre o altar, apareceram também novas formas de suspender o receptáculo do Santíssimo. A forma mais comum era uma haste em forma de cruz no retábulo em cuja voluta se dependurava o receptáculo.[7] Lembremos que nessa época a palavra sacrarium designava tanto os receptáculos eucarísticos quanto os receptáculos para relíquias de santos e outros objetos sagrados.[8] Hoje usamos “sacrário” para designar especificamente o receptáculo da Sagrada Eucaristia e “relicário” para designar os receptáculos de relíquias de santos.
No período gótico, a partir do século XII aproximadamente, as pombas e píxides passam a ser suspensas acima do altar (por uma haste na parede ou retábulo, ou pelo teto) cobertas por um véu ou um dossel. Também no século XIII encontramos em alguns lugares o costume de por o receptáculo eucarístico sobre o altar.[9] Porém o uso que mais se disseminou na arte gótica foi o de manter o receptáculo em um armarinho ou edícula escavada em uma das paredes laterais do presbitério.[10] Estas eram por vezes chamadas de Sakramenthauz, “Casas do Sacramento
Dom Mauro Piacenza descreve minuciosamente a decoração dessas edículas:

“Tinha-se o cuidado, especialmente nas igrejas de certa importância, de enfeitar a porta do armarinho com adornos elegantes e pinturas, emoldurando tudo com um arco agudo sustentado por pequenos pilares revestidos de arcos e encimados por setas. Procurava-se sempre decorar com pinturas tanto o interior quanto a porta do armarinho. Uma abertura circular ou em forma de trevo de três ou quatro folhas, fechada por grades, aberta na parede na altura do interior do armário, permitia aos fiéis que, de fora, adorassem em qualquer tempo o Santíssimo Sacramento. Uma lâmpada acesa diante da abertura indicava, de longe, o lugar em que se conservava o pão transubstanciado. Com o advento do século XVI, já não nos contentamos com esse ornamento, que, mesmo significativo e de certo interesse artístico, é ainda assim um modesto armário. Começam a aparecer as primeiras edículas do Sacramento, que, num primeiro momento - perto do final do século XIV -, foram característica quase exclusiva das igrejas do norte da Europa.”[11]
Estas edículas em muitos lugares adquiriram aspectos de grandes torres que muitas vezes chegavam a tocar o teto da Igreja. Eram as chamadas “torres do Sacramento”. É também no período gótico que surgem os primeiros paralelismos entre o receptáculo eucarístico e o Tabernáculo judaico da Antiga Aliança. Pois a Arca, o Tabernáculo, na Antiga Aliança simbolizavam a Presença de Deus no meio de Seu Povo. Já o Tabernáculo eucarístico continha o Senhor substancialmente presente na Eucaristia.[12] Fica claro na arte gótica o desejo de realçar a majestade do Sacramento da Eucaristia frente às diversas heresias da época que negavam a Presença Real de Nosso Senhor no pão e no vinho consagrados. Também é um reflexo do crescimento das devoções ao Santíssimo Sacramento, suja expressão máxima é a instituição da Solenidade de Corpus Christi na Liturgia pelo Papa Urbano IV em 1264.[13]

terça-feira, 6 de julho de 2010

História e sentido do sacrário na liturgia - 1ª parte

     Com essa postagem, damos início a uma série sobre o histórico e o sentido no sacrário na liturgia. Esse texto, juntamente com a fotos, foram retirados do blog Salvem a Liturgia.


 

    "Atualmente chamamos de Sacrário ou Tabernáculo o local, o receptáculo, onde se deve conservar a Sagrada Eucaristia na Igreja. Seu desenvolvimento e regulamentação pelas autoridades eclesiásticas resultam de um cuidado e devoção fomentados pela Santa Igreja ao longo dos séculos com o intuito de realçar a adoração devida ao Cristo substancialmente presente nas espécies consagradas.
      Já nos primeiros séculos da Igreja fazia-se necessário a existência de um receptáculo digno para se guardar a Eucaristia. De início, utilizavam-se pequenos vasos ou caixas chamados de arca ou arcula para guardar a Eucaristia reservada aos doentes e também para os fiéis levarem a Eucaristia para casa, haja vista as eventuais impossibilidades de participações freqüentes na Missa em tempos de perseguição. Nesse sentido, também alguns fiéis usavam a Eucaristia guardada em lenços costurados de linho (oraria) ou vasinhos ou caixas de marfim, prata, ouro, madeira ou argila (encolpia) que eram presos ao pescoço. Tal costume foi, contudo, proibido pela Igreja depois do século IV para evitar-se os abusos, profanações e tratamentos de forma supersticiosa para com o Santíssimo Sacramento (atualmente essa prática também é proibida. Vide a Instrução Redemptionis Sacramentum da Sagrada Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, n. 132).
     Com a liberdade de culto promulgada pelo Imperador Constantino I em 313, os cristãos passaram a construir edifícios próprios para o culto litúrgico (basílicas) e juntamente surgiu o costume de conservar a Eucaristia dentro das basílicas. Além dos casos raros em que o vinho consagrado era mantido em um pequeno vaso de ouro (dolium), o pão consagrado era guardado em pequenos receptáculos de ouro ou prata em formato de torre ou pomba. Estes receptáculos eram inicialmente mantidos no pastophorium (também chamado por alguns escritos da época por sacrarium) que se tratava do lugar mais reservado e inacessível da Igreja. Ou seja, buscava-se custodiar cuidadosamente a Santíssima Eucaristia como a um tesouro. Segundo o Arcebispo Piacenza, “as espécies eucarísticas eram introduzidas na pomba por uma pequena abertura em seu dorso, fechada com cuidado por uma tampa com dobradiça.” Aos poucos, as torres ou pombas passaram a ser colocadas suspensas por correntes no baldaquino (ciborium) que erguia-se por quatro colunas acima do altar".

sábado, 3 de julho de 2010

"O Renascer da Esperança"

         É com grande alegria que apresento o Livro: O RENASCER DA ESPERANÇA. Este foi escrito por um amigo meu, Renato Neto, e fala sobre a importância dos Movimento e da novas Comunidades. É de grande utilidade para aqueles que desejam compreender a atuação dos leigos no pós Concílio Vaticano II.
      Abaixo você verá a foto do livro e a apresentação do autor; como também o link do site onde você pode adquirí-lo ou ter maiores informações.


      "Os movimentos e novas comunidades eclesiais são justamente considerados como um dos maiores frutos concretos da primavera pós-conciliar, o renascimento da esperança em uma Igreja que enfrentava grandes conflitos, em meio ao que era considerada uma espécie de “inverno” (Karl Ranher).

      O renascer dessa esperança foi afirmada explicitamente pelo Papa João Paulo II e está sendo confirmada pelo pontificado de Papa Bento XVI.

      O livro O Renascer da Esperança insere-se em um campo de discussões bastante recente. A retomada desse debate pode ser situada no contexto do Concílio Vaticano II. A obra analisa a evolução da compreensão dos novos Movimentos eclesiais e das Comunidades Novas desde o Sínodo dos Bispos de 1987 (que marca um novo impulso – pós-Vaticano II – dos leigos na Igreja) até o II Encontro de Estudo dos bispos (2008).

      O autor é graduado em Filosofia e Teologia, mestre em Teologia Dogmática pela Pontificia Università di San Tommaso d’Aquino - Roma/Itália - e está na fase final de seu trabalho de doutorado pela mesma universidade romana.

      É professor universitário – cursos de Teologia, Administração e Direito – e conferencista. Foi Coordenador de Extensão no Instituto Teológico Pastoral do Ceará (ITEP) – atual Faculdade Católica de Fortaleza – e Ouvidor na Faculdade Católica Rainha do Sertão (FCRS).

      O livro pode ser adquirido através de sua página na livraria do site da Agbook (http://agbook.com.br/book/21673--O_RENASCER_DA_ESPERANCA), por meio de cartão de crédito ou boleto bancário, bastando que o comprador se cadastre."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O Cristo Redentor


      Após quatro meses de restauração, nesse dia 30 de junho, a Arquidiocese do Rio junto com a Vale encerraram oficialmente as obras no Cristo Redentor e realizaram uma solenidade aos pés do monumento para comemorar a data.
      O monumento de quase oito décadas, cuja superfície é formada por milhões de pastilhas de pedra-sabão, recebeu uma limpeza cuidadosa. Rachaduras, marcas das chuvas e raios foram restauradas. Pequenos pedaços desgastados nos dedos e na cabeça da estátua foram reconstruídos. O monumento também foi impermeabilizado, drenado e teve sua estrutura de ferro interna recuperada.
      Segundo informa o portal da arquidiocese do Rio, às 6 horas da manhã foi realizada uma Alvorada, com a presença do arcebispo Dom Orani João Tempesta. Para quem - como eu - já teve a oportunidade de morar no Rio de Janeiro (1996 a 1998), o Cristo Redentor é mais do que um monumento artístico e turístico, é uma presença que em qualquer parte da cidade pode ser vista. É com grata recordação que lembro de, várias vezes durante o dia, poder levantar olhar e sentir-me acompanhado durante a luta do dia-a-dia.
      A importância deste evento se faz de uma maneira especial em um tempo onde se deseja retirar os símbolos religiosos dos lugares públicos. A presença do Cristo Redentor nos faz lembrar que a nossa identidade cultural é cristã e que não existe sociedade sem símbolos. Reapresento aqui uma parte de postagem sobre símbolos religiosos sobre o plano nacional de direitos Humano:
      Toda cultura tem uma base religiosa de sustentação. Isso em todas as sociedades desde que o homem existe sobre a terra. A começar pelos homens das cavernas, até ao juramento do presidente dos Estados Unidos, que é feito sobre uma Bíblia ainda nos dias de hoje. A religião e, consequentemente os seus símbolos, são a alma de qualquer cultura. Essa “moda” de tirar os símbolos religiosos e criar uma sociedade sem religião é uma tentativa dos países europeus.
      A consequência desta tentativa é que a cultura europeia, como conhecemos, está morrendo. Um dos sinais disso é que morrem mais pessoas do que crianças nascem, e as poucas crianças que nascem – a maior parte delas – são educadas sem nenhuma noção de religião. Unindo a isso, uma forte imigração vinda de países islâmicos, que têm como resultado, para o desespero dos europeus, a conversão da cultura europeia em uma cultura que tem como base a religião islâmica. Junto com isso, muitas destas crianças educadas sem princípios religiosos cristãos, também estão se convertendo ao islamismo.
      Os europeus estão vendo sua cultura milenar desaparecer, simplesmente porque optaram em negar sua raiz cristã. Não levando em consideração que uma cultura sem religião morre com o tempo. Se nada for feito na Europa, a democracia, a igualdade de dignidade do homem e da mulher, a liberdade de expressão e tantas outras coisas que se fundamentam na identidade cristão da Europa, serão suplantadas pela cultura que tem como base o islamismo, que não leva em conta nenhuma destas características.
      Quando vemos um crucifixo ou uma bíblia em um órgão público, estamos reconhecendo a verdade de que a raiz cultural brasileira é cristã. A consequência disso é que a nossa justiça, nosso serviço social e nossa educação derivam da nossa raiz cristã. Negar isso é negar tudo de bom que nossa sociedade adquiriu durante estes tempos.
     Os símbolos religiosos fazem parte da nossa identidade cultural brasileira, como elemento constitutivo da nossa cultura. Quer gostemos ou não. Por exemplo, o carnaval e o futebol, apesar de algumas pessoas não gostarem destas coisas, o governo investe dinheiro público nos eventos ligados a eles. São milhões de reais invertidos para a organização do carnaval. E mais ainda será investido para a realização da Copa do mundo no Brasil em 2014. E ninguém se levanta para criar leis que impeçam isso de acontecer, por um só motivo, porque o carnaval e o futebol fazem parte da identidade cultural brasileira.
      Da mesma forma, os símbolos religiosos não contrariam os estado Laico, ao contrário, o fundamenta. Porque a religião é parte integrante da cultura de qualquer povo. Defender a permanência dos símbolos religiosos é defender a identidade cultural brasileira. Imaginemos o Brasil sem seu maior símbolo religioso, o Cristo Redentor, sem nossas Catedrais, sem as Igrejas barrocas que fazem parte do nosso patrimônio histórico.
      Por isso, peçamos a Deus que ilumine os brasileiros para que não joguemos fora nossas grandes riquezas, por causa de preconceitos ideológicos da “moda”, que carecem de fundamentos de verdade e realidade.