terça-feira, 26 de março de 2013

Dom Gregório celebra missa de 7ª dia das vítimas das chuvas em Petrópolis/RJ


Em frente a Dilma e Cabral, bispo pede fim de mortes pelas chuvas. 'Mãos à obra, temos muito o que fazer'
A missa pelos 33 mortos nos deslizamentos causados pelas chuvas que atingiram Petrópolis, na semana passada, foi marcada pelo forte sermão do bispo da Diocese da cidade, Dom Gregório Paixão. Em frente à presidente Dilma Rousseff e do governado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), ele disse que todos devem agir para que tragédias semelhantes, que vem ocorrendo há anos, não se repitam.
“Mãos à obra, temos muito o que fazer para que no ano que vem não estejamos chorando por outras vítimas”, conclamou.
Para o bispo, as mortes ocorridas nessas tragédias devem ensinar para que não haja tanta tristeza em futuros temporais.
“As vítimas continuam gritando mesmo dentro do silêncio daquilo que chamamos de morte, e pedem pelos que ainda estão vivos, que talvez, morram na próxima tragédia”, acrescentou, diante da presidente, que chegou a se emocionar em alguns instantes.



Dom Gregório Paixão pediu que os governos municipal, estadual e federal se unam para que os efeitos das chuvas sejam menores. Ele ponderou que não há como resolver tudo de uma vez, mas se deve trabalhar de forma intensa desde já. Ele pediu ainda que empresários se unam aos governos para buscar soluções, e cobrou também participação de todos da sociedade civil. “Não resolveremos os problemas sozinhos”, observou.
O bispo lembrou das centenas de vítimas das chuvas que castigam a cidade há muitas décadas, e ressaltou que a população que mora em encostas vai para esses locais por falta de opção.
“A pobreza os levou para os morros. Muitos têm subemprego. Eles sonhavam com aquelas casas grandes, dos mais abastados, nos altos dos morros. Mas restou a eles locais com más condições, casas pequenas, onde cinco filhos dividem o mesmo cômodo”, afirmou. 

Fonte: Terra

segunda-feira, 25 de março de 2013

Semana Santa: Celebrações presididas pelo Papa Francisco



Cidade do Vaticano, 25 de Março de 2013 (Zenit.org)
O departamento das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice divulgou nesta manhã o calendário das celebrações que serão presididas pelo papa Francisco na Semana Santa.
Quinta-Feira Santa (28) – Na Basílica Vaticana às 9:30  o Papa Francisco celebrará a Santa Missa Crismal;
A Missa da Ceia do Senhor será celebrada no Instituto Penal para menores Casal del Marmo, em Roma, às 17:30.
Sexta-Feira Santa (29) – Celebração da Paixão de Cristo às 17h, na Basílica Vaticana; às 21:15 será a Via Sacra no Coliseu;
Sábado Santo (30) – Celebração da Vigília Pascal às 20:30 na Basílica Vaticana;
Domingo de Páscoa (31) – Santa Missa de Páscoa às 10:15, na Praça de São Pedro; às 12h do balcão da Basílica Vaticana a Benção “Urbi et Orbi”.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Na íntegra, o discurso do Papa Francisco ao corpo diplomático


Excelências,
Senhoras e senhores,

De coração agradeço ao vosso decano, embaixador Jean-Claude Michel, as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos e com alegria vos recebo para uma simples, mas ao mesmo tempo intensa, troca de cumprimentos, que, idealmente, pretende ser o abraço do Papa ao mundo. Na realidade, por vosso intermédio, encontro os vossos povos e deste modo posso, em certa medida, alcançar cada um dos vossos concidadãos com suas alegrias, dramas, expectativas e desejos.

A vossa presença, numerosa, é também um sinal de que as relações que os vossos países mantêm com a Santa Sé são profícuas, são verdadeiramente uma ocasião de bem para a humanidade. Na verdade, é isto mesmo o que a Santa Sé tem a peito: o bem de todo o homem que vive nesta terra. E é precisamente com este entendimento que o bispo de Roma começa o seu ministério, sabendo que pode contar com a amizade e benevolência dos países que representais, e na certeza de que compartilhais tal propósito. Ao mesmo tempo, espero que se revele também ocasião para iniciar um caminho com os poucos países que ainda não têm relações diplomáticas com a Santa Sé, alguns dos quais - de coração lhes agradeço - quiseram estar presentes na missa de início do meu ministério ou enviaram mensagens como gesto de proximidade.

Como sabeis, há vários motivos que, ao escolher o meu nome, me levaram a pensar em Francisco de Assis, uma figura bem conhecida mesmo além das fronteiras da Itália e da Europa, inclusive entre os que não professam a fé católica. Um dos primeiros é o amor que Francisco tinha pelos pobres. Ainda há tantos pobres no mundo! E tanto sofrimento passam estas pessoas! A exemplo de Francisco de Assis, a Igreja tem procurado, sempre e em todos os cantos da terra, cuidar e defender quem passa indigência e penso que podereis constatar, em muitos dos vossos países, a obra generosa dos cristãos que se empenham na ajuda aos doentes, aos órfãos, aos sem-abrigo e a quantos são marginalizados, e deste modo trabalham para construir sociedades mais humanas e mais justas.

Mas há ainda outra pobreza: é a pobreza espiritual dos nossos dias, que afeta gravemente também os países considerados mais ricos. É aquilo que o meu predecessor, o amado e venerado Bento XVI, chama a "ditadura do relativismo", que deixa cada um como medida de si mesmo, colocando em perigo a convivência entre os homens. E assim chego à segunda razão do meu nome. Francisco de Assis diz-nos: trabalhai por edificar a paz. Mas, sem a verdade, não há verdadeira pazNão pode haver verdadeira paz, se cada um é a medida de si mesmo, se cada um pode reivindicar sempre e só os direitos próprios, sem se importar ao mesmo tempo do bem dos outros, do bem de todos, a começar da natureza comum a todos os seres humanos nesta terra.

Um dos títulos do bispo de Roma é Pontífice, isto é, aquele que constrói pontes, com Deus e entre os homens. Desejo precisamente que o diálogo entre nós ajude a construir pontes entre todos os homens, de tal modo que cada um possa encontrar no outro, não um inimigo nem um concorrente, mas um irmão que se deve acolher e abraçar. Além disso, as minhas próprias origens impelem-me a trabalhar por construir pontes. Na verdade, como sabeis, a minha família é de origem italiana; e assim está sempre vivo em mim este diálogo entre lugares e culturas distantes, entre um extremo do mundo e o outro, atualmente cada vez mais próximos, interdependentes e necessitados de se encontrarem e criarem espaços efetivos de autêntica fraternidade.

Neste trabalho, é fundamental também o papel da religião. Com efeito, não se podem construir pontes entre os homens, esquecendo Deus; e vice-versa: não se podem viver verdadeiras ligações com Deus, ignorando os outros.Por isso, é importante intensificar o diálogo entre as diversas religiões; penso, antes de tudo, ao diálogo com o Islão. Muito apreciei a presença, durante a missa de início do meu ministério, de tantas autoridades civis e religiosas do mundo islâmico. E é também importante intensificar o diálogo com os não crentes, para que jamais prevaleçam as diferenças que separam e ferem, mas, embora na diversidade, triunfe o desejo de construir verdadeiros laços de amizade entre todos os povos.

Lutar contra a pobreza, tanto material como espiritual, edificar a paz e construir pontes: são como que os pontos de referimento para um caminho que devemos percorrer, desejando convidar cada um dos países que representais a tomar parte nele. Um caminho que será difícil, se não aprendermos a amar cada vez mais esta nossa terra. Também neste caso me serve de inspiração o nome de Francisco: ele ensina-nos um respeito profundo por toda a criação, ensina-nos a guardar este nosso meio ambiente, que muitas vezes não usamos para o bem, mas desfrutamos com avidez e prejudicando um ao outro.

Queridos embaixadores,
Senhoras e senhores,

Novamente obrigado por todo o trabalho que realizais, juntamente com a secretaria de Estado, para edificar a paz e construir pontes de amizade e fraternidade. Por vosso intermédio, desejo renovar aos vossos governos o meu agradecimento pela sua participação nas celebrações por ocasião da minha eleição, com votos de um frutuoso trabalho comum. O Senhor Todo-Poderoso cumule com os seus dons a cada um de vós, às vossas famílias e aos povos que representais.


FRANCISCUM PP.

Da redação do Portal Ecclesia.




quinta-feira, 21 de março de 2013

Papa Francisco: Devemos manter viva no mundo a sede do absoluto




VATICANO, 20 Mar. 13 / 03:50 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ao receber na manhã de ontem membros de diversas delegações cristãs e de outras religiões provenientes de todo o mundo e que participaram da Missa (dia 19/03) de inauguração do pontificado, o Papa Francisco fez uma viva exortação a "manter viva no mundo a sede do absoluto", da busca da bondade, da verdade e da beleza de Deus. 
Assim indicou o Santo Padre em seu discurso na manhã desta quarta-feira, 20, no Vaticano aos delegados entre os quais se encontrava o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, com quem teve antes uma audiência privada. Sua presença foi muito bem recebida considerando que passaram quase mil anos para que um Patriarca ortodoxo de Constantinopla estivesse presente em Roma para o início de um pontificado.
O Papa Francisco pediu aos presentes serem conscientes da "responsabilidade que todos temos para com este nosso mundo, para com toda a criação, que devemos amar e proteger. E nós podemos fazer muito pelo bem de quem é mais pobre, de quem é indefeso e de quem sofre, para favorecer a justiça, para promover a reconciliação, para constituir a paz".
"Mas, sobretudo, devemos manter viva no mundo a sede do absoluto, não permitindo que prevaleça uma visão da pessoa humana em uma só dimensão, segundo a qual o homem se reduz àquilo que produz e àquilo que consome: esta é uma das armadilhas mais perigosas para o nosso tempo", assegurou.
Em nome dos delegados, Bartolomeu I saudou o Papa recordando a "‘alta, grave e difícil tarefa’ que suporta seu ministério" reiterando, ademais, a necessidade das Igrejas de afastar-se do que é mundano e da unidade entre os cristãos.


Francisco, que escutou as palavras do Patriarca sentado em uma poltrona, e não no trono habitualmente disposto na Sala Clementina, agradeceu a Bartolomeu I, chamando-lhe "Meu irmão André", já que os patriarcas de Constantinopla são considerados os sucessores do apóstolo André, o irmão de Simão-Pedro.
O Santo Padre agradeceu logo a todos pela presença e oração de cada um deles "pela unidade entre os que acreditam em Cristo e juntos para ver de algum modo prefigurada aquela plena realização, que depende do plano de Deus e da nossa leal colaboração".
"Inicio o meu ministério apostólico durante este ano que o meu venerado predecessor, Bento XVI, com intuição verdadeiramente inspirada, proclamou para a Igreja católica Ano da Fé".
"Com esta iniciativa, que desejo continuar e espero que sirva de estímulo para o caminho de fé de todos, ele quis marcar o 50º aniversário do Concílio Vaticano II, propondo uma espécie de peregrinação através disso que representa para cada cristão o essencial: o relacionamento pessoal e transformante com Jesus Cristo, Filho de Deus, morto e ressuscitado para a nossa salvação. Propriamente no desejo de anunciar este tesouro perenemente válido da fé aos homens do nosso tempo, consiste o coração da mensagem conciliar".
Francisco recordou também palavras de seu predecessor João XXIII: "A Igreja Católica considera seu dever trabalhar ativamente para que se cumpra o grande mistério daquela unidade que Cristo Jesus com ardentes orações pediu ao Pai Celeste na iminência do seu sacrifício".
Logo recordou o que Cristo falou "Ut unum sint", (que sejam um) para "ser capazes de dar testemunho livre, alegre e corajoso. Este será o nosso melhor serviço à causa da unidade entre os cristãos, um serviço de esperança para um mundo ainda marcado por divisões, por disputas e rivalidades".
"Da minha parte, desejo assegurar, na trilha dos meus Predecessores, a firme vontade de prosseguir no caminho do diálogo ecumênico e agradeço desde já ao Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, pela ajuda que continuará a oferecer, em meu nome, para esta nobilíssima causa".
O Pontífice pediu logo "levar a minha cordial saudação e a segurança da minha lembrança no Senhor Jesus às Igrejas e Comunidades cristãs que aqui vocês representam e peço a vocês a caridade de uma especial oração pela minha pessoa, a fim de que possa ser um Pastor segundo o coração de Cristo", solicitou aos cristãos.
Aos judeus recordou que "nos une um vínculo espiritual muito especial", explicado no Decreto Nostra Aetate do Vaticano II: "o mistério divino da salvação, nos Patriarcas, em Moisés e nos profetas". "Confio que, com a ajuda do Altíssimo, poderemos prosseguir proveitosamente o diálogo fraterno", anunciou.
Depois saudou os muçulmanos que, disse, "adoram Deus único, vivente e misericordioso, e o invocam na oração, e a todos vocês. Aprecio muito a vossa presença: nela vejo um sinal tangível da vontade de crescer na estima recíproca e na cooperação para o bem comum da humanidade".
O Papa insistiu na importância da "promoção da amizade e o respeito entre homens e mulheres de diferentes tradições religiosas" e agradeceu o trabalho do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso.
O Santo Padre recordou deste modo sobre "quanta violência produziu na história recente a tentativa de eliminar Deus e o divino do horizonte da humanidade, e sentimos o valor de testemunhar na nossa sociedade a originária abertura ao transcendente que é inerente ao coração do homem".
"Nisso, sentimos próximos também todos aqueles homens e mulheres que, embora não se reconhecendo pertencentes a alguma tradição religiosa, sentem-se, todavia, em busca da verdade, da bondade e da beleza, esta verdade, bondade e beleza de Deus, e que são nossos preciosos aliados no empenho pela defesa da dignidade do homem, na construção de uma convivência pacífica entre povos e no cuidado especial com a criação", concluiu.

terça-feira, 19 de março de 2013

Papa desce do papamóvel para saudar um enfermo


"Nao devemos ter medo da bondade, da ternura!" Papa Francisco
Um gesto emocionante!!

Inicia-se oficialmente o Pontificado de Papa Francisco



Para a alegria das milhares de pessoas que reuniram-se na praça de São Pedro, na manhã desta terça-feira, 19, o Papa Francisco caminhou de papamóvel entre os fiéis pouco antes de começar a Celebração de início de seu ministério petrino. Em um determinado momento, o Santo Padre chegou a descer do automóvel para cumprimentar alguns dos fiéis.
Conforme previsto, antes da Santa Missa, o Pontífice fez um breve momento de oração junto ao túmulo do Apóstolo Pedro – local de onde os diáconos saíram em procissão com o anel de pescador e o Pálio, os dois símbolos do pastoreio e da autoridade de um Papa.
Após a imposição dos dois símbolos, iniciou-se a Santa Missa. O Sumo Pontífice abriu a homilia mandando suas felicitações ao Papa emérito Bento XVI, uma vez que hoje, festa de São José, é celebrado o seu onomástico (celebrado pelas pessoas que tem o mesmo nome do santo lembrado naquele dia).



“Acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão”, disse.
Ainda na homilia, o Santo Padre, após fazer confrontar os Evangelhos com a figura de São José, patrono da Igreja Universal explicou o que significa um ministério da Igreja, e sobretudo, o ministério do bispo de Roma.
“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz”, destacou.
Ao final da celebração, o Santo Padre recebeu, na Basílica de São Pedro, as delegações dos 132 países representados na Santa Missa. A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, também cumprimentou o Santo Padre.
Fonte: Canção Nova
Mirticeli Medeiros
Enviada especial a Roma

Solenidade de São José

Dos Sermões de São Bernardino de Sena, presbítero
(Sermo 2, de S.Ioseph:Opera7,16.27-30)
(Séc.XV)
Guarda fiel e providente
É esta a regra geral de todas as graças especiais concedidas a qualquer criatura racional: quando a providência divina escolhe alguém para uma graça particular ou estado superior, também dá à pessoa assim escolhida todos os carismas necessários para o exercício de sua missão.
 Isto verificou-se de forma eminente em São José, pai adotivo do Senhor Jesus Cristo e
verdadeiro esposo da rainha do mundo e senhora dos anjos. Com efeito, ele foi escolhido pelo Pai eterno para ser o guarda fiel e providente dos seus maiores tesouros: o Filho de Deus e a Virgem Maria. E cumpriu com a máxima fidelidade sua missão. Eis por que o Senhor lhe disse:
Servo bom e fiel! Vem participar da alegria do teu Senhor! (Mt 25,21).
 Consideremos São José diante de toda a Igreja de Cristo: acaso não é ele o homem
especialmente escolhido,por quem e sob cuja proteção se realizou a entrada de Cristo no
mundo de modo digno e honesto? Se, portanto, toda a santa Igreja tem uma dívida para com a Virgem Mãe, por ter recebido a Cristo por meio dela, assim também, depois dela,
deve a São José uma singular graça e reverência.
 Ele encerra o Antigo Testamento; nele a dignidade dos patriarcas e dos profetas obtém o fruto prometido. Mas ele foi o único que realmente possuiu aquilo que a bondade divina lhes tinha prometido.
 E não duvidemos que a familiaridade, o respeito e a sublimíssima dignidade que Cristo lhe tributou, enquanto procedeu na terra como um filho para com seu pai, certamente também nada disso lhe negou no céu, mas antes, completou e aperfeiçoou.
 Por isso, não é sem razão que o Senhor lhe declara: Vem participar da alegria do teu Senhor! Embora a alegria da felicidade eterna penetre no coração do homem, o Senhor preferiu dizer: Vem participar da alegria. Quis assim insinuar misteriosamente que a alegria não está só dentro dele, mas o envolve de todos os lados e o absorve e submerge como um abismo sem fim.
 Lembrai-vos de nós, São José, e intercedei com vossas orações junto de vosso Filho adotivo; tornai-nos também propícia vossa Esposa, a santíssima Virgem, mãe daquele que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos sem fim. Amém.

sábado, 16 de março de 2013

O Papa Francisco surpreendeu o porteiro dos jesuítas com um telefonema



ROMA, 15 Mar. 13 / 04:23 pm (ACI/EWTN Noticias).- Pensou que fosse uma brincadeira. O jovem porteiro da casa geral da Companhia de Jesus em Roma nunca esperou receber um telefonema do Papa Francisco, quem com paciência e carinho teve que convencê-lo de sua identidade para poder falar com o superior geral dos jesuítas e agradecer-lhe a formosa carta que lhe enviou no dia anterior.
O fato ocorreu às 10:15 a.m. (hora de Roma) de hoje e segundo o relato do Padre Claudio Barriga S.J., enviado por correio eletrônico às comunidades e amigos dos jesuítas em todo mundo, na casa de Roma se viveram momentos intensos com a inesperada ligação.
"O porteiro atendeu ao telefone. Dizem que tem uma ligação desde Santa Marta, e escuta uma voz suave e serena: Buon Giorno, sono il Papa Francesco, vorrei parlare com il Padre Generale. (Bom dia, sou o Papa Francisco, queria falar com o Padre Geral)".
"O porteiro quase lhe respondeu: ´e eu sou Napoleão´, mas se conteve. Respondeu-lhe secamente: De parte de quem? O Papa entendeu que o jovem porteiro italiano não estava acreditando nele e repetiu docemente: Não, de verdade, sou o Papa Francisco, e você como se chama?"
"Desde a eleição do Papa o telefone de nossa casa toca a cada dois minutos e muitos ligam, inclusive gente desequilibrada", assinala o Padre Barriga.
"A essa altura o porteiro responde com voz hesitante, dando-se conta de seu engano e quase desvanecendo-se: ‘Meu nome é Andrés’. O Papa: ‘como está, Andrés?’ Resposta: ‘eu bem, desculpe, só um pouco confundido’. O Papa lhe diz: ‘Não se preocupe, por favor me comunique com o Padre Geral, queria agradecer-lhe pela formosa carta que me escreveu. O porteiro: ‘Desculpe, Sua Santidade, o vou comunicar. O Papa: Não, não há problema; eu espero o que seja necessário’".
O jovem porteiro, Andrés, entregou o telefone ao irmão Afonso, secretário privado do Padre Adolfo Nicolás e ocorreu a seguinte conversação:
Afonso: "Alô?"
Papa Francisco: "Com quem falo?"
Afonso: "Sou Afonso, secretário pessoal do Padre Geral".
Papa Francisco: "Sou o Papa, queria saudar o Padre Geral, para lhe agradecer a bonita carta que me enviou".
Afonso: "Sim, um momento".
Logo depois deste diálogo em italiano, Afonso vai "incrédulo ao escritório do Padre Geral, que fica ao lado do seu, enquanto continua a conversação. Diz-lhe: ‘Santo Padre, felicidades por sua eleição, aqui estamos todos contentes por sua nomeação, estamos rezando muito por você!’"
"Rezando para que eu vá para adiante ou para trás?", brinca o Papa.
"Naturalmente para adiante", responde-lhe Afonso enquanto caminhava. O Papa responde com uma risada espontânea.
"Aturdido com a impressão, o irmão nem sequer bateu na porta do escritório do Padre Geral, entrou e foi até ele que o olhou surpreso. Afonso estendeu a mão com o celular e disse ao Padre Geral, olhando-o nos olhos: 'O Papa'".
"O que seguiu depois não sabemos em detalhe, mas o Papa agradeceu muito cordialmente ao Padre Geral por sua carta. O General disse que gostaria de vê-lo para saudá-lo. O Papa respondeu que vai falar com seu secretário para que isso possa ser o mais breve possível, e que do Vaticano iriam avisar-lhe", concluiu o Pe. Barriga.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Homilia do Papa Francisco na Missa pela Igreja




Quando caminhamos sem a Cruz, não somos discípulos do Senhor
Roma, 14 de Março de 2013 (Zenit.org)

Nesta quinta-feira, às 17 horas, na Capela Sistina, o Santo Padre Francisco celebrou Missa Pro Ecclesia (pela Igreja) com os cardeais eleitores que participaram do Conclave.
Durante a celebração eucarística, após a proclamação do Santo Evangelho, comentando as leituras (Primeira leitura: Isaías 2: 2-5; Segunda Leitura: 1 Pedro 2, 4-9; Evangelho: Mt 16, 13-19), o Papa Francisco pronunciou a seguinte homilia:
*****
Nessas três leituras, vejo que há algo em comum: o movimento. Na primeira leitura, o movimento no caminho; na segunda leitura, o movimento na edificação da Igreja; na terceira, o Evangelho, o movimento na confissão. Caminhar, edificar, confessar.
Caminhar. “Casa de Jacó, vinde, caminhemos à luz do Senhor” (Is 2,5). Esta é a primeira coisa que Deus disse a Abraão: caminhe na minha presença e seja irrepreensível. Caminhar: a nossa vida é um caminho e quando paramos, as coisas não correm bem. Caminhar sempre, na presença do Senhor, à luz do Senhor, tentando viver a irrepreensibilidade que Deus pedia a Abraão, em sua promessa.
Edificar. Edificação da Igreja. Fala-se de pedras: as pedras têm consistência, pedras vivas, pedras ungidas pelo Espírito Santo. Edificar a Igreja, Esposa de Cristo, sobre a pedra angular que é o próprio Senhor. Aqui está outro movimento da nossa vida: edificar.
Terceiro, confessar. Podemos caminhar o quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, as coisas não correm bem. Nos tornaremos uma ONG piedosa, mas não a Igreja, Esposa do Senhor. Quando não caminhamos, paramos. Quando não edificamos sobre a pedra, o que acontece? Acontece o que acontece com as crianças quando elas constroem castelos de areia na praia, tudo desaba, não tem consistência. Quando não confessamos Jesus Cristo, me vem em mente as palavras de Léon Bloy: "Quem não prega o Senhor, prega o diabo". Quando não se confessa Jesus Cristo, se confessa a mundanidade do diabo.
Caminhar, edificar-construir, confessar. Mas não é tão fácil, porque no caminhar, no construir, no confessar, às vezes acontecem terremotos, acontecem movimentos que não são os movimentos próprios do caminho: são movimentos que nos puxam para trás.
O Evangelho prossegue com uma situação especial. O próprio Pedro que confessou Jesus Cristo, diz: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Eu o sigo, mas não falemos de Cruz. Isso não tem nada a ver. Eu te seguirei com outras possibilidades, sem a Cruz. Quando caminhamos sem a Cruz, quando edificamos sem a Cruz e quando confessamos um Cristo sem Cruz, não somos discípulos do Senhor: somos mundanos, somos Bispos, Padres, Cardeais, Papas, mas não discípulos do Senhor.
Eu gostaria que todos, após esses dias de Graça, tenhamos a coragem, exatamente a coragem de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de construir a Igreja no sangue do Senhor, que foi derramado na Cruz; e de confessar a única glória: Cristo Crucificado.

Novo Papa: Papa Francisco



Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, nasceu em 17 de novembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina e é agora o primeiro Papa Jesuíta.
Bergoglio estudou química, mas decidiu ser sacerdote e entrou para o seminário de “Villa Devoto”. Em 11 de março de 1958, passou para o noviciado da Companhia de Jesus.
Estudou sobre a humanidade no Chile e, em 1960, voltou para Buenos Aires, onde fez licenciatura em Filosofia no colégio “Maximo San José”, na cidade de “San Miguel”. Estudou Filosofia e Teologia, tornando-se, mais tarde, professor teológico. Considerado entre muitos como um líder nato, não demorou para que a Sociedade dos Jesuítas o promovesse como provincial da Argentina.
Bergoglio foi ordenado sacerdote em 13 de dezembro de 1969; em 20 de maio de 1992, João Paulo II nomeou-o Bispo Titular de Auca e Auxiliar de Buenos Aires. Em junho desse mesmo ano, recebeu, na Catedral Primada, a ordenação episcopal. Foi promovido a Arcebispo Coadjutor de Buenos Aires em 3 de junho de 1997.
O atual Pontífice de Roma foi criado cardeal presbítero, em 21 de fevereiro de 2001, e recebeu a barrete vermelha e o título de São Roberto Belarmino. Como purpurado, Bergoglio tornou-se conhecido pela humildade pessoal, pelo conservadorismo doutrinário e pelo compromisso com a justiça social. Um estilo de vida simples contribuiu para sua reputação de humildade. Ele morava em um pequeno apartamento, em vez de residir na residência do bispo de palaciana. Agora como Papa, Francisco residirá no Vaticano.
O Novo Papa é um dos cinco filhos de um casamento italiano de classe média, formado por Mário, um trabalhador ferroviário, e Regina Sívori, uma dona de casa.
É autor de várias obras, entre as quais “Reflexões sobre a vida apostólica”, de 1986; “Meditações para Religiosos”, de 1982, e “Reflexões de Esperança”, de 1992. É membro da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, bem como do Conselho Pontifício para a Família.

É apaixonado leitor de Dostoievski, Borges e autores clássicos. Gosta de tango e é aficionado por futebol.
Em contra-partida, é contra o casamento homossexual e o aborto. Durante a discussão do projeto que legalizou, na Argentina, o casamento entre pessoas do mesmo sexo, o agora Papa Francisco enviou uma carta de repúdio dirigida aos quatro monastérios de Buenos Aires, na qual dizia: “Não sejamos ingênuos. Não se trata de uma simples luta política; é a pretensão destrutiva ao plano de Deus”.
“Jesus nos ensina o outro caminho: sair para dar testemunho, sair para cuidar do próximo, sair para repartir, sair para perguntar”, disse Bergoglio, ainda cardeal, comparando o conceito do catolicismo com os fariseus do tempo de Jesus.
Fonte: Canção Nova - Tradução: Thais Azevedo

quarta-feira, 13 de março de 2013

Sacada do “Habemus Papam” está pronta para receber Sucessor de Pedro


Mirticeli Medeiros
Enviada especial a Roma - Com. Canção Nova

A Sacada Central da Basílica de São Pedro, que dentro de poucos dias receberá o Papa eleito em Conclave, já está pronta para o momento do “Habemus Papam”.
Por volta das 10h (6h em Brasília), os funcionários do Vaticano colocaram, através de um guindaste, as enormes cortinas no local onde o novo Sumo Pontífice fará sua primeira aparição pública.
Ainda no local, o Papa faz o seu primeiro pronunciamento e concede a benção Urbi et Orbi (de Roma para o mundo), através da qual também é concedida a indulgência plenária a todos os fiéis.
Relembrando o momento do Habemus Papam
Após a fumaça branca que sai da chaminé da Capela Sistina e o cumprimento de todo o rito da eleição, o cardeal protodiácono – ou seja, o primeiro cardeal criado na ordem dos cardeais diáconos -, se aproxima da fachada e diz, em latim: “Annutio vobis gaudium magnum: Habemus Papam (…)”. Logo em seguida é anunciado o cardeal e o nome pontifício adotado por ele.
Entre a fumaça branca e o a aparição na sacada – que dura de 40 minutos a uma hora – os fiéis de Roma e peregrinos que aguardam ansiosamente o momento do anúncio reúnem-se na Praça de São Pedro para conhecerem o novo Sumo Pontífice.

Sacada central da Basílica de São Pedro está pronta para receber o novo Papa

Eleição de 2005
Após 36 horas votação, o Santo Padre Bento XVI foi eleito em um dos conclaves mais rápidos dos últimos 150 anos. Após 56 minutos da fumaça branca, ele aproximou-se da sacada e proferiu o seguinte discurso:
“Queridos irmãos e irmãs, depois do grande Papa João Paulo II, os senhores cardeais me elegeram, um simples e humilde trabalhador da vinha do Senhor. Me consola o fato que o Senhor sabe trabalhar e agir também com instrumentos insuficientes e sobretudo me confio às vossas orações. Na alegria do Senhor ressuscitado, confiantes no seu auxílio permanente, vamos adiante. O Senhor nos ajudará e Maria, sua Mãe Santíssima, estará conosco. Obrigado!”

sábado, 9 de março de 2013

Fumaças das votações do conclave sairão às 8hs e às 15hs



Os 115 cardeais eleitores se transferirão para o Domus Santa Marta (local que hospeda os cardeais durante o conclave) às 7hs (horário de Roma, 3hs, horário de Brasília) da próxima terça-feira, 12 de março. A informação foi divulgada oficialmente pelo porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, na manhã deste sábado, 9 de março. Além disso, está prevista para às 8hs e às 15hs (horário de Brasília) - com a possibilidade de variação de uma hora a menos caso as votações sejam concluídas antecipadamente - a produção da famosa fumaça que é produzida após a conclusão de cada votação do conclave.

No primeiro dia de conclave, 12, os cardeais seguirão a seguinte programação:

06hs (10hs em Roma): é celebrada a missa 'Pro Eligendo Pontifice', a qual abre oficialmente os trabalhos do conclave.

11:45hs (15:45hs em Roma): os cardeais saem do Domus Santa Marta e se dirigem ao Palácio Apostólico.

12:30hs (16:30hs em Roma): os cardeais fazem a procissão da Capela Paulina, localizada no Palácio Apostólico, até a Capela Sistina.

12:45hs (16:45hs em Roma): acontece o juramento e logo em seguida, o 'Extra Omnes', através do qual é dada a ordem para que somente os cardeais eleitores permaneçam no local.

Logo em seguida, será realizada uma reflexão presidida pelo cardeal Prospech Grech e depois, a primeira votação.

Fonte: Canção Nova Notícias / Foto: Rádio Vaticano

Da redação do Portal Ecclesia.

A família de Dom Odilo Scherer


Parentes no Paraná de dom Odilo Scherer, cardeal brasileiro apontado com chances de se tornar papa, fizeram uma reunião para "acalmar os ânimos" diante da possibilidade de o religioso gaúcho se tornar o novo líder da Igreja Católica.
Segundo um dos irmãos dele, Flávio, 67, os familiares próximos foram orientados a não se expor e a ter "pés no chão" porque as chances do arcebispo de São Paulo são "remotíssimas".
Mas houve espaço no encontro para a esperança: os irmãos Scherer também recomendaram, caso algum familiar tivesse a intenção de viajar às pressas ao Vaticano devido a uma eventual escolha de dom Odilo, que já providenciasse documentos, como passaporte. Ninguém comprou passagem.
O próximo pontífice será apresentado aos fiéis logo após o conclave, que deve começar na semana que vem.
A posse como chefe de Estado no Vaticano ocorre dias depois.
A imprensa italiana e vaticanistas colocam o cardeal brasileiro como um dos mais cotados para o cargo por quatro motivos: o trânsito com integrantes influentes do conclave, a idade (63 anos), a experiência em funções no Vaticano e a liderança de uma das principais dioceses do mundo.
No entanto, segundo Flávio Scherer, eleito o porta-voz da família, todos estão "vacinados contra a euforia".
Para ele, é muito maior a possibilidade de o religioso, após o conclave, ser escolhido para um outro cargo no Vaticano.
Os irmãos do cardeal dizem que ele se mantém "sereno" e procura discrição.
Flávio, professor universitário, e Lotário Scherer, 65, médico, falam que estão "apreensivos" pela importância da situação e o grau de responsabilidade que recai sobre o irmão.
"Ele pediu para ficarmos unidos e que nem sequer cogitássemos isso [ele virar papa]. O principal é vê-lo como eleitor [no conclave], não mais do que isso", diz Flávio.

Família de d. Odilo Scherer, reunida em 1964; o atual arcebispo de São Paulo é o segundo a partir da esquerda, na fila de trás, em pé, atrás de seu pai

FAMÍLIA 'SEMINARISTA'
Os irmãos Scherer eram 13: duas meninas morreram ainda crianças. Os demais estão espalhados por várias partes do país e até no Paraguai. Dom Odilo mantém contato constante com eles e os recebeu no Natal em São Paulo.
O religioso viaja periodicamente para o sudoeste do Paraná, onde cresceu. Ele nasceu no Rio Grande do Sul.
No início do ano, celebrou uma missa no interior paranaense em um encontro nacional da família Scherer, do qual é idealizador.
Com rotina exaustiva, ele costuma aproveitar suas viagens pelo mundo para se aproximar da família. "Sempre que viaja [ao exterior], se vai para o Japão, para o Canadá, para o Peru, ele convida. A gente, claro, arca com as despesas e vai junto", diz Flávio.
Lotário descreve dom Odilo como "vidrado" em fotografia e diz que o religioso foi o primeiro da família a usar a internet para se comunicar. "Ele comenta que o futuro da igreja depende bastante desses meios de comunicação", diz o médico.
Dos 11 irmãos Scherer, 10 estudaram em seminários ou em congregações religiosas. Mas só dom Odilo se tornou padre.
Filhos de agricultores de origem alemã do interior gaúcho, eles cultivavam hábitos tradicionais, como rezar o terço antes das refeições. O alemão era o primeiro idioma.
"Era tradição nas famílias com grande número de filhos ter pelo menos alguém no seminário, um padre, e ter uma freira", afirma Flávio.
A mãe, Francisca, morta há sete anos, sonhava no início em ver o filho Odilo bispo --o pai, Edwino, morreu em 1989.
À família o religioso brasileiro, agora eleitor de conclave, descreveu o processo de escolha que acompanhará pela primeira vez como uma espécie de "retiro".
"Os assessores choraram quando o viram partir [para o conclave] porque pensaram: Será que volta? Mas ele nem sequer imagina isso. É possível ocorrer, mas seria quebrar um paradigma da história", declara o irmão professor.
Fonte: UOL

sexta-feira, 8 de março de 2013

Conclave pode começar nos primeiros dias da próxima semana

Pe. Federico Lombardi / Foto: CN Roma

Mirticeli Medeiros
Enviada especial a Roma

Data do Conclave pode sair esta tarde, afirma porta-voz do Vaticano
Nesta sexta-feira, 8, foi realizada a sétima Congregação Geral dos cardeais em preparação para o Conclave.


Após o término da reunião dos cardeais, que aconteceu na Sala do Sínodo, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, realizou o tradicional briefing aos jornalistas – às 13h, no horário de Roma (9h no horário de Brasília) -, no qual trouxe as últimas informações a respeito dos temas levantados pelo Colégio Cardinalício.
Data do Conclave será votada hoje
De acordo com Lombardi, há a possibilidade de que, nesta tarde, ao final da oitava congregação, a data do Conclave seja anunciada. Além disso, o sacerdote afirmou que o evento que elege o novo Sumo Pontífice poderá começar já nos primeiros dias da próxima semana.
Outros assuntos abordados
Entre outras decisões tomadas pelos 153 cardeais presentes na sétima congregação, está a aceitação dos motivos que levaram dois cardeais eleitores a não participarem do Conclave – mais precisamente os cardeais Keith O’Brien (Escócia) e Julius Riyadi Darmaatmadja (Indonésia) -, procedimento que está previsto na Constituição Universi Dominici Gregis.
Os assuntos, nos quais os cardeais se concentraram, nesta sexta-feira, estiveram relacionados sobretudo ao dialogo inter-religioso, à bioética, ao papel da mulher na Igreja e à colegialidade.
Neste sábado, 9, será realizada apenas uma congregação geral, a qual será concluída ao final da manhã. No domingo, não haverá congregação, já que é possível que cada cardeal opte por celebrar a Santa Missa nas igrejas de Roma das quais eles são titulares.
O cardeal carmelita Prosper Grech fará a segunda meditação aos cardeais antes do início do Conclave. A primeira foi realizada pelo pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, no dia 4 de março, data em que se iniciaram as congregações gerais.
Fonte: Canção Nova

quinta-feira, 7 de março de 2013

Colégio cardinalício está completo: os 115 cardeais eleitores já estão em Roma



O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, anunciou agora pouco que o último cardeal votante chegou a Roma na tarde desta quinta-feira, 7.

Assim, o número de cardeais que votarão para eleger o novo Sumo Pontífice, 115 no total, já está completo. A data para o início do conclave deve ser definida nos próximos dias durante as congregações gerais dos cardeais, no Vaticano.

A chegada do cardeal Jean-Baptiste Pham Minh Mân, do Vietnã, era aguardada com expectativa, pois a presença de todos os cardeais eleitores em Roma, possibilita a antecipação do início do conclave, conforme previsto no Motu Proprio publicado por Bento XVI, antes de deixar o pontificado.

O documento fez pequenas alterações nas normas relativas à eleição do novo Papa.

No total, 153 cardeais já estão presentes em Roma, incluindo aqueles que não poderão votar, por terem mais de 80 anos.

Fonte: Canção Nova Notícias / Foto: ETA

Da redação do Portal Ecclesia.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Cardeais se reúnem em oração pela Igreja na basílica de São Pedro



No final da tarde desta quarta-feira, 6 de março, os cardeais reunidos em congregação geral, se reuniram para um momento de oração na basílica de São Pedro. Religiosos e leigos se uniram aos prelados para rezar a oração vespertina, que começou com a recitação do santo rosário e logo após adoração eucarística.
Com cantos em latim e momentos de profundo silêncio diante do santíssimo sacramento, os cardeais suplicaram a força do Espírito Santo neste momento de tamanha responsabilidade na escolha do novo Pontífice.
Na tarde de hoje, o Twitter oficial da secretaria de Estado, @terzaloggia, postou uma mensagem dizendo: "Neste momento de particular importância, a Secretaria de Estado se une a toda a Igreja em oração pelo futuro Pontífice".
Com estes gestos, os cardeais indicam para toda a Igreja que o momento é de oração e suplicas para que seja o Espírito Santo a conduzir os trabalhos que antecedem o conclave.

Cardeais
Até a manhã desta quarta-feira, o número de cardeais em Roma era de 153, sendo 113 eleitores. Faltam apenas dois cardeais para completar o colégio de eleitores que, segundo expectativa do próprio Vaticano, já deve estar completa nesta quinta-feira, 7 de março.
A Capela Sistina já está fechada ao público para a preparação do conclave. Espera-se que com o número dos cardeais eleitores completos a reunião que irá eleger o sucessor de Pedro seja definida ainda esta semana.

Fonte: Canção Nova Notícias

Da redação do Portal Ecclesia.

terça-feira, 5 de março de 2013

Cardeais enviam telegrama ao Papa emérito Bento XVI


"Ao fim da congregação geral desta terça-feira, 05, os cardeais enviaram um telegrama ao Papa emérito assinado pelo cardeal decano Angelo Sodano:

Os padres cardeais reunidos no Vaticano para as congregações gerais em vista do próximo conclave enviam a Sua Santidade uma uníssona saudação com a expressão da renovada gratidão por todo o luminoso ministério petrino de Sua Santidade e pelo exemplo dado de uma generosa solicitude pastoral para o bem da Igreja e do mundo.

A gratidão dos cardeais quer representar o reconhecimento de toda a Igreja pelo incansável trabalho de Sua Santidade na vinha do Senhor.

Os membros do colégio cardinalício confiam, enfim, nas orações de Sua Santidade pelos cardeais, assim como por toda a Santa Igreja."

Fonte: Rádio Vaticano

segunda-feira, 4 de março de 2013

Sala de Imprensa da Santa Sé - manhã




“A atmosfera é de serenidade e construtividade neste tempo de responsabilidade na eleição do novo Pontífice”, foi o que assegurou o diretor da sala de imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, em coletiva, na manhã desta segunda-feira, 4, no Vaticano.

Segundo padre Lombardi, estiveram presentes, nesta primeira congregação, 142 cardeais, sendo 103 deles votantes. Faltaram 65 cardeais, sendo 12 votantes.

“A congregação teve início com uma primeira colocação do Cardeal Decano, que lembrou ao Colégio a importância deste evento. Logo depois, tiveram início as orações e o juramento. Primeiro, os cardeais fizeram um juramento coletivo e, depois, cada um dirigiu-se à frente da mesa da presidência – na qual se acontrava o evangeliário aberto – fazendo cada um o seu juramento pessoal”, disse padre Lombardi.

O porta voz informou ainda aos jornalistas que foi proposto pelo Decâno, e aceito com prazer pelo Colégio dos Cardeais, o envio de uma mensagem ao Papa emérito Bento XVI, em Castel Gandofo. Foi proposto também uma primeira reflexão espiritual, tradição no início da Congregação Geral, que será feita pelo pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa, na tarde desta segunda-feira.

“Houve um primeiro intervalo para um café e, obviamente, estes momentos são muito significativos, porque os cardeais vão se conhecendo e trocando informações”, disse o porta-voz, informando ainda que, na segunda parte da manhã foi dada a possibilidade da intervenção deles, sendo que 13 pediram a palavra e fizeram breves e precisas intervenções sobre a organização dos trabalhos das Congregações Gerais nos próximos dias.