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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Canonização do beato João Paulo II



Por The Tablet | Tradução: Fratres in Unum.com - O beato Papa João Paulo II poderia ser canonizado em outubro, no final do atual Ano da Fé, segundo a Agência de Informação Católica (KAI), de propriedade da Igreja polonesa.

A agência, que é comandada por um comitê de bispos da Polônia, afirmou ter recebido “informações não confirmadas” em Roma de que o Vaticano está perto de ratificar várias “curas inexplicáveis” desde a beatificação do finado Papa na Praça de São Pedro, no mês de maio [de 2011].

A agência informou na semana passada: “O Santo Padre irá… ouvir a opinião de cardeais em Roma em um consistório extraordinário. Então, podemos esperar que outubro seja o mês óbvio para a canonização”.

Ela acrescentou que Bento XVI anunciaria a canonização, provavelmente, na Semana Santa.


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A imagem do beato joão Paulo II no Mexico

A imagem, em tamanho natural, vestida com batina branca e coberta por ornamentos sacerdotais; sobre os ombros e tórax, a escarlate Mozzetta Papal e, descendo até a altura do joelho, a estola em negro e dourado com símbolos do Vaticano.
Nas mãos cruzadas sobre o peito, o crucifixo. Num relicário pouco acima, a ampulheta com uma porção do sangue de João Paulo II.
O travesseiro ergue um pouco a cabeça do Papa. Quem a cotovelaços e empurrões consegue chegar perto da réplica se depara com um rosto sereno. Na lateral da urna, a inscrição “Beato Juan Pablo”.
Pregado na parte inferior da urna de acrílico, pouco além das solas dos sapatos do Papa, o brasão do seu pontificado.
Não há espaço para todos. A multidão não estava convidada para a missa na sede provisória do Santuário de Los Mártires. Ali deveriam estar apenas 90 sacerdotes, membros da cúpula da Arquidiocese, e próximos do Cardeal Juan Sandoval Iñiguez.
Mas a multidão de fiéis subiu o Cerro, a pé ou de carro, e suplica em coro:
-Queremos ver al Papa! …Queremos ver al Papa!…
Desde 25 de agosto, até 15 de dezembro, a réplica de João Paulo II morto percorrerá 94 dioceses do México. Metade do périplo foi feito e a Conferência Episcopal avalia que mais de 8 milhões de fiéis já viram e tocaram no esquife.
Estima a igreja que somente entre esta quarta e sexta-feiras na Región Valles (Cocula, Ameca, Tala e San Martín Hidalgo), nas filas da Basílica de Zapopan, da comoção no Santuário de Los Mártires e na Catedral Metropolitana, mais de 300 mil mexicanos foram ver João Paulo II em cera. E o relicário com seu sangue.
Carregada pelos sete homens, a urna ultrapassa o portão. Policiais militares se dão as mãos, formam um corredor a caminho da Van onde será depositada a imagem. A cobertura de acrílico viaja numa segunda Van.
Os que não conseguem se aproximar, suplicam, em coro:
-Queremos ver al Papa!…Queremos ver al Papa!
Uma e meia da tarde. A multidão cerca e conduz as duas Vans, passo a passo, disputando as janelas. Uma ambulância e dois carros da Policia Estadual de sirenes ligadas, 32 graus, e o cântico que provoca lágrimas e vertigens:
-Se ve, se siente, Juan Pablo está presente… Se ve, se siente, Juan Pablo está presente…

Retirado do portal Terra

domingo, 16 de outubro de 2011

Memorial João Paulo II em Goiânia

No dia 15 de outubro, aconteceu em Goiânia a inauguração do Memorial João Paulo II. Esse evento teve início em frente a Paróquia Universitária, no Setor Universitário, sendo seguido por uma carreata até o Campus II da PUC. Na ocasião, o arcebispo D. Washington Cruz fez o ritual de benção do Memorial, que é composto do altar usado por João Paulo II há exatos 20 anos, em sua visita à cidade de Goiânia, e também das relíquias: cruz peitoral, solidel, cátedra, cálice e patena; todos usados por João Paulo II na missa que celebrou em Goiânia. Até então o altar estava no estacionamento do Estádio Serra Dourada, sendo transferido este ano para o Campus II da PUC.
Também esteve presente no evento o governador Marconi Perilo e a primeira dama. Na oportunidade, o governador fez um belo discuso, homenageando João Paulo II, no qual relatou que esteve presente, junto com sua esposa, na missa celebrada pelo papa há 20 anos.
O reitor da PUC, Volmir Amado, deu as boa vindas a todos e explicou o significado daquele Memorial para a PUC, para Goiânia e para todo o estado de Goiás. Por fim, agradeceu a todos aqueles que colaboraram para a realização daquele evento.
Veja abaixo algumas fotos:







quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Processo de canonização de João Paulo II


Vaticano, 13 Out. 11 / 11:54 am (ACI)
O Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, Cardeal Angelo Amato, explicou em uma entrevista concedida ao grupo ACI que a postulação para a causa de canonização do Beato João Paulo II ainda se encontra no processo de eleição e avaliação de possíveis milagres atribuídos à sua intercessão.
O Beato João Paulo II foi elevado aos altares no dia 1º de maio deste ano logo depois de que fosse confirmado o milagre da religiosa francesa Marie Simon-Pierre, curada de Parkinson, a mesma doença que padeceu o defunto Pontífice.
Para a futura canonização do Beato João Paulo II, é necessário que a Congregação para a Causa dos Santos -o organismo vaticano encarregado de estudar os milagres, martírios e virtudes heróicas das pessoas-, confirme um segundo milagre atribuído ao Pontífice. Só então, após os diferentes estudos pertinentes, o Pontífice poderá ser proclamado santo.
No dia 4 de outubro, o Cardeal Amato explicou ao grupo ACI que não há pressa para a canonização.
"Por enquanto, nós desfrutamos da beatificação. Porque a beatificação é um objetivo importante desde o momento em que foi confirmado o tema do heroísmo da virtude, selado por um milagre grandioso", concluiu.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

João Paulo II "volta" ao México no dia 17 de agosto

MEXICO D.F., 06 Ago. 11 / 10:54 am (ACI/EWTN Noticias)
A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) informou hoje que no próximo 17 de agosto chegarão ao México as relíquias do Beato João Paulo II que percorrerão o país por um período de 4 meses.
A secretaria geral da CEM divulgou um comunicado no qual assinala que as relíquias do Papa peregrino, que visitou o México em cinco oportunidades, chegam ao país depois do pedido dos bispos às Congregações para o Culto Divino e para as Causas dos Santos no Vaticano.
A peregrinação, indica o texto, começará na quinta-feira 25 de agosto na Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe no Distrito Federal.
As relíquias de primeiro grau consistem em uma cápsula que contém sangue do recordado Beato, que estará acompanhada de uma figura de cera do Pontífice polonês.
Os bispos exortam os fiéis do México a fazerem deste acontecimento "uma grande oportunidade para aprofundar o legado que nos deixou o Beato João Paulo II, que foi capaz de mudar o rosto da Igreja ao início do Terceiro Milênio, que transformou vidas humanas e influiu na vida de muitas nações com a força do Evangelho".

terça-feira, 3 de maio de 2011

João Paulo II já repousa na capela de São Sebastião



CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 3 de maio de 2011 (ZENIT.org) - Os restos mortais do beato João Paulo II já descansam sob o altar da capela de São Sebastião, na Basílica de São Pedro; informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
A partir de agora, os fiéis poderão venerar o papa beato na capela da basílica, e não mais na cripta vaticana, como antes.
O féretro com os restos do novo beato foi transferido nessa segunda-feira, após o fechamento da basílica, deixando o altar da Confissão, onde tinha ficado exposto para a veneração de centenas de milhares de fiéis desde a manhã de domingo, depois da cerimônia da beatificação.
A procissão foi presidida pelo cardeal Angelo Comastri, arcipreste da basílica, e formada pelo Colégio de Penitenciários, pelo Capítulo da Basílica e por nove cardeais e vários bispos e arcebispos. Entre eles, os cardeais Sodano, decano do Colégio, Bertone, secretário de Estado, Amato, Coppa, Lajolo, Re, Sandri, Macharski e Dziwisz, os arcebispos Filoni, Mamberti e Mokrzycki, o postulador, monsenhor Oder, e a irmã Tobiana, junto com outras freiras que fizeram parte do domicílio pontifício durante o papado de João Paulo II.
A procissão parou para rezar diante do altar da Confissão e seguiu até o altar da capela, cantando as ladainhas dos santos pontífices.
Depois da invocação Beate Ioanne Paule, repetida três vezes, rezou-se a oração do novo beato e o féretro foi incensado. Os trabalhadores da Fábrica de São Pedro depositaram então a grande lápide de mármore branco, que traz a inscrição Beatus Ioannes Paulus PP. II.
O comunicado vaticano termina informando que vários dos presentes fizeram o gesto devocional de beijar a lápide, enquanto a assembleia “se dissolvia com serena comoção”.

domingo, 1 de maio de 2011

João Paulo II na minha vida


Foto da comunhão com o Papa João Paulo II - Rio de Janeiro 1997

“Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor”

Ao assistir pela TV a Beatificação do Papa João Paulo II, presidida por Bento XVI, veio ao meu coração a memória dos momentos marcantes da minha experiência com sua pessoa e ministério.
Não tenho lembrança de sua eleição, nem dos primeiros anos do seu pontificado. As imagens fortes que tenho dele são de sua primeira visita ao Brasil, no ano de 1980. Na época eu tinha 9 anos. Não me encontrei de forma direta com ele em nenhum dos grandes eventos de sua visita, até porque, naquele ano, ele não foi à cidade de Natal, onde eu morava. Contudo, a cobertura jornalística da época e a comoção do povo já me marcaram bastante.
Os anos se passaram, e, no ano de 1991, o Papa veio ao Brasil mais uma vez. Desta vez, ele veio à cidade de Natal para o Congresso Eucarístico Nacional. Naquela época, já era para mim um fato mais impactante, porque minha fé já tinha sido despertada. Foi uma experiência muito forte! Posso dizer que foi uma experiência profunda quando pude vê-lo de perto, passando no Papa-móvel, na celebração Eucarística. Foram dias inesquecíveis, que marcaram os meus primeiros passos de caminhada na fé.
Depois, no ano de 1997, João Paulo II veio mais uma vez ao Brasil, para o Encontro Mundial das Famílias, no Rio de Janeiro, cidade onde então eu morava. O Papa chegou ao Brasil no dia 02 de outubro e nesse mesmo dia eu e Marjorie ficamos noivos. Dois dias depois, tive a imensa graça de receber a comunhão das mãos de João Paulo II. Creio ter sido a maior emoção da minha vida! Um momento inesquecível, que não tenho palavras para descrever. Só posso citar um trecho de um poema de São João da Cruz: “e deixa-me morrendo. Um ‘não sei quê’, que ficam balbuciando”. Foi uma graça que me deu forças para perseverar na minha caminhada de fé.
O ano de 2002 foi um ano muito especial no meu relacionamento com João Paulo II, porque tive duas oportunidades de estar com ele. A primeira delas foi em julho, quando participei da Jornada Mundial da Juventude, em Toronto, no Canadá. Nela, tivemos dois momentos de encontro com o Papa que foram decisivos naquilo que seria, num futuro próximo, uma grande mudança na minha caminhada de fé: lembro que, na Celebração Eucarística, fiz uma oração, dizendo: “Jesus, até hoje realizastes todos os meus sonhos. Desejo, a partir de hoje, dedicar a minha vida a realizar os teus sonhos a meu respeito”. Não podia imaginar o quanto, a partir de então, minha vida mudaria.
Nesse mesmo ano, tive a oportunidade de ir a Roma para a Ordenação Sacerdotal do meu irmão, Pe. Francisco Alexandre, no dia 24 de dezembro. Neste mesmo dia, à noite, participei, na Basílica de São Pedro, da missa de Natal presidida por João Paulo II, que já estava muito debilitado. O que ficou mais forte, nesta oportunidade, foi que pude gritar bem forte, a menos de dois metros de distância dele: “Papa, nós te amamos!” João Paulo II tinha falado tantas coisas que marcaram minha vida e caminhada de fé, e neste dia, eu pude expressar toda a minha gratidão.
No ano de 2003 retornei à Europa, especialmente a Roma, conduzindo uma peregrinação que teve como ponto máximo a Beatificação de Madre Teresa de Calcutá, pelo Papa João Paulo II. Ele já estava fisicamente aniquilado, não conseguiu nem dizer as palavras da consagração, que precisaram ser pronunciadas pelo Cardeal que estava concelebrando a seu lado, o Cardeal Ratzinger, futuro Bento XVI. Foi a última vez que, em vida e de forma direta, o vi. Algo no coração já me fazia perceber que era nossa despedida. Diferente das outras vezes que o encontrei, não foi uma experiência de euforia efusiva, e sim uma experiência silenciosa e íntima, de quem se despedia de um ente querido.
Sua morte, eu acompanhei pela televisão. Na época, eu vivia um período de grande mudança. Estava saindo da Comunidade de Vida Shalom – onde tinha vivido treze anos, dos quais, os sete primeiros anos do meu casamento com a Marjorie – para fundarmos o Movimento da Transfiguração. Foi um período muito difícil e sofrido, onde eu começava a trilhar o caminho de realizar o sonho de Deus a meu respeito.
A forma como João Paulo II viveu seus últimos anos de vida, seu sofrimento e sua morte foram, para mim, um grande exemplo e força para abraçar a vontade de Deus na minha vida, especialmente, naqueles momentos tão dolorosos que vivíamos. Assim, posso dizer que o Movimento da Transfiguração foi gerado como fruto das dores e sofrimentos finais do Papa João Paulo II. Por isso, de forma especial, desde o momento de sua morte, coloquei a fundação deste Movimento sob a intercessão de João Paulo II, o que hoje, após sua Beatificação, podemos fazer de forma pública, dizendo: João Paulo II, rogai por nós!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

João Paulo II: Caixão trasladado para junto do túmulo de São Pedro

Cidade do Vaticano, 29 abr 2011 (Ecclesia) – O caixão de João Paulo II foi hoje retirado do seu túmulo e colocado junto ao de São Pedro, primeiro Papa da Igreja Católica, onde vai ficar até à manhã de domingo, anunciou o porta- voz do Vaticano.
Em conferência de imprensa, o padre Federico Lombardi referiu que os trabalhos “começaram esta manhã, por parte do pessoal da fábrica de São Pedro”, com a retirada da lápide de mármore, conservada intacta, a qual seguirá para Cracóvia, na Polónia, para ser colocada numa nova igreja, dedicada ao futuro beato.
Segundo o Vaticano, o caixão de Karol Wojtyla (1920-2005) permanecerá no piso inferior da basílica de São Pedro até ao final do rito de beatificação, sendo depois colocada à “veneração dos fiéis” em frente ao altar principal deste espaço.
Lombardi estimou que a trasladação definitiva para a capela de São Sebastião, onde o túmulo do beato João Paulo II irá ficar, tenha lugar no final da tarde da próxima segunda-feira, de forma privada, com a basílica fechada.
Marie Simon-Pierre, que sofria da doença de Parkinson.
Esta capela fica localizada na nave da basílica do Vaticano, junto da famosa 'Pietà' de Miguel Ângelo.
Na breve cerimónia desta manhã participaram, entre outros, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, e o secretário particular de João Paulo II, cardeal Stanislaw Dziwisz.
No caixão, além da cruz e das armas do pontificado, está uma inscrição em latim identificando João Paulo II, com uma breve síntese da sua vida, incluindo datas de nascimento e de morte, para além da duração do seu pontificado.
O programa completo das celebrações ligadas à beatificação inicia-se a 30 de abril com uma vigília ao ar livre, no Circo Máximo de Roma, momento em que haverá uma ligação em direto a cinco locais de culto dedicados à Virgem Maria, em todo o mundo, incluindo o santuário de Fátima.
A missa da beatificação decorre na praça de São Pedro, a partir das 10:00  podendo os fiéis entrar, livremente, a partir das 05:00.
A beatificação foi anunciada a 14 de janeiro, depois da publicação do decreto que comprovava um milagre atribuído à intercessão de João Paulo II, Karol Wojtyla (1920-2005), relativo à cura da religiosa francesa

Os caminhos da beatificação de João Paulo II


O vaticanista italiano do jornal La Stampa, Andrea Tornielli, afirma que no ano 2005 o Papa Bento XVI considerou, mas finalmente decidiu não optar pela canonização imediata de João Paulo II.
Em um artigo publicado hoje, Tornielli escreve que "o Papa Ratzinger não decidiu imediatamente. Conhecia bem seu predecessor e não tinha dúvidas sobre sua santidade pessoal. Quis consultar alguns colaboradores e ao final decidiu derrogar a espera de cinco anos (antes de abrir a causa), mas não por isso evitar a beatificação".
O vaticanista comenta ademais que a sugestão da canonização imediata foi feita pelo Cardeal Stanislaw Dziwisz, atual Arcebispo de Cracóvia (Polônia) e que foi secretário pessoal de João Paulo II por mais de 40 anos.
Ele indica também que a proposta para não esperar os cinco anos, depois da morte, que indica a norma para abrir uma causa, foi feita pelo Cardeal eslovaco Jozef Tomko, amigo pessoal do Papa João Paulo II e Prefeito Emérito da Congregação para a Evangelização dos Povos.
Na opinião de Tornielli, os cardeais da cúria romana tinham acolhido o clamor de centenas de milhares de fiéis que durante os funerais do Papa polonês tinham repetido incessantemente: "Santo sùbito!" (Santo já!) 
Três anos antes destes acontecimentos, em junho de 2003, uma discussão similar ocorreu no Vaticano pelo caso da Madre Teresa de Calcutá. O então Secretário de estado Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, tinha consultado por escrito em nome de João Paulo II a alguns cardeais da cúria romana para pedir-lhes sua opinião quanto à canonização imediata da religiosa e assim proclamá-la santa. 
A idéia, diz Tornielli, "não desgostava o Papa Wojtyla, mas não se concretizou porque ele optou por ter em conta as objeções dos colaboradores consultados". Assim a Madre Teresa foi beatificada em outubro desse ano e sua causa de canonização segue atualmente seu curso.
O Papa Bento XVI beatificará o Servo de Deus João Paulo II no domingo 1º de maio na Praça de São Pedro em Roma, um acontecimento histórico já que será a primeira vez em mais de 10 séculos que um Pontífice eleva aos altares seu predecessor imediato.

Por ACI Digital

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A beatificação de João Paulo II

Em nota, a Santa Sé adianta que a beatificação vai se realizar em cinco momentos, como um “grande acontecimento eclesial”.
Na véspera da beatificação, no dia 30 de abril, o cardeal-vigário de Roma, Dom Agostino Vallini, presidirá uma missa preparatória no Circo Máximo, centro de Roma, com a participação de Bento XVI em videoconferência.
No dia 1º de maio, às 10h de Roma, o Papa Bento XVI preside a solene Missa de Beatificação, na Praça de São Pedro. Uma vez terminada a cerimônia, “os fiéis poderão venerar os restos do novo beato”, diante do altar da confissão, na Basílica de São Pedro.
No dia 2 de maio, o Cardeal-secretário de Estado, Dom Tarcisio Bertone, presidirá missa de ação de graças na Praça de São Pedro.
A sepultura definitiva de João Paulo II será na capela de São Sebastião, ao lado da capela que abriga a célebre 'Pietà' de Michelangelo, na ala direita do templo. A cerimônia será feita “de forma privada”. Por tradição, os restos mortais dos Papas beatificados são transferidos da cripta, onde estão enterrados, para o andar principal da Basílica.
O Vaticano estima que até dois milhões e meio de pessoas assistirão à cerimônia de beatificação de João Paulo II, o primeiro papa polonês. Um dos pontífices mais populares da história recente e que esteve à frente do trono de São Pedro por 27 anos.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Memórias de um ex-guarda-costas de João Paulo II

Segue abaixo uma excelente repostagem com o ex-guarda-costas de João Paulo II, retirado da agência de notícias: ZENIT:

Por Edward Pentin
ROMA, quarta-feira, 26 de janeiro de 2011 (ZENIT.org) – Durante 12 anos, o ex-capitão da guarda suíça Roman Fringeli foi treinado e preparado para dar a vida pelo Papa.
De 1987 a 1999, ele protegeu o futuro beato João Paulo II como um de seus cinco guarda-costas pessoais nas viagens papais. Este período compreendeu 15 viagens apostólicas a Asia, Europa, África y América.
Durante três anos e meio deste período, Fringeli liderou o contingente de guardas suíços que acompanhava João Paulo II quando este viajava ao exterior. “Diante de uma necessidade das circunstâncias, eu teria dado minha vida pelo Papa”, afirmou. “Este era sempre meu pensamento quando viajávamos”.
Natural da Basileia, norte da Suíça, Fringeli deixou a força oficial há cerca de 10 anos. Mas seu entusiasmo permanece e ele está disposto a compartilhar suas felizes e às vezes angustiantes experiências.
Ele recorda vivamente como lutaram com grande trabalho para conter uma multidão em Nairobi, como gritaram com os militares em Moçambique para que evitassem que uma grande massa de gente se aproximasse demais do Papa e como enfrentaram a difícil tarefa de proteger o Papa diante de um milhão de pessoas em Seul.
“Recordo Ruanda, durante uma missa, tivemos um aviso de um ataque terrorista aéreo”, conta. “Pode imaginar? Justamente ali, havia quatro anos, tinha acontecido o genocídio”.
Em outra viagem, estando com o Papa em voo charter, o avião fez três tentativas de aterrissar, por causa da neblina. Depois de ser desviado a Johannesburgo, o contingente do Papa teve de viajar de carro para Lesotho, para chegar ali ao som de tiros das forças especiais, que tinham resgatado um grupo de reféns.
O Papa João Paulo II, que tinha ido a Maseru para beatificar o sacerdote missionário Joseph Gérard, visitou depois alguns feridos no hospital. “Foi uma viagem especial e terrível. João Paulo II queria oferecer uma mensagem de paz e o fez”, relata Fringeli.
Mas talvez sua visita mais problemática foi em Berlim, em 1996. Grupos de anarquistas protestavam de forma selvagem, lançando objetos no papa-móvel, enquanto outros desfilavam nus enquanto o Papa passava.
“De repente, essa gente começou a lançar bolas vermelhas cheias de tinta nas janelas do papa-móvel”. Fringeli recorda que estava atrás do veículo papal, tentando afastar os manifestantes. “Senti-me envergonhado da Alemanha pelo que aconteceu. A polícia permitiu que a multidão se aproximasse demais do papa-móvel”.
Bento XVI visitará Berlim em setembro e alguns estão preocupados com a possibilidade de que esse evento se repita. “Nunca se sabe o que acontecerá em Berlim”, disse Fringeli. “Pode aparecer mais uma vez gente louca, mas Bento XVI é alemão e isso pode ajudar, também talvez a polícia faça melhor o seu trabalho, controlando as multidões”.
Fringeli também disse que o surpreendeu ver que a polícia alemã parecia assustada por ter de frear a multidão. “Eles não queriam tocá-los”.
Mas na África, Fringeli viu que a segurança local pode ser excessiva. Na viagem que João Paulo II fez a Iaundé, capital de Camarões, em 1995, ele recorda ver um homem com deficiência mental que estava perambulando em frente ao papa-móvel. A polícia o arrastou “como se fosse um saco de batatas”, jogando-o na multidão.
Nem revólver nem colete
A proteção que o Vaticano dá ao Papa durante as viagens consiste em dois guardas suíços à paisana, um capitão e um cabo, além de três policiais do Vaticano. O restante da proteção fica com as autoridades locais.
Durante seu período de serviço, Fringeli não usava colete à prova de balas nem revólver. “Que você pode fazer com uma pistola na frente de uma multidão?” “Poderia matar pessoas, e o mesmo acontece na basílica da praça de São Pedro ou em uma audiência”.
Em vez disso, ele confiava muito em sua perspicácia visual e no treinamento pessoal. O ex-guarda nos mostrou uma foto sua vestido em traje preto, caminhando ao lado de João Paulo II, em uma visita à Romênia, com os olhos fixos na multidão.
“Sempre estava observando com precisão, buscando um movimento repentino, alguém correndo ou saltando por cima das linhas de segurança; essa era minha tarefa”.
Ao ser questionado sobre a falha de segurança que houve na basílica de São Pedro no Natal de 2009, quando uma mulher saltou em direção ao Papa, ele destaca o quão inesperado pode ser algo assim.
“Você precisa saber o que está acontecendo em questão de segundo”. “Normalmente, isso é responsabilidade da pessoa que está ao lado do Papa, mas nesta ocasião tudo aconteceu muito rápido”. Apesar de tudo, Fringeli afirma que a segurança do Vaticano é muito boa.
O ex-guarda tem muitas boas recordações de Wojtyla e está encantado com a notícia de sua beatificação. “Para mim, João Paulo II foi um Papa santo, como todos os papas nos dois ou três últimos séculos”, disse.
Ele conta que João Paulo II sempre dizia que Nossa Senhora o protegia e que colocou sua sobrevivência nas mãos da Virgem desde o atentado de 1981.
“Foi um mensageiro da paz”, disse. “Alguns diziam que teria sido melhor se ele tivesse estado mais tempo no Vaticano e não viajando tanto, mas para o Papa não eram viagens de lazer, ele tinha uma agenda muito apertada, que durava o dia inteiro”.
Fringeli lembra um outro episódio, em que centenas de pessoas caminharam durante vários dias, de Zâmbia até o Zimbabue, para ver Wojtyla. As 104 viagens que João Paulo II fez fora da Itália estavam dedicadas a essas pessoas, especialmente de países pobres, que nunca poderiam ir a Roma.
O ex-guarda conta com carinho como João Paulo II sempre agradecia sua equipe de segurança ao final de cada viagem. Quando era mais jovem, frequentemente realizava passeios espontâneos, que nem sempre ganhavam a simpatia dos guarda-costas. “Não era fácil viajar com o Papa, porque não sabíamos o que ele faria fora do programa”. “Mas a experiência ajudava muito”.
Apesar das obrigações das viagens papais, Fringeli se sentia muito satisfeito e seu entusiasmo nunca diminuía. “Era estranho. Durante a viagem nos cansávamos muito, mas ao final sempre pensávamos: quando será a próxima?”
Ele rende homenagem a duas figuras chave das viagens apostólicas: o cardeal Roberto Tucci, organizador das viagens longas, a quem define como “um grande, grande homem”, e Camilo Cibin, o último guarda-costas da polícia vaticana, que protegeu o Papa até este completar 80 anos.
“Sem nenhum dos dois – disse – o Papa não teria sido capaz de fazer nenhuma de suas viagens.”

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Como foi realizado o processo de beatificação de João Paulo II


Muitas pessoas desejam saber como se realiza um processo de beatificação, especialmente o de João Paulo II, que foi dispensado, pelo Papa Bento XVI, dos cinco anos de espera, o que não é o comum nos processos de beatificação. Abaixo temos uma nota informativa da Congregação para as Causas dos Santos, sobre os passos do processo de João Paulo II:
A congregação esclarece que "a causa, por dispensa pontifícia, começou antes de passarem cinco anos da morte do servo de Deus, como é exigido pela normativa vigente".
"Esta medida foi solicitada pela imponente fama de santidade que João Paulo II teve em vida, na morte e depois da morte. No mais, todas as disposições canônicas comuns das causas de beatificação e canonização foram observadas integralmente".
"De junho de 2005 a abril de 2007, foi realizada a investigação diocesana principal romana e as rogatoriais em várias dioceses, sobre a vida, as virtudes, a fama de santidade e os milagres".
"A validade jurídica dos processos canônicos foi reconhecida pela Congregação para as Causas dos Santos com o Decreto de 4 de maio de 2007".
"Em junho de 2009, examinada a Positio, nove consultores teólogos da Congregação deram parecer positivo ao heroísmo das virtudes do servo de Deus. Em novembro, seguindo o procedimento habitual, a mesma Positio foi submetida ao juízo dos cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos, cuja sentença foi afirmativa".
"Em 19 de dezembro de 2009, o Sumo Pontífice Bento XVI autorizou a promulgação do decreto sobre a heroicidade das virtudes".
"Em vista da beatificação do venerável servo de Deus, a postulação da causa apresentou para exame da Congregação para as Causas dos Santos a cura do "mal de Parkinson" da irmã Marie Simon Pierre, religiosa das Irmãzinhas das Maternidades Católicas ( O milagre que permitirá a beatificação de João Paulo II).
"Como de praxe, as numerosas atas da investigação canônica, regularmente instruída, junto com os detalhados exames médico-legais, foram submetidos ao exame científico da Consulta Médica da Congregação para as Causas dos Santos, em 21 de outubro de 2010. Os peritos, depois de estudarem com a habitual minúcia os testemunhos processuais e toda a documentação, concluíram que a cura era cientificamente inexplicável".
"Os consultores teólogos, depois de revisadas as conclusões médicas, iniciaram em 14 de dezembro de 2010 a ponderação teológica do caso. Reconheceram por unanimidade a unicidade, a antecedência e a invocação coral dirigida ao Servo de Deus João Paulo II, cuja intercessão tinha sido eficaz para a cura milagrosa".
"Por último, em 11 de janeiro de 2011, ocorreu a sessão ordinária de cardeais e bispos da Congregação para as Causas dos Santos, que emitiu um parecer unânime e afirmativo, considerando milagrosa a cura da irmã Marie Simon Pierre, como realizada por Deus de modo cientificamente inexplicável, depois de rogada a intercessão do Papa João Paulo II, invocado com confiança tanto pela pessoa curada como por muitos outros fiéis".

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Beatificação de João Paulo II


Conforme o Blog Oblatvs, o Papa João Paulo II será beatificado no dia 1º de maio deste Ano. Não obstante o costume introduzido pelo atual Pontífice – de não presidir beatificações e só canonizações – ele próprio presidirá a Beatificação de seu predecessor na Praça de São Pedro em 1º de maio de 2011, II Domingo de Páscoa.
Com certeza será uma das beatificações mais esperadas destes últimos tempos:  que deve ter uma grande participação de fiéis e forte repercussão mundial.
Ainda segundo o Blog Oblatvs : “O Papa Bento XVI recebeu em audiência o Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos e, no curso da mesma, autorizou-o a promulgar o Decreto relativo a um milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus João Paulo II (Karol Wojtyła).”
Se para toda Igreja é uma grande alegria, maior ainda para os poloneses, que têm na figura de João Paulo II um símbolo de identidade nacional.
Ao ver esta notícia, vem a minha memória a oportunidade que tive de comungar das mãos de João Paulo II na missa celebrada por ele em 1997, no Rio de Janeiro, e assim agradecer a Deus esta grande oportunidade de ter recebido a Eucaristia das mãos do Romano Pontífice que será declarado Beato.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

100 anos de Madre Teresa




      No dia 26 de agosto de 1910 nascia em Skopje, na Albânia, Anjeza Gonxhe Bojaxhiu, aquela que viria a ser conhecida como Madre Teresa de Calcutá. Fundadora, na Índia, da congregação das Missionárias da Caridade, congregação espalhada em vários países.
      Eu tenho uma particular relação com Madre Teresa: primeiro, porque nos anos que morei em Salvador, por várias vezes visitei a casa das irmãs Missionárias da Caridade. Foram sempre momentos muito marcantes ver o amor das irmãs pelas pessoas mais pobres, especialmente, porque era perceptível que derivava de um autêntico amor a Jesus, nascida de uma vida de fé intensa.
      Nestas visitas, também tive oportunidades de desenvolver uma amizade com algumas irmãs, o que muito enriqueceu minha vida: foram diálogos sobre a vida de oração e a vivencia cristã.
      A segundo motivo é que estive presente na Praça de São Pedro, em Roma, na celebração da Beatificação de Madre Teresa, pelo então Papa João Paulo II, no ano de 2003. Creio que isto se tornou uma marca no meu relacionamento com Madre Teresa.
      Um terceiro motivo é que no período em que percebi a inspiração para iniciar o Movimento da Transfiguração, a história da fundação das Missionárias da Caridade foi um dos motivadores para os passos da sua fundação.
      Por esses motivos, é uma grande alegria este centenário de nascimento, que será marcado por um ano de grandes celebrações no mundo inteiro, especialmente na Índia. Aguardo com grande expectativa a celebração de sua canonização, e, se Deus quiser, estarei presente para mais uma vez reafirmar esta grande amizade de um pecador com uma santa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Os papas e Jesus na sua paixão e morte.


Neste domingo de ramos o Papa Bento XVI, falando especialmente para os Jovens que lotavam a Praça de São Pedro por causa da celebração dos vinte cinco anos das jornadas mundial da juventude, disse: “Jesus nos guia para o que é grande, puro, para a vida segundo a verdade; para a coragem que não se deixa intimidar pelo falatório das opiniões dominantes; para a paciência que suporta e sustenta o outro".
Estas palavras do Papa se enquadram de forma direta com a campanha mundial de difamações e calúnias, pois boa parte da Mídia mundial deseja ligar sua pessoa aos escândalos de acobertamento de pedofilia. Sabemos que Bento XVI, quando esteve à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, que é o órgão do Vaticano responsável para julgar esses terríveis crimes de pedofilia de membros do clero, foi aquele que julgou com bastante rigor os casos que chegavam a ele; como também foi o responsável por endurecer as normas de julgamento como, por exemplo, a decisão de retirar a possibilidade de prescrição para este tipo de crime.
Esta decisão significa que mesmo que um padre seja denunciado  40 anos depois dos crimes cometidos, todas as denúncias serão investigadas e o padre pode ser punido. Essa postura nos mostra a atitude de quem quer realmente enfrentar os problemas de frente, sem querer esconder nada. Sabemos que os tribunais do mundo todo têm limites de prescrição dos crimes.

Nesta semana santa podemos ver como os dois últimos Papas sofreram, em uma profunda união com Jesus, ao relembramos o servo de Deus João Paulo II e o sofrimento físico que começou com o atentado na Praça de São Pedro e os longos anos de sofrimento ocasionados pelas enfermidades, ao ponto de ser impossível não relacionar o sofrimento de João Paulo II com os de Jesus na sua paixão e morte.
Agora, vemos o Papa Bento XVI sendo injustamente acusado de crimes que não fez, e que, justamente dedicou grande parte de sua vida a combatê-los. São apresentados testemunhos falsos, querendo retirar sua autoridade moral de ensinar, usando fatos que realmente aconteceram, mas manipulados, para tentar confundir os que escutam. É impossível também não relacionar ao julgamento de Jesus perante as autoridades judaicas e Pilatos, cheios de fatos manipulados, pessoas sendo insufladas para gritar um julgamento, mais interessado em influir na opinião pública, do que na busca pela  verdade dos fatos.
No caminho para o calvário Jesus tem a ajuda Simão, o sirineu, para ajudar a levar sua cruz. Que também nós possamos ajudar nosso Papa a levar essa dolorosa e pesada cruz da injustiça pela nossa oração e pela nossa corajosa defesa da verdade.  

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Visita de Bento XVI à Sinagoga de Roma

Conforme tínhamos anunciado  na postagem do dia 05 de janeiro, numa série de postagem sobre a agenda de Bento XVI para o ano de 2010, o Papa visitou, no dia 07 de janeiro, a Sinagoga dos Judeus em Roma. Esta visita era profundamente esperada por causa das tensões geradas com a proclamação das virtudes heróicas  de Papa Pio XII (controvérsia que comentamos na postagem do dia 28 de dezembro de 2009).
A visita ocorreu num clima de tranquilidade e diálogo. Bento XVI fez um gesto bastante simbólico, ao chegar à pé a sinagoga. No caminho, prestou homenagem diante da placa que recorda os judeus que foram deportados, no dia 16 de outubro de 1943. Lá ele depositou flores e se recolheu, num momento de oração silenciosa.
No seu discurso o Papa mais uma vez declarou a sua repulsa ao Shoá (o Holocausto dos judeus na II Grande Guerra), falando sobre isso disse: "representa, de alguma forma, o início de um caminho de ódio que nasce quando o homem esquece seu criador e se coloca no centro do universo".
Bento XVI mostra,  através de sua atitude, uma forma de diálogo que é profundamente exigente, mas que precisa ser seguida, principalmente no diálogo inter-religioso. Esse diálogo deve ser feito de coração aberto, com toda a sinceridade e sem nunca renunciar à busca da verdade. Talvez, muitos que desejam acordos à maneira dos acordos comerciais, onde cada um renuncia uma parte para que se possa chegar a um resultado, fiquem um pouco desapontados com essa forma de dialogar; mas um autêntico diálogo precisa enfrentar com coragem os pontos que geram tensão, e ter a paciência e sabedoria para superar todas as dificuldades.
Continuemos assim, a rezar por esse diálogo importantíssimo da Igreja com os judeus, com aqueles que João Paulo XII chamava de "irmãos mais velhos na fé".

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O Servo de Deus Pio XII

No dia 19 de dezembro o Papa Bento de XVI aprovou o decreto de reconhecimento das virtudes heróicas de dois Papas: João Paulo II e Pio XII. Como já era de se esperar, houve uma grande repercussão entre os judeus e, consequentemente na mídia, a declaração de Servo de Deus do Papa Pio XII com a conhecida controvérsia sobre a posição do referido Papa na segunda guerra mundial em relação à defesa dos judeus.



O pontificado de Pio XII teve seu início em 1939 e encerrou-se com sua morte em 1958. Nos anos que se seguiram depois da segunda guerra mundial - que teve seu final em 1945 - ele foi considerado como um herói na luta contra os nazistas, principalmente por ter ajudado a salvar milhares de judeus através das várias instituições da Igreja: facilitando a fuga dos judeus, propiciando esconderijos nos conventos e mosteiros, através da emissão de certificados falsos de Batismo para que os judeus pudessem escapar da perseguição nazista, entre outras formas de ajuda.


A imagem do Papa Pio XII começou a mudar perante a mídia depois de 1963 com a divulgação da peça "O Vigário". Esta apresentava que o Papa tinha sido omisso em relação aos judeus. Essa imagem foi profundamente alimentada pela propaganda comunista soviética que nos anos da guerra fria, iniciada logo depois da segunda guerra mundial, tinha em Pio XII uma forte oposição.


Essa propaganda fez difundir uma profunda injustiça histórica, a ponto de chamá-lo o Papa de Hitler. O Papa Pio XII sempre foi contra o nazismo, e qualquer investigação histórica séria pode comprovar isto. Essa imagem distorcida é fundamentada muito mais em preconceitos ideológicos do que em documentos e fatos.


Com tudo isso, devemos nos alegrar porque a Igreja tem mais dois Servos de Deus proclamados: o já tão conhecido e amado João Paulo II e também Pio XII, que boa parte de nós não conhecemos por não termos sido conteporâneos a ele, mas que, com certeza, foi um grande homem de Deus.