sábado, 27 de fevereiro de 2010

Segundo Domingo da quaresma


O segundo domingo da quaresma tem como centro da liturgia da Palavra a proclamação do evangelho da Transfiguração do Senhor Jesus. Isto se repete todos os anos, a única diferença é de qual evangelista é retirada a narração. Este ano, a Igreja vive o ano C e, portanto, o texto é o do evangelista Lucas.

O centro da narração da Transfiguração está na voz do Pai que diz: "Este é o meu filho muito amado: Ouvi-o”, nos dando uma orientação bem precisa para nossa caminhada quaresmal, em preparação para a Páscoa. Uma verdadeira quaresma se vivencia através de uma maior aproximação da Palavra de Deus, feita de forma oracional, especialmente pelo método da lectio divina.

Para nós, que fazemos parte do Movimento da Transfiguração, este domingo é especial porque nos faz penetrar mais no carisma do Movimento pelo caminho da Oração, da Palavra de Deus e da liturgia. Que a contemplação do Ícone acima nos ajude a mergulhar mais no conhecimento da pessoa de Jesus.

Junto com toda Igreja rezemos: “Ó Deus, que nos mandastes ouvir o vosso filho amado, alimentai o nosso espírito com a vossa Palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os números da Igreja

O secretário de estado do Vaticano, o Cardeal Tarcisio Bertone, apresentou ao Papa Bento XVI o Anuário Pontifício de 2010. Nele é apresentado os números mais importantes da Igreja, como por exemplo o número dos fiés, bispos, padres e outros.

No período referente 2007-2008 os católicos no mundo passaram de 1,147 bilhões para 1,166 bilhões, com um aumento de 19 milhões, o que significa um percentual de 1,7%, um índice um pouco maior que o crescimento populacional mundial. Assim os católicos no mundo passaram de 17,33% para 17,40% .

Rezemos para que Deus possa cada vez atrair pessoas para sua Igreja e, de nossa parte, nos empenhemos na evangelização de forma corajosa e criativa.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os Anglicanos e a Igreja Católica


     A comunidade anglicana "Forward in faith", que tem sua sede na Austrália, está a caminho de ser o primeiro grupo a fazer adesão comunitária plena à Igreja Católica. Esse retorno de grandes grupos anglicanos à Igreja foi possibilitado pela publicação da constituição "Angliconorum coetibus", pelo Papa Bento XVI, no dia 4 de novembro de 2009.
     Através desta constituição os Anglicanos podem retornar à Igreja em comunidades inteiras, podendo guardar suas tradições litúrgicas e espiritual, eles terão um ordinário (governo) próprio nomeado pela santa sé. Esta nova realidade é semelhante às dioceses militares, que não é territorial. Em contra partida, eles assumem o catecismo da Igreja católica e, consequentemente, a submissão ao Papa.
     Rezemos para que este processo de retorno seja o mais frutuoso possível, e que seja só o início para realização plena da vontade de Jesus: “que todos sejam um, como tu, Pai, estais em mim, e eu em ti. (Jo 17,21).

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Primeiro Domingo da Quaresma

     No primeiro Domingo da Quaresma a Igreja nos coloca a proclamação do evangelho da vitória de Jesus sobre a tentação, no deserto. O que muda é o evangelista que é usado, já que a Igreja divide as leituras dominicais em anos A, B e C. No Ano A são privilegiadas as leituras do evangelista Mateus; no Ano B, as leituras do evangelista Marcos; e no Ano C, que é o que estamos, são privilegiadas as leituras do evangelista Lucas.
     A Quaresma teve inicio na quarta-feira, dia 17 de fevereiro, com a imposição das cinzas, sinal de penitência e conversão. E neste domingo, dia 21 de fevereiro, com a proclamação do evangelho de São Lucas (4, 1-13), vimos Jesus vencendo a tentação do inimigo de Deus, do diabo (dia-bolus – que significa aquele que divide). Sua grande ação consiste em nos dividir e nos separar de Deus, dos outros e de nós mesmos.
     Que nesta quaresma, juntos com Jesus, possamos fazer o caminho contrário do dia-bolus, nos unindo mais a Deus, aos outros e a nos unificando interiormente como pessoa, tudo isso pelo caminho da penitência, oração – especialmente pela leitura bíblica – e pelo amor fraterno. E nesse espírito, rezemos com toda a Igreja: “concedei-nos, ó Deus Onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder ao seu amor por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Retiro do Movimento da Transfiguração no período do carnaval - 2010


O Movimento da Transfiguração realizou, no período do carnaval - dos dias 13 a 16 de fevereiro no município de Campo do Tenente, no estado do Paraná - um retiro num local muito especial: o Mosteiro Nossa Senhora do Novo Mundo, da ordem dos trapistas.
O tema do retiro foi: “A passagem da religiosidade para a fé”. A primeira colocação foi sobre as condições necessárias para um verdadeiro retiro, a partir da passagem da Transfiguração do Senhor no evangelho de Marcos (Mc 9,2-9); a segunda, sobre a necessidade de uma nova conversão através das palavras de Jesus a Nicodemos: “vos é necessário nascer de novo” (Jo 3,1-21); meditamos também sobre a figura da samaritana (Jo 4,1-45) na perspectiva da vida de oração e da Lectio Divina; em outro momento meditamos o discurso de Jesus sobre o Pão do céu (Jo 6,22-71), nos aprofundando no papel da Liturgia para nos conduzir à fé; Por fim, meditamos sobre a alegoria contada por Jesus sobre a videira e os ramos (Jo 15,1-17). Nesta passagem vimos um caminho de discernimento de busca da vontade de Deus para as nossas vidas.
Todo  este itinerário foi intercalado pelo Oficio Divino  e pela Celebração Eucarística diária - que eram celebradas pelos monges, mas que participávamos com eles -,  tempos de silêncio para fazermos a Lectio Divina e momentos de convivência fraterna. Foi um retiro muito proveitoso para todo os que deles participaram.


     

        
    
    

        

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Retiro de carnaval

Durante o periodo do carnaval estaremos realizando um retiro em um mosteiro trapista, na cidade de Campo do Tenente, no estado do Paraná.O nome do mosteiro é Nossa Senhora do Novo Mundo, conto com a oração de todos vocês para que o retiro possa produzir frutos nas nossas vidas. O local é maravilhoso, os monges são pessoas que "transpiram" Deus.



Convido aos participantes deste blog a dar um passeio virtual no mosteiro o endereço do site: http://www.mosteirotrapista.org.br/historico.htm

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A Igreja Católica e os enfermos

A nossa Igreja tem riquezas e belezas que nos surpreendem a cada dia. Partilho com vocês mais uma bela surpresa que tive nestes dias: os hospitais católicos representam 26% de toda estrutura de saúde de todo mundo, isto significa de cada quatro enfermos atendidos no mundo, um é atendido por uma estrutura de saúde ligada à Igreja Católica.

Nos dias 9 a 11 de fevereiro deste ano, o Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde se reúne em Roma com o tema: “A Igreja do amor pelos que sofrem”. A conclusão do encontro, no dia 11, será com uma celebração eucarística na basílica de São Pedro, presidida pelo Papa Bento XVI. Neste dia, a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora de Lourdes.
Rezemos para que a Igreja cresça cada vez mais no serviço aos sofredores, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, que sempre dedicou largos momentos de sua missão aos enfermos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A AJUDA AO HAITI

Nesta semana chegará ao Haiti o primeiro dos seis navios fretados pela Caritas internacional. Estes navios estão vindo do México com um total de 15 mil toneladas (15 milhões de quilos) de ajuda humanitária - alimentos, água potável, produtos de saúde e sanitários. Essa operação humanitária terá um custo total de 31 milhões de euros (aproximadamente 78 milhões de reais). Este valor foi arrecadado pela Caritas internacional em todo mundo. A Caritas é um organismo da Igreja católica responsável por organizar a ajuda humanitária.
Esta operação de ajuda dará cobertura a 200 mil pessoas, por um período de dois meses. Essa é só uma das linhas de ajuda no Haiti realizadas pela Igreja. Podemos perceber através dessa ação a grande obra de amor que a Igreja realiza no mundo, seguindo o exemplo de Jesus de estar próximo dos mais necessitados e sofredores.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Jornada Mundial da Juventude em Belo Horizonte

O Arcebispo de Belo Horizonte-MG, Dom Valmor, emitiu uma nota sobre a preparação da Jornada Arquidiocesana da juventude, que é celebrada todos os anos no Domingo de Ramos. Este ano, a jornnada será no dia 28 de março. Neste comunicado, ele informou que apresentou ao Vaticano, a cidade de Belo Horizonte como candidata à Jornada Mundial da Juventude com o Papa no ano de 2014.
A Jornada Mundial da Juventude é, talvez, o maior evento católico do mundo, chegando algumas vezes a reunir , dependendo da cidade onde acontece, dois milhões de jovens. A próxima Jornada Mundail já tem a cidade escolhida: será em Madri, na Espanha, em 2011.
Na JMJ que aconteceu em Toronto, no Canadá, tive a imensa graça de participar. Havia jovens de 118 países diferentes. É uma experiência de Igreja e de autêntica alegria, onde podemos “tocar” numa realidade de comunhão fraterna universal. É importante ressaltar que nenhuma cidade brasileira sediou a jornada até hoje. Por isso, rezemos para que Belo Horizonte possa sediar a Jornada Mundial da Juventude, para que toda a igreja do Brasil seja enriquecida, especialmente no que diz respeito à evangelização dos jovens.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mensagem quaresmal de Bento XVI


Segue abaixo a íntegra da mensagem, em tradução oficial fornecida pela Secretaria de Estado do Vaticano
“A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (Rom 3, 21–22)
Queridos irmãos e irmãs, todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida á luz dos ensinamentos evangélicos. Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21 – 22 ).
Justiça: “dare cuique suum”

Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado á sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos - , mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de fato precisa de Deus. Nora Santo Agostinho: se “ a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu…não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).
De onde vem a injustiça?

O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reações dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua atuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingênua e míope. A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista: ”Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl. 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram á lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição; á lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza.
Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?
Justiça e Sedaqah

No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl. 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De fato sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva (cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egito (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre (cfr.Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro (cfr Ex 22,20), o escravo (cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto – suficiência , daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efetuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?
Cristo, justiça de Deus

O anuncio cristão responde positivamente á sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De fato não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25). Qual é, portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O fato de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objeção:
Que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico , mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.
Compreende-se então como a fé não é um fato natural, cômodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças á ação de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é aquela do amor ( cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.
Precisamente fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor. Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Triduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autentica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica”.
Vaticano, 30 de Outubro de 2009

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Apresentação do Senhor

A Igreja celebra hoje a festa da Apresentação do Senhor. Este foi o momento no qual São José e a Virgem Maria levaram o menino Jesus para ser apresentado no Templo. Acompanhemos, em espírito de fé, este acontecimento narrado pelo evangelita São Lucas:
"Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor. Conforme está escrito na lei do Senhor: 'Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor'".
Foram também oferecer o sacrifício - um par de rolas ou dois pombinhos - como está ordenado na Lei do Senhor. Em Jerusalém, havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso, e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor.
Movido pelo Espírito, Simeão veio ao Templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus: "Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel".
O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: "Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma". Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. Depois ficara viúva, e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do Templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galiléia, para Nazaré, sua cidade. O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. (Lc 2,22-40)
Concluindo este momento de leitura do santo evangelho, rezemos juntos com toda Igreja:
"Deus eterno e todo-poderoso, ouvi as nossas súplicas. Assim como o vosso Filho único, revestido da nossa humanidade, foi hoje apresentado no templo, fazei que nos apresentemos diante de vós com os corações purificados. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo."