terça-feira, 26 de março de 2013

Dom Gregório celebra missa de 7ª dia das vítimas das chuvas em Petrópolis/RJ


Em frente a Dilma e Cabral, bispo pede fim de mortes pelas chuvas. 'Mãos à obra, temos muito o que fazer'
A missa pelos 33 mortos nos deslizamentos causados pelas chuvas que atingiram Petrópolis, na semana passada, foi marcada pelo forte sermão do bispo da Diocese da cidade, Dom Gregório Paixão. Em frente à presidente Dilma Rousseff e do governado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), ele disse que todos devem agir para que tragédias semelhantes, que vem ocorrendo há anos, não se repitam.
“Mãos à obra, temos muito o que fazer para que no ano que vem não estejamos chorando por outras vítimas”, conclamou.
Para o bispo, as mortes ocorridas nessas tragédias devem ensinar para que não haja tanta tristeza em futuros temporais.
“As vítimas continuam gritando mesmo dentro do silêncio daquilo que chamamos de morte, e pedem pelos que ainda estão vivos, que talvez, morram na próxima tragédia”, acrescentou, diante da presidente, que chegou a se emocionar em alguns instantes.



Dom Gregório Paixão pediu que os governos municipal, estadual e federal se unam para que os efeitos das chuvas sejam menores. Ele ponderou que não há como resolver tudo de uma vez, mas se deve trabalhar de forma intensa desde já. Ele pediu ainda que empresários se unam aos governos para buscar soluções, e cobrou também participação de todos da sociedade civil. “Não resolveremos os problemas sozinhos”, observou.
O bispo lembrou das centenas de vítimas das chuvas que castigam a cidade há muitas décadas, e ressaltou que a população que mora em encostas vai para esses locais por falta de opção.
“A pobreza os levou para os morros. Muitos têm subemprego. Eles sonhavam com aquelas casas grandes, dos mais abastados, nos altos dos morros. Mas restou a eles locais com más condições, casas pequenas, onde cinco filhos dividem o mesmo cômodo”, afirmou. 

Fonte: Terra

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