sábado, 31 de março de 2012

Domingo de Ramos - Ano B Mc 11,1-11


Nosso texto da entrada de Jesus em Jerusalém faz parte do primeiro, dos três dias em que o evangelista Marcos divide os capítulos de 11 a 13 do seu evangelho. O primeiro dia é a entrada de Jesus em Jerusalém (Mc 11,1-11); no segundo dia acontece a maldição da figueira e a expulsão dos vendilhões do Templo (Mc 11,12-19); no terceiro dia, seguem-se várias controvérsias entre Jesus e os chefes do povo; e, por fim, o discurso escatológico de Jesus (Mc 11, 20-13,37).
O texto que lemos nos introduz num momento crucial da vida de Jesus, porque é em Jerusalém que ele irá consumar sua missão de dar a vida para nos salvar. É em Jerusalém que se tornarão mais forte os conflitos entre Jesus e as autoridades religiosas do povo.
Jerusalém é a cidade santa. É para ela que acorrem todas as peregrinações, onde se celebram as grandes festas. Tudo isso porque o Templo era o centro da religião judaica, nele é que eram oferecidos os sacrifícios a Deus e ao seu redor é que estavam os grandes mestres da Lei, a ensinar. Quando um judeu devoto subia a Jerusalém, aproveitava para escutar os mestres e tirar suas dúvidas sobre questões relativas à Lei.
A narração da entrada de Jesus em Jerusalém nos remete a um texto profético do Antigo Testamento: “Exulta de alegria, filha de Sião, solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei, justo e vitorioso; ele é simples e vem montado num jumento, no potro de uma jumenta” (Zc 9,9).
Ao lermos esta profecia messiânica, percebemos que o próprio Jesus preparou a sua entrada, como um cumprimento das profecias a seu respeito, com plena consciência de sua missão. Assim, toda a cena da entrada de Jesus em Jerusalém, é marcada por imagens simbólicas que comunicam quem é ele e qual sua missão.
 Algo bastante interessante desse texto é perceber que, boa parte dele, é ocupado pela figura do jumentinho. Percebemos, assim, que sua figura tem algo bastante significativo a nos ensinar. Na época de Jesus era oferecido a Deus a primeira cria (primogênito) de todo animal. No caso do jumento, aquele que seria oferecido, o primogênito, deveria não ter sido montado por ninguém (cf. Nm 19,2 e Dt 21,3). Nisto fica evidente que estamos diante de um fato religioso, sagrado. A entrada de Jesus em Jerusalém não é uma manifestação política ou militar. Jesus é o messias, mas não se enquadra na expectativa de muitos de sua época, que esperavam um messias guerreiro, que ia expulsar os romanos. Ele é rei e messias e veio libertar o homem do pecado, que é a raiz de todos os males.
A entrada de Jesus em Jerusalém também é marcada pela manifestação popular. Isto nos faz perceber que o povo compreendeu, no gesto de Jesus, a chegada dos tempos messiânicos e eles aclamavam a Jesus dizendo: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor!”. Unido a isto, eles também faziam, nas suas aclamações, referências a Davi e a sua descendência, pela qual, segundo as promessas feitas por Deus, viria o messias.
A chegada de Jesus ao Templo, que era o lugar principal de Jerusalém, é bastante enigmática. Ele não realiza nenhuma atividade propriamente dita, mas observa o lugar e o que acontece lá, como aquele que veio, enviado pelo Pai, para buscar os frutos da fé daquele povo, no lugar que era o centro da fé de Israel. Depois de ter feito isto, encerrando o seu primeiro dia em Jerusalém, ele sai da cidade e vai para Betânia.
 No Domingo de Ramos são feitas duas proclamações do evangelho: a primeira é a do evangelho da Entrada de Jesus em Jerusalém, no inicio da procissão de ramos; e a segunda, é a da paixão de Cristo segundo Marcos (já que estamos no ano B). Desta forma, nós somos introduzidos no período da Semana Santa. A Paixão de Cristo será de novo proclamada na Sexta-feira Santa, mas será a do evangelho de João, pois este se repete todos os anos nesse mesmo dia.
Com o Domingo de Ramos entramos na Semana Santa, que terá o seu “coração” no Tríduo Pascal, onde celebraremos a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Esse “coração”, que é o Tríduo Pascal, tem um conteúdo fundamental: o grande amor de Deus por nós! Como nos é revelado no evangelho de João: “Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna(Jo 3,16).
O amor que Deus manifesta na pessoa de Jesus Cristo e, de forma especial, na sua paixão e morte, é um amor apaixonado, poderíamos dizer “louco”. Supera toda lógica humana que Deus tenha se feito homem, assumindo a condenação do pecado da humanidade.
A morte de Jesus na cruz foi por nós. Esse por nós é o fato e o motivo de toda a força com que iremos celebrar a Sexta-feira Santa. Por isso, só iremos vivenciar verdadeiramente esse grande mistério de amor, se mergulharmos nesse tempo como participantes dele e não como alguém que escuta uma história que se passou.
A Liturgia nos introduz nos acontecimentos celebrados, para que possamos vivenciar como autênticos participantes, e é isso que a Igreja chama de celebrar. É por isso que, por exemplo, o evangelho lido na Sexta-feira Santa é o de João, que tem uma forma de narração com a participação da assembléia, para que os participantes possam se sentir parte dos acontecimentos.
Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a celebrar o Tríduo Pascal com intensidade e profundidade, acolhendo o que significa: “ele fez tudo por nós. Só assim experimentaremos a força do amor com que Deus ama a cada um de nós, e este amor deixará de ser apenas uma idéia bonita, para ser algo que experimentamos no nosso ser. Que possamos dizer junto com São Paulo: “O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram.” (I Cor 5,14).
Que nesta Semana Santa, cada um de nós possa se abrir para acolher o grande amor de Deus. Este acolhimento se dá na medida em que acompanhamos Jesus no seu caminho para o calvário, em espírito de fé e humildade, usando os meios: da liturgia, da Palavra de Deus e da oração. Que esses atos sejam, nesses dias, meios práticos de nos abrir ao amor de Deus.
O amor de Deus experimentado nesta Semana Santa, através dos meios que já citamos acima, será o amor com que, verdadeiramente, poderemos amar os nossos irmãos, especialmente os mais necessitados. Este amor não é o nosso amor limitado, que, conseqüentemente, nos faz amar de forma limitada.  O amor de Deus em nós faz com que possamos amar os nossos irmãos com a maneira e a força de Deus.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Bento XVI pede a Raúl Castro que a Sexta-Feira Santa em Cuba seja feriado nacional


HAVANA, 27 de março de 2012 

Durante um encontro pessoal de mais de 40 minutos, o Papa Bento XVI pediu ao Presidente de Cuba Raúl Castro reconhecer a Sexta-Feira Santa como feriado em Cuba por sua importância no calendário dos católicos.
Durante a conversa que se estendeu por mais de 40 minutos, “abordou-se um tema particular: o Papa fez presente (ao Presidente Castro) a importância da Sexta-Feira Santa, pedindo a possibilidade de um reconhecimento deste dia como festivo”, disse o P. Lombardi.
O porta-voz da Santa Sé recordou o pedido similar que o Beato João Paulo II apresentou a Fidel Castro em relação ao Natal. Como conseqüência daquele pedido, o governo cubano restabeleceu o 25 de dezembro como feriado nacional. O Natal tinha sido eliminado do calendário depois do triunfo da revolução.
“É obvio que isto algo que fica em mãos das autoridades cubanas, e esperamos uma resposta em um futuro não muito longínquo”, disse Pe. Lombardi.
Durante o encontro com Raúl Castro, o Presidente deu de presente ao Papa “uma bela escultura em madeira de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, e o Santo Padre por sua parte deu de presente uma cópia facsimile de um volume antigo da Biblioteca Vaticano que é a tradução latina da Geografia de Ptolomeu, que inclui enriquecimentos cartográficos desde 1400 e a última atualização inclui um mapa do mundo de 1530 no qual já aparece o continente americano e está assinalada a ilha de Cuba”.
Fonte: ACI Digital

terça-feira, 27 de março de 2012

Bento XVI em Cuba

SANTIAGO DE CUBA, 26 Mar. 12 / 10:59 pm (ACI/EWTN Noticias)

Ao presidir a solene Missa pelo 400 aniversário do encontro da imagem da Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, o Papa Bento XVI convidou os cubanos a lutar “com as armas da paz, o perdão e a compreensão”, para “construir uma sociedade aberta e renovada” e alentou as famílias a “acolher a vida humana, especialmente a mais indefesa e necessitada”.

“Amados irmãos, sob o olhar da Virgem da Caridade do Cobre, desejo fazer um apelo a que deis novo vigor à vossa fé, vivais de Cristo e para Cristo, e luteis com as armas da paz, do perdão e da compreensão para construir uma sociedade aberta e renovada, uma sociedade melhor, mais digna do homem, que manifeste melhor a bondade de Deus”, afirmou o Papa diante de mais de 250.000 cubanos reunidos na Praça Antonio Maceo de Santiago.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Bento XVI no México


León, 26 Mar. 12 / 12:29 pm (ACI)

Durante uma multitudinaria serenata nos subúrbios do Colégio de Miraflores onde se hospeda em León (México), o Papa Bento XVI rompeu o protocolo para saudar a multidão e improvisar uma breve mensagem na que agradeceu todo o carinho recebido nestes dias e assegurou que já sabe o que é sentir-se um “Papa mexicano”.
Ao seu regresso da Catedral de León, onde presidiu as Vésperas diante de centenas de bispos vindos de toda a América Latina, o Papa tinha previsto descansar antes da cerimônia de despedida de amanhã segunda-feira no aeroporto de Silao.
Entretanto, nos arredores da hospedagem papal a multidão não parecia disposta a deixá-lo ir. Milhares de mexicanos faziam coros e vivas, enquanto um grupo mariachi entoava alegres melodias mexicanas tradicionais para o Santo Padre.
Em meio desta festa e quando entoavam o popular “Cielito lindo”, o Pontífice saiu da casa para saudar os pressente, recebeu das mãos de uma jovem mariachi um chapéu típico mexicano de cor branca, e o exibiu por vários minutos enquanto recebeu a saudação dos músicos e improvisou umas palavras em italiano que foram traduzidas pelo Núncio Apostólico no México, Dom Christophe Pierre.
“Muitíssimo obrigado por este entusiasmo. Nunca, nunca, fui recebido com tanto entusiasmo”, afirmou o Papa. “Devo dizer que o México vai permanecer sempre em meu coração”.
“Agora posso entender por que o Papa João Paulo II dizia ‘agora me sinto um Papa mexicano’”, acrescentou o Papa ante a ovação da emocionada multidão.
“Queridos amigos eu me sinto muito bem com vocês, mas devem entender que tenho outra viagem a Cuba, porém me retiro dando-lhes minha bênção”, e após a bênção em latim, despediu-se com a saudação em espanhol “¡Buenas Noches!”.

Anunciação do Senhor

Ícone da anunciação do Senhor

domingo, 25 de março de 2012

Bento XVI reza perante imagem da Virgem de Guadalupe no seu segundo dia no México

León, 24 Mar. 12 / 08:33 pm (ACI)

Durante seu segundo dia no México, o Papa Bento XVI dedicou uns minutos a orar diante da imagem da Virgem do Guadalupe no Colégio de Miraflores, onde se aloja e onde celebrou uma Missa privada ante um grupo de religiosas.

sábado, 24 de março de 2012

Quaresma - visita ao Jardim Tiradentes - Goiânia/GO

No dia 24 de março, sábado, fomos visitar o trabalho das Irmãs de Nossa Senhora Imaculada Rainha da Paz, no Setor Jardim Tiradentes, com a catequese de 100 crianças e uma creche que atende 95 crianças. Nossa visita consistiu em uma breve palavra sobre a grande riqueza de ser filho de Deus, seguida de um momento de oração com músicas alegres e participativas. Depois foi oferecido um lanche para as crianças da catequse, momento em que pudemos conviver um pouco mais com elas.
Em seguida, fomos a capela para fazer um momento de oração e seguimos para conhecer a creche, administrada pelas irmãs. Veja abaixo as fotos de nossa visita:





















sexta-feira, 23 de março de 2012

Visita do Papa Bento XVI a América Latina

ROMA, 22 Mar. 12 / 12:09 pm (ACI)

O Presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Dom Carlos Aguiar Retes, recordou que a viagem que o Papa Bento XVI começa amanhã, não chega somente ao México e a Cuba, mas também é uma visita a toda a América Latina e o Caribe.

Dom Aguiar Retes indicou em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano, que efetivamente, "a viagem do Papa ao México e Cuba não é somente uma visita a estes dois países, mas também será simbolicamente através deles, um abraço a todos os países da América Latina e do Caribe".

O Bispo explicou que "a realidade que vive Cuba e a realidade que vive o México são duas expressões bem distintas entre elas, mas ainda assim, representam as diversas situações da maior parte dos países da América Latina".

O presidente do CELAM indicou que no México estarão presentes "praticamente todas as conferências episcopais americanas, desde o Canadá até Argentina, enquanto que em Cuba, estarão a maior parte das Conferências Episcopais do Caribe".

"Deste modo, a visita se converte em um encontro que se prolonga, que se amplia. Certamente, muito do que diga o Santo Padre nos será de ajuda e nos permitirá ter uma orientação nas situações que vive cada país", considerou.

O encontro com o Santo Padre será uma ocasião especial para lhe mostrar todos os avanços que a Igreja da América Latina deu desde a última visita de Bento XVI com ocasião da V Conferência Geral de Aparecida, Brasil, em maio de 2007.

"Passaram cinco anos e a Igreja está em caminho: a Igreja de todos os países – junto com as conferências episcopais e o reconhecimento do CELAM -, estão em caminho e estão seguindo um itinerário para responder à Missão Continental que foi proclamada em Aparecida – quer dizer, o dever da Igreja de dar a conhecer o Evangelho que Cristo mesmo mandou pregar aos Apóstolos-", disse.

Para a América Latina, "já é uma grande alegria a presença do Papa em si, porque ele nos traz uma mensagem de grande comunhão: o desejo de compartilhar conosco a situação que vivemos", e "em particular, esperamos que a sua palavra – que sempre se caracterizou por uma grande profundidade e sempre muito adequada aos momentos e contextos diferentes da vida, apoiado na Palavra de Deus e no Magistério da Igreja- nos ajude e nos anime a manter sempre em alto um rosto entusiasmado", concluiu.

quinta-feira, 22 de março de 2012

O lema da visita de Bento XVI a Cuba

Peregrino da Caridade
ROMA,quarta-feira, 21 de março de 2012 (ZENIT.org) - Bento XVI escolheu Cuba como um dos destinos da visita pastoral à América Latina. A chegada é prevista para a tarde da próxima segunda-feira, 26 de março, no Aeroporto Internacional Antonio Maceo, em Santiago de Cuba. Logo depois, o papa celebrará uma missa pelos 400 anos da descoberta da imagem da Virgen de la Caridad del Cobre, a devoção mariana da ilha.
O jornal Granma publicou em seu editorial de 12 de março: "Nosso país terá a honra de acolher o Santo Padre com grande hospitalidade para mostrar a cultura, o patriotismo e o espírito de solidariedade e humanismo dos cubanos, que são revelados na história e na unidade da nação".
O jornal, conhecido por ser o órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, também declarou: "Vamos receber da mesma maneira, com a amizade que nos caracteriza, todos os milhares de peregrinos que estarão conosco naqueles dias certamente memoráveis".
Lembrando depois a histórica visita de João Paulo II a Cuba, há 14 anos, Granma prossegue: "Recebemos com os mesmos sentimentos o papa João Paulo II, que, antes de partir, falou do profundo impacto que experimentou naquela visita e agradeceu pela calorosa hospitalidade, expressão autêntica da alma cubana".
Alma cubana que revela todo o seu amor por aquela que é chamada de “Mambisa”, porque invocada pelos soldados “mambises” durante a guerra da independência, ou de “Cachita”, carinhoso diminutivo de “caridade”.
Esta devoção a Maria, Mãe de Cristo, na sua invocação como Virgem da Caridade do Cobre, é parte essencial da peregrinação do Santo Padre à ilha.
O cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana, falando ao povo de Cuba em mensagem transmitida em rede nacional, disse sobre a visita de João Paulo II: "Ele foi muito aguardado, porque foi a primeira vez que um papa visitou Cuba. As condições especiais do nosso país eram tais que os olhos do mundo se concentraram naquela visita. Depois das declarações da Santa Sé, as apreciações da igreja em Roma foram positivas e amplamente discutidas, inclusive pelo então cardeal Ratzinger, que, evidentemente, sentiu o eco daquela viagem do papa a Cuba, guardando algo em seu coração".
Ortega explicou ainda por que Cuba foi incluída nesta viagem: "O papa quis incluir esta fase porque sempre teve no coração o desejo de visitar Cuba. Agora ele teve uma oportunidade única: as comemorações dos 400 anos da descoberta da imagem da Virgem da Caridade do Cobre. Em Cuba é um Ano Jubilar: os cubanos estão peregrinando ao santuário de El Cobre para visitar a padroeira. E o papa também quis vir como peregrino. É por isso que foi escolhido o lema Peregrino da Caridade para esta visita".
O cardeal de Havana acrescentou: "Milhares e milhares de cubanos, talvez milhões, foram encontrar Nossa Senhora. Não é o número o que nos impacta, mas os sinais da religiosidade deste povo: ver os cubanos na rua fazendo o sinal da cruz ou se ajoelhando à passagem da Virgem, ou levantando os braços durante as orações. O Papa vem reafirmar os valores que a fé cristã plantou no nosso país".
A Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, foi encontrada boiando no mar, quatrocentos anos atrás, por três escravos das minas de cobre, que a levaram para o continente. A imagem de Maria, que depois se tornou a mãe do povo cubano e viajou por todo o país na companhia de crentes e de não crentes, receberá neste 26 de março o Peregrino da Caridade.

quarta-feira, 21 de março de 2012

A expectativa da visita do Papa Bento XVI ao México

ROMA, quarta-feira, 21 de março de 2012 (ZENIT.org) – O papa Bento XVI viaja para o México, do 23 ao 26 de Março para encorajar os mexicanos, especialmente os jovens, observou o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano.
O cardeal Bertone concedeu uma entrevista à televisão mexicana Televisa e ao jornal El Sol do México, que Radio Vaticana publica o texto.
O papa traz, disse, "uma mensagem de encorajamento", "principalmente para os jovens, para que não se desanimem, não se deixem escravizar por objetivos fáceis ou carreirismo, mas se comprometam com a construção de uma sociedade solidária, uma sociedade honesta, uma sociedade onde cada um tenha o seu lugar, o seu reconhecimento. Uma mensagem de amor e de grande coragem e por tanto de otimismo".
Para o que é o desafio da sociedade mexicana, o cardeal italiano sugere que o papa possa pedir o fim da violência, a proteção da vida humana, a promoção da família.
Bento XVI conhece de fato a situação de um país marcado pelos desafios "da violência, da corrupção, do tráfico de droga", que envolve o compromisso "de todos”, de forças tanto religiosas como sociais, para " refundar "o México sobre estes valores cristãos que estão escritos" no seu DNA": coexistência pacífica, fraternidade, solidariedade e honestidade.
Congratula-se com a fé dos mexicanos: "sólida e não superficial", e observa que para superar os desafios do momento, "precisamos da ajuda do alto", uma "fé mais enraizada", “mais oração", e “um compromisso pessoal maior".
Quanto ao projeto sobre liberdade religiosa, o Cardeal Bertone assinala que "se o direito à liberdade religiosa é forte, os outros direitos serão igualmente protegidos. Se o direito à liberdade religião desmorona, já que é fundamental, os demais direitos também caem".

domingo, 18 de março de 2012

Morre o Patriarca dos Coptas Ortodoxos

Faleceu na tarde de hoje(17) aos 88 anos o Patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Papa Shenouda III (foto). Os coptas ortodoxos compreendem cerca de 10 milhões da população do Egito.
Segundo algumas fontes, também o Patriarca da Igreja Copta Católica, Cardeal Antonios I Naguib de 77 anos, está muito adoentado; os coptas católicos são pouco mais de 160 mil dos egípcios.
Perdem os ortodoxos do Egito o seu principal líder religioso e os católicos seguem com preocupação a saúde de seu patriarca nesta hora em que o cristianismo se vê ameaçado pelo "inverno" árabe, sob comando dos muçulmanos radicais.
 
Fonte: Oblatvs

sexta-feira, 16 de março de 2012

4º Domingo da quaresma ano B - Jo 3,14-21

   O nosso texto de hoje faz parte de um texto ainda maior que é o diálogo de Jesus com Nicodemos (cf, Jo 3,1-21). Nicodemos era um fariseu que procurou Jesus no meio da noite. O texto começa fazendo referência a um episódio do Antigo Testamento, quando o povo ainda caminhava peregrino no deserto, rumo à terra santa. O texto diz: “Então o Senhor enviou contra o povo serpentes ardentes, que morderam e mataram muitos. O povo veio a Moisés e disse-lhe: ‘Pecamos, murmurando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós essas serpentes.’ Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor disse a Moisés: ‘Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.’ Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida”. (Nm 21, 6-9)
Com essa referência, podemos compreender dois aspectos fundamentais no evangelho de João, sobre a cruz de Jesus: primeiro, que a cruz é o trono de Jesus aqui na terra, onde ele é “enaltecido” e “glorificado”; segundo, que essa glorificação é o meio da salvação da humanidade. Assim como a serpente foi elevado sobre uma haste e todos os que olharam para ela foram curados, Jesus, ao ser elevado na cruz, torna-se causa de salvação para todos os que o contemplam.
A cruz é o momento de maior revelação daquilo que Deus veio trazer ao mundo e isso se torna evidente com a frase central do texto: “pois de tal modo Deus amou o mundo, que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna”. Na cruz está a grande revelação de quem é Deus e de como ele age; e todo o evangelho de João está centrado nesta “hora” de grande revelação que é a cruz.
   A cruz, como a grande revelação de Deus aos homens, tem como consequência uma necessidade de resposta diante desse dom sem limite que é o amor de Deus revelado em Jesus crucificado. Esse dom radical de Deus para com a humanidade exige uma decisão, também radical, de crer em Jesus.
Percebemos nesse texto algo profundamente significativo: “de fato Deus não enviou o seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”. Então, na verdade, o julgamento não é feito por Deus, mas pelo próprio ser humano quando toma posição diante do fato do dom de Deus revelado em plenitude na pessoa de Jesus crucificado. No evangelho de João esse julgamento não é só no último momento da vida humana, mas é também no presente. A cada momento da existência humana, a Palavra de Deus interpela para que ele tome posição.
A conclusão do nosso texto é com uma linguagem tipicamente joanina, através dos símbolos da luz e das trevas. Jesus é a luz que veio ao mundo e o julgamento se dá no ato de quem acolhe ou rejeita esta luz.  A ênfase não é moral, no sentido de quem tem quedas ou pecados ou pelo número deles, mas na opção fundamental daqueles que amam a luz, ou seja, acolhem a Jesus; ou dos que odeiam a luz, em outras palavras, rejeitam a Jesus.
A compreensão referente a cruz que é especifica do evangelho de João, pode nos ajudar a tirar uma imagem reduzida da cruz como unicamente sofrimento. Vimos que a cruz é “enaltecimento” e “glorificação” de Jesus, porque a glória de Deus é amar o homem em plenitude. Na cruz, Deus faz o seu grande ato de doação ao homem.
Precisamos mergulhar neste aspecto revelador da cruz de Cristo, tanto para experimentarmos esse amor, como para podemos manifestar o nosso amor aos nossos irmãos e irmãs, fazendo da nossa vida uma autêntica doação aos que estão sobre a nossa responsabilidade, aos que estão próximos e, principalmente, aos mais necessitados. Estaremos verdadeiramente abraçando a cruz de Cristo quando vivermos a nossa vida em doação para os outros.
Encerraremos com a oração da Coleta (oração que é feita pelo presidente da celebração, antes da primeira leitura) da celebração Eucarística do quarto domingo da Quaresma: “Ó Deus, que por vosso Filho realizais de modo admirável a reconciliação do gênero humano, concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam, cheios de fervor e exultando de fé. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Caminhada Penitencial reúne 200 mil pessoas em Salvador


Neste último domingo, em que a Igreja celebrou o 3º domingo da Quaresma, cerca de 200 mil fiéis da arquidiocese de Salvador participaram de uma caminhada penitencial, acompanhados do arcebispo metropolitano de Salvador e primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger.
O evento reuniu contou com uma
missa campal em frente à Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, no bairro do Comércio, presidida Dom Murilo, e ao final da celebração, os fiéis saíram em procissão até a Basílica do Senhor do Bonfim.
Demonstrações de fé e devoção, além de símbolos que resumem a espiritualidade quaresmal, como a cruz e a bênção da água marcaram a Caminhada, informou o portal da CNBB sobre a atividade na Bahia.
“A cruz que nos acompanhará lembra aquela que é a marca da nossa
vida. A Caminhada Penitencial já tem uma rica tradição em nossa arquidiocese e, particularmente, em nossa cidade”, disse dom Murilo Krieger aos fiéis.
Ao passar pelas Obras Sociais Irmã Dulce, cujos 20 anos de falecida foi recordado recentemente, os fiéis também fizeram um exercício de caridade, deixando doações no hospital fundando pela beata baiana.

D. Gregório Paixão, Bispo Auxiliar

A grande adesão das pessoas este ano ao evento fez que um novo momento de oração fosse vivido antes do encerramento, informa também a CNBB. Antes de reunir todos os fiéis na praça em frente à Igreja do Bonfim para a benção final do Arcebispo, os fiéis rezaram a oração mariana do terço.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Bento XVI recebe o Anuário Pontifício 2012

 
 
O Papa Bento XVI recebeu neste sábado, 10, o Anuário Pontifício 2012, que é o anuário da Igreja Católica. A apresentação foi feita pelo secretário de Estado, Cardeal Tarcísio Bertone, e pelo substituto da secretaria de Estado para Assuntos Gerais, arcebispo Angelo Becciu.
Eles foram acompanhados pelo monsenhor Vittorio Formenti, pelo diretor do Escritório Central de Estatísticas da Igreja, professor Enrico Nenna e demais colaboradores.
Na ocasião, também foi apresentado ao Papa o Anuário Estatístico da Igreja. Bento XVI expressou sua gratidão para todos os que trabalharam nesses dois livros.
As edições mostram um cenário da Igreja em 2011. Por exemplo, no ano passado, o Papa ergueu oito sedes episcopais, um Ordinariato Pessoal e um Ordinariato Militar.
Estatísticas
Os dados estatísticos são desde o ano de 2010.
O levantamento mostra pouco menos de 1, 196 bilhões de católicos no mundo, em comparação com 1, 181 bilhões em 2009. A proporção de católicos na população mundial permaneceu relativamente estável, em 17,5%.
De 2009 a 2010, o número de bispos no mundo aumentou de 5. 065 para 5.104.
A tendência de crescimento no número de sacerdotes, que começou em 2000, continuou em 2010. Há agora 412.236 padres (277.009 diocesanos, 135.227 religiosos), um aumento de 1.643.
O número de diáconos permanentes aumentou de 38.155 para 39.564, com mais de 97% deles na América do Norte e Europa.
Globalmente, o número de religiosos professos de 2009 para 2010 caiu de 729.371 para 721.935.
O número de estudantes de filosofia e teologia nas dioceses e seminários religiosos têm aumentado (4%) nos últimos cinco anos. Havia 114.439 seminaristas em 2005 e 118.990 em 2010.
Fonte: Rádio Vaticano

sábado, 10 de março de 2012

3º Domingo da quaresma ano B - Jo 2,13-25


O nosso texto da purificação do Templo de Jerusalém segundo o evangelho de João, coloca-nos diante de uma diferença dos evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas). Nos sinóticos, a expulsão dos vendilhões do Templo é colocada no final da missão de Jesus, e no evangelho de João é colocada logo no inicio.
A diferença não fica só no aspecto cronológica do evangelho, mas também de significado. Nos sinóticos, o sentido do texto é mais na direção moral – e é a forma que estamos mais acostumados a interpretar – onde Jesus está purificando o Templo de tudo o que não é coerente com o culto autêntico, como por exemplo, o comércio.
No evangelho de João, o sentido é mais direcionado à dimensão teológica, mais especificamente na dimensão cristológica. Em outras palavras, é um ensinamento sobre a identidade de Jesus. Isso fica bem evidente com o comentário do texto que diz: “ele estava falando do templo do seu corpo”. Seus discípulos só poderão compreender o sentido mais profundo desde gesto de Jesus, após a sua ressurreição. Assim chegamos à conclusão central do nosso texto: Jesus ressuscitado é o novo templo.
O Templo de Jerusalém tinha dois significados fundamentais para o povo: primeiro, o Templo era o lugar da manifestação da presença de Deus no meio do seu povo; segundo, era lugar de comunhão de todas as tribos, porque era lá que todos se reuniam para oferecer sacrifícios a Deus.
O evangelho de João é marcado por ações simbólicas de Jesus nas grandes festas e nos lugares principais da vida religiosa do povo. Essas ações simbólicas revelam que a presença de Jesus suplanta as realidades antigas e, no caso do nosso texto, Jesus suplanta o Templo porque ele é agora aquele que traz a presença de Deus para o meio do seu povo, e é ao redor de Jesus e de sua Palavra que o novo povo de Deus, que é a Igreja, se reúne para estar em comunhão.
Provavelmente, o evangelho de João coloca a ação de Jesus no Templo no inicio de sua missão para, desde o inicio, deixar bem clara a posição e a ação de Jesus, já que o Templo era o lugar mais importante e sagrado do povo judeu.
O Templo foi construído pela primeira vez pelo rei Salomão e foi destruído por volta do ano 587 a.C., quando Jerusalém foi conquistada por Nabucodonosor. Ele foi reconstruído de forma simples com a volta dos exilados da babilônia por volta do ano 515 a.C., e foi reformado (praticamente reconstruído) por Erodes Magno em 20 a.C.. Esta obra era magnífica e é isto que, no nosso texto, os discípulos mostram a Jesus. Vejamos o comentário de um famoso historiador da época:
No aspecto externo do edifício nada foi descuidado, para impressionar o espírito e os olhos. Com efeito, como ele era recoberto de todos os lados por espessas placas de ouro, desde o nascer do sol refletia a luz do sol com tal intensidade que obrigava os que olhavam a retirar os olhos, como diante dos raios do sol. Para os estrangeiros que chegavam, ele aparecia de longe como uma montanha nevada, pois onde não era recoberto de ouro, o era do mármore mais branco. No alto, era eriçado de pontas de ouro agudas para impedir os pássaros de pousar e de sujar o teto.” (Flávio Josefo)
Neste sentido é que Jesus, no evangelho de João, diz: “eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14,16). Ao nos dirigirmos a Jesus, fazemos a mesma experiência dos Judeus, só que de uma forma mais perfeita e plena. Eles se aproximavam do Templo e adentravam nele para adorar e para se reconciliar com Deus. O Templo era assim, um espaço físico que marcava a presença de Deus no meio do seu povo e lá eles podiam estar em maior comunhão com Deus.
Jesus é assim, o novo Templo. Nele temos acesso, de uma forma mais perfeita e plena, à comunhão com Deus. Podemos adentrar na sua pessoa, pela fé. Por isso é que a verdadeira oração é por Cristo, com Cristo e em Cristo e o sentido profundo do batismo é que somos inseridos em Cristo. Por causa disso é que podemos adorar, nos reconciliar e ter comunhão com Deus no novo Templo que é Jesus.
Encerraremos a nossa reunião de hoje com a oração da Coleta (oração que é feita pelo presidente da celebração, antes da primeira leitura) da celebração Eucarística do terceiro domingo da Quaresma. em clima de oração, digamos: “Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão da nossa fraqueza para que, humilhados pela consciência de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

quarta-feira, 7 de março de 2012

50 mil acessos


Esta postagem tem como objetivo, primeiramente, agradecer a Deus por termos atingindo 50 mil acessos ao nosso blog. Isto significa uma imensa oportunidade que Ele me concedeu de anunciar seu nome através deste meio.
Desejo também agradecer a todos os que visitaram este blog: os participantes do Movimento da Transfiguração, familiares, amigos, aqueles que só me conhecem pelo blog e, principalmente, aqueles que chegaram até aqui através de mecanismos de busca, como o google e outros. Essas pessoas, de forma especial, dão sentido de este blog existir como um meio de evangelização. A todos o meu MUITO OBRIGADO!
Os 50 mil acessos também me fazem me sentir muito mais comprometido e responsável por este meio de evangelização. E como hoje estamos com uma média de pouco mais de 4 mil acessos mensais, trabalharei com afinco, e confiadamente na graça de Deus, para que, até dezembro deste ano, possamos atingir 100 mil acessos. Para isso, conto com suas orações e divulgação do nosso blog.

domingo, 4 de março de 2012

2º Domingo da Quaresma - Ano B


O segundo domingo da quaresma tem como centro da liturgia da Palavra a proclamação do evangelho da Transfiguração do Senhor Jesus. Isto se repete todos os anos, a única diferença é de qual evangelista é retirada a narração. Este ano, a Igreja vive o ano B e, portanto, o texto é o do evangelista Marcos.
O centro do nosso texto é o momento onde a voz do Pai, do meio da nuvem diz: “este é o meu Filho, aquele que escolhi, escutai-o”. Esse texto que ressoa nas nossas Igrejas todos os anos na Quaresma nos revela o grande meio de preparação para a Páscoa: a escuta atenta da Palavra de Deus.
Mas a escuta da Palavra de Deus não pode ser feita de qualquer forma. É necessário que seja feita de forma oracional, para captarmos aquilo que Deus deseja revelar para nossas vidas. A Palavra de Deus é uma Palavra viva, que tem o poder de nos converter. Muitas vezes tentamos nos converter a partir das nossas próprias forças e, como consequência, fracassamos nos nossos propósitos, gerando em nós o desânimo.
Precisamos fazer com que a nossa conversão se dê através da relação da nossa pessoa com a pessoa de Deus, permitindo que, nessa relação, Deus sempre tome a iniciativa e que nós sejamos atentos e dóceis para responder a essas iniciativas. Um dos grandes meios dessa relação entre nós e Deus é a sua Palavra. A Palavra de Deus ao ser acolhida no coração revela o nosso pecado, cura as nossas feridas, consola-nos nas nossas dores e orienta-nos no caminho a seguir. Como o próprio São Paulo nos diz: “Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça(IITim3,16).
 “Ó Deus, que nos mandastes ouvir o vosso filho amado, alimentai o nosso espírito com a vossa Palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

sábado, 3 de março de 2012

Processo de Canonização da Madre Tereza Margarida do Coração de Maria em Três Pontas


Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, cujo nome de batismo era Maria Luíza, nasceu em 24 de dezembro de 1915 na cidade de Borda da Mata, no estado de Minas Gerais, no Brasil, a quinta filha de Francisco Marques da Costa Júnior e D. Mariana Resende Costa. Foi batizada na igreja de Nossa Senhora do Carmo em 10 de fevereiro de 1916.
Lendo as obras de Santa Teresinha e Beata Elisabeth da Trindade, durante um retiro espiritual, nasceu sua vocação para a vida de clausura.
Ingressou primeiramente no Carmelo de Mogi das Cruzes/SP, aos 29 de maio de 1937.
Ao receber o hábito de noviça recebeu o nome de Tereza Margarida do Coração de Maria. Emitiu os votos solenes aos 2 de fevereiro de 1942.
O Carmelo de Mogi das Cruzes era úmido demais, o que prejudicava a saúde das irmãs. A comunidade transferiu-se, então, para um novo Carmelo especialmente construído em Aparecida/SP, Carmelo Santa Teresinha.
Depois de algum tempo, diversos bispos pediram ao Carmelo de Aparecida a fundação de um novo Carmelo em suas dioceses. Entre estes estava o pedido insistente do Mons. João Rabelo de Mesquita, Vigário Geral da Diocese de Campanha. Irmã Tereza Margarida foi indicada e proposta para tal missão.
O mosteiro tornou-se cada vez mais um ponto de referência para os fiéis da região. Muitos procuravam a Nossa Mãe para pedir conselhos, orientação espiritual e ajuda. Logo as pessoas, como sinal de veneração e afeto começaram a chamá-la de Nossa Mãe.
Após um período de doença, adormeceu no Senhor, no dia 14 de novembro de 2005.
O carisma que a tornou conhecida na cidade, na diocese, e muito confiável ao povo de Deus, foi a sua capacidade de ouvir e aconselhar.
Devido à fama de santidade e de graças alcançadas por sua intercessão, o Bispo da Diocese da Campanha, Dom Diamantino Prata de Carvalho, de acordo com a Comunidade do Carmelo São José, introduziu em Roma o pedido para abertura do Processo de Beatificação, cujo Postulador é o Dr. Paolo Vilotta.
Chegando a resposta afirmativa de Roma, o Tribunal Eclesiástico foi constituído.
A Abertura Oficial do Processo acontecerá neste domingo, dia 4 de março de 2012, com procissão dos restos mortais de Nossa Mãe, saindo às 14h do Carmelo São José em direção à Igreja Matriz de Nossa Senhora d’Ajuda, na cidade de Três Pontas/MG, onde haverá Solene Celebração Eucarística, presidida pelo Sr. Bispo Diocesano, Dom Diamantino Prata de Carvalho, e Sessão de Abertura do Processo. Logo após, os restos mortais de Nossa Mãe, serão levados em procissão e colocados na Capela especialmente construída, para que à sombra do Carmelo, junto às suas filhas, ela continue intercedendo por todos aqueles que a invocarem com confiança.

sexta-feira, 2 de março de 2012

"Cristo vos espera de braços abertos" afirma Cardeal Rylko aos jovens no Cristo Redentor


“Estou onde bate o coração dessa grande e maravilhosa cidade. Rezamos pelas intenções do Santo Padre Bento XVI e pela próxima JMJ no Rio de Janeiro, em 2013 para que produza abençoados frutos nas vidas dos jovens do Brasil e do mundo inteiro”, disse Dom Rylko que animou os jovens de todo o mundo a virem à JMJ Rio onde Cristo os espera "de braços abertos". O cardeal presidiu hoje uma missa pelos 447 anos da cidade do Rio de Janeiro no Santuário do Cristo Redentor no Corcovado.
O cardeal presidiu a Santa Missa, concelebrada pelo presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio2013 e arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta, pelos bispos auxiliares Dom Paulo Cezar e Dom Antonio Augusto Dias Duarte, pelo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude, Dom Eduardo Pinheiro, pelos sacerdotes responsáveis pelos setores do Comitê Local e da comissão da CNBB.
No início da celebração, Dom Rylko e Dom Orani parabenizam a população do Rio de Janeiro, representada pelas autoridades públicas, pelos 447 anos de sua fundação.
O Cristo e os Jovens
“No centro de cada JMJ encontra-se a pessoa de Jesus Cristo e é sobretudo a Cristo que os jovens querem encontrar. Por isto a estátua do Cristo Redentor do Corcovado é tão importante. Ela nos recorda o que essencial em cada Jornada: os braços abertos de Cristo, pronto a acolher com amor infinito todos os jovens do mundo”, afirmou Cardeal Rylko.
Ele recordou que por ocasião das JMJs a Igreja revela ao mundo o seu rosto jovem e cheio de alegria e impulso missionário, ressaltando que, para o Papa Bento XVI, elas são uma cascata de luz e de esperança.
"Atualmente está acontecendo no Brasil a peregrinação da Cruz da Jornada. É impressionante a força atrativa a milhares de jovens em todos os continentes que tem descoberto a verdade fundamental das suas vidas: que somente em Cristo, morto e ressuscitado há salvação e redenção. Esta cruz é como um arado que prepara o terreno para a semeadura da Palavra de Deus durante cada JMJ e de modo especial preparará o terreno na Terra de Santa Cruz, primeiro nome dado ao Brasil", disse o purpurado.
O encontro pessoal com Cristo Redentor é por sua vez inseparável do encontro com a sua Igreja. A JMJ alimenta nos jovens a consciência de ser parte integrante da Igreja, dá a eles a certeza de não estarem sozinhos", disse.
O presidente do PCL destacou que a intensidade do evento faz os jovens descobrirem o caráter planetário e o significado universal da pertença religiosa, põem em evidência a vitalidade da Igreja e da sua extraordinária capacidade de mobilizar e de agregar as jovens gerações, mesmo na sociedade pós-moderna, difusamente secularizada.
Sobre a visita do PCL para acompanhar a preparação da JMJ Rio2013, que começou na segunda-feira, 27 de fevereiro e se encerrará nesta sexta-feira, 2 de março, ele falou: “Nestes dias tivemos a oportunidade de trabalhar com o Comitê Organizador da JMJ.
"Ficamos muito impressionados com o trabalho do COL, com a sua generosidade, com seu empenho e profissionalismo. Parabéns. Ficamos também tocados pela ótima colaboração existente entre o Comitê e a CNBB, assim como com as autoridades civis. Tudo isso nos faz ter ótimas expectativas quanto ao bom êxito da JMJ Rio2013. Queremos manifestar a todos vocês em nome do Santo Padre a nossa profunda gratidão”.
Fonte: acidigital