sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Mãe sempre protegeu seu "sorridente" bebê dos pedidos abortistas dos médicos


LONDRES, 17 Jan. 13 / 03:30 pm (ACI).- A jovem inglesa Katyia Rowe rechaçou em várias oportunidades o pedido de aborto por parte dos médicos para seu bebê, Lucian Haydes, que ia nascer com danos cerebrais que o impediriam de falar e caminhar que havia sido diagnosticado uma curta vida. Quando em um ultra-som 3D ela o viu sorrindo, disse: "eu sabia que não poderia terminar com sua vida".
"Se ele podia sorrir, brincar e sentir então apesar de seus danos cerebrais, ele merecia desfrutar do tempo de vida que tenha, não importa quão curta ela seja, só porque sua vida será curta e diferente, não significa que não mereça vivê-la", relatou a jovem mãe de 26 anos ao Daily Mail em 14 de janeiro.
O menino faleceu nove horas depois de ter nascido. Durante o tempo que viveu recebeu todo o amor e cuidados de sua mãe, seus tios e avós. A jovem recorda: "foi sem dúvida o momento mais feliz de minha vida. Lucian poderia morrer em qualquer momento em meu ventre mas nasceu para nos conhecer".
Quando Katyia e Shane Johnson, também de 26 anos de idade, receberam a notícia da gravidez estavam assustados mas emocionados. Inclusive planejaram suas bodas para quando Lucian crescesse e pudesse caminhar e assim os acompanhasse ao altar.
Os planos se desvaneceram depois de um exame médico realizado às 20 semanas de gravidez. Nessa oportunidade os doutores advertem ao casal que o bebê apresentava danos cerebrais e solicitaram que Katya se submetesse a um aborto às 24 semanas. Katyia rechaçou logo o pedido e pediu outros exames para conhecer em detalhe a gravidade do problema.
Peritos do hospital pediátrico Birmingham confirmaram que o pequeno nunca falaria nem poderia caminhar e precisaria cuidados especiais sempre. Katyia não se intimidou e seguiu adiante com a gravidez, fazendo-os ultra-sons nos quais podia ver o menino sorrir, fazer bolhas, chutar e mover seus braços.
"Enquanto esteja dentro de mim sua qualidade de vida será maravilhosa e não diferente da de outros meninos, é uma alegria para mim vê-lo".
"Investiguei sobre todos os problemas que teria que estar preparada para atendê-lo, nunca tive um momento de dúvida, só tive que olhar o ultrassom e ver como ele desfruta no ventre para saber que eu fazia o correto ao dar-lhe uma chance".
Katyia conta que "sem saber quanto tempo viveria (Lucian), Shane e eu estávamos decididos a desfrutá-lo mais que pudéssemos".
"Enquanto crescia podia ver seus pequenos pés e mãos. Ele ainda não nascia mas já era nosso filho e cada momento era um sinal que estávamos fazendo o correto. Falava com ele e colocava música porque queria que experimentasse tudo o que podia".
Sobre o desejo de ser mãe ela diz: "não me importava absolutamente, era irônico porque nunca me considerei uma pessoa maternal, mas agora não queria outra coisa mais que cuidar do meu filho e dar a melhor qualidade de vida possível. Era mais que feliz ao dedicar minha vida totalmente ao seu cuidado".
As últimas nove semanas da gravidez, Katyia se submeteu a dolorosos procedimentos para drenar o líquido amniótico que rodeava ao bebê. "Era uma agonia –recordou– e sabia que algumas pessoas me questionariam se valia a pena ter que passar por esses procedimentos por um menino com defciência e que não viveria muito".
Lucian nasceu com parto induzido quando a placenta rompeu no dia 23 de outubro de 2012, no hospital Royal Shrewsbury. Imediatamente após o seu nascimento foi levado à unidade de cuidados pediátricos especiais.
Uma enfermeira disse a Katyia que seu menino "tinha pouco tempo de vida", por isso a jovem mãe saiu de seu quarto para onde estava o pequeno para poder sustentá-lo em seus braços. "Ele tinha me dado a maior honra de ser sua mamãe durante os últimos nove meses, mas dependia dele se estava já preparado para ir-se", assinalou.
"Eu estava em shock mas já tínhamos decidido que depois do nascimento deixaríamos que Lucian indicasse o caminho, não queria dar a ele tratamento desnecessário se isto não o ajudava".
Consciente de que não poderia levar seu bebê para casa como qualquer outra mãe e sem saber com claridade "o que o futuro proporcionaria", a jovem recorda como foi esse primeiro momento quando viu o Lucian na unidade de cuidados especiais.
"Meu filho parecia perfeito, o amor e a alegria que senti no momento que punham o Lucian em meus braços valia a pena. Pensei que não queria ser mãe, mas Lucian me ensinou que é o trabalho mais maravilhoso no mundo e estarei sempre agradecida por isso".
Katyia conta ainda que não se arrepende de ter rechaçado o aborto que lhe pediram várias vezes os médicos, já que assim "eu decidi deixar que (Lucian) desfrute de sua vida dentro de mim e fora de mim. Como uma mãe faria algo por seu filho e eu fui mãe assim que fiquei grávida: meu trabalho tinha começado".


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