segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Trido de preparação para a festa da conversão de São Paulo (2º dia)


Para compreender melhor Paulo é necessário se reportar ao evento de Damasco, onde ele tem um encontro com Cristo. É nesse encontro pessoal com cristo que sua vida adquire um novo significado, uma nova direção. Paulo não era nenhum pecador pervertido, muito pelo contrário, era um homem de grande retidão moral, a ponto dele mesmo dizer: “quanto a Lei, declaradamente irrepreensível” (Fl 2,6).
O seu comportamento moral e sua vida disciplinada faziam dele um homem que confiava na sua própria justiça. Mas o seu encontro com Cristo faz com que ele mude o eixo de sua existência, que deixa de ser ele mesmo, com sua justiça, para ser Jesus Cristo e a justiça, conquistada por Cristo na cruz. Como ele mesmo vai dizer: “A linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina” (I Cor 1,18).
Com a conversão de Paulo, o que podemos trazer hoje para nossas vidas é que o fundamento essencial do cristianismo é o relacionamento pessoal com Cristo, e para isso é necessário um encontro pessoal com ele. Muitas vezes a idéia de conversão que temos é unicamente moral, o que significa que quem roubava, deixou de roubar; quem mentia, passou a não mentir e assim por diante. Com a conversão de Paulo, percebemos que a conversão tem um movimento primeiro, que é o encontro com Cristo, e que a conversão moral é o segundo momento da conversão.

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