Os símbolos religiosos
Com esta postagem encerramos nossa série sobre o 3º PNDH, que foi enviado ao Congresso pelo presidente Lula, após ser encaminhada pela Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Na primeira postagem introduzimos os fundamentos básicos deste programa (23/01/2010); na segunda postagem falamos sobre a descriminalização do aborto (27/01/2010); e na terceira, sobre as questões referentes à homossexualidade (29/01/2010). Nesta, que é a 4ª postagem sobre este tema, falaremos sobre a proibição dos símbolos religiosos nos estabelecimentos públicos da União.
A primeira compreensão errada desta proposta é sobre a definição de estado Laico. Um estado Laico é aquele que não tem religião oficial, e por isso, defendo o direito de todas as religiões de se expressarem. Como isso, percebemos que o estado é Laico, mas a sociedade não. A sociedade tem sua fundamentação religiosa, como também sua história, sua arte e seus costumes, em outras palavras, tem uma cultura que dá vida a uma sociedade.
Toda cultura tem uma base religiosa de sustentação. Isso em todas as sociedades desde que o homem existe sobre a terra. A começar pelos homens das cavernas, até ao juramento do presidente dos Estados Unidos, que é feito sobre uma Bíblia ainda nos dias de hoje. A religião e, consequentemente os seus símbolos, são a alma de qualquer cultura. Essa “moda” de tirar os símbolos religiosos e criar uma sociedade sem religião é uma tentativa dos países europeus.
A consequência desta tentativa é que a cultura europeia, como conhecemos, está morrendo. Um dos sinais disso é que morrem mais pessoas do que crianças nascem, e as poucas crianças que nascem – a maior parte delas – são educadas sem nenhuma noção de religião. Unindo a isso, uma forte imigração vinda de países islâmicos, que têm como resultado, para o desespero dos europeus, a conversão da cultura europeia em uma cultura que tem como base a religião islâmica. Junto com isso, muitas destas crianças educadas sem princípios religiosos cristãos, também estão se convertendo ao islamismo.
Os europeus estão vendo sua cultura milenar desaparecer, simplesmente porque optaram em negar sua raiz cristã. Não levando em consideração que uma cultura sem religião morre com o tempo. Se nada for feito na Europa, a democracia, a igualdade de dignidade do homem e da mulher, a liberdade de expressão e tantas outras coisas que se fundamentam na identidade cristão da Europa, serão suplantadas pela cultura que tem como base o islamismo, que não leva em conta nenhuma destas características.
Quando vemos um crucifixo ou uma bíblia em um órgão público, estamos reconhecendo a verdade de que a raiz cultural brasileira é cristã. A consequência disso é que a nossa justiça, nosso serviço social e nossa educação derivam da nossa raiz cristã. Negar isso é negar tudo de bom que nossa sociedade adquiriu durante estes tempos.
Os símbolos religiosos fazem parte da nossa identidade cultural brasileira, como elemento constitutivo da nossa cultura. Quer gostemos ou não. Por exemplo, o carnaval e o futebol, apesar de algumas pessoas não gostarem destas coisas, o governo investe dinheiro público nos eventos ligados a eles. São milhões de reais invertidos para a organização do carnaval. E mais ainda será investido para a realização da Copa do mundo no Brasil em 2014. E ninguém se levanta para criar leis que impeçam isso de acontecer, por um só motivo, porque o carnaval e o futebol fazem parte da identidade cultural brasileira.
Da mesma forma, os símbolos religiosos não contrariam os estado Laico, ao contrário, o fundamenta. Porque a religião é parte integrante da cultura de qualquer povo. Defender a permanência dos símbolos religiosos é defender a identidade cultural brasileira. Imaginemos o Brasil sem seu maior símbolo religioso, o Cristo Redentor, sem nossas Catedrais, sem as Igrejas barrocas que fazem parte do nosso patrimônio histórico.
Por isso, peçamos a Deus que ilumine os brasileiros para que não joguemos fora nossas grandes riquezas, por causa de preconceitos ideológicos da “moda”, que carecem de fundamentos de verdade e realidade.