Bento XVI presidiu, na esplanada do Santuário, em Fátima, uma Missa para cerca de 500 mil pessoas - a maior multidão já reunida no Santuário até hoje. A missa foi concelebrada por 4 cardeais, 77 bispos e 1442 sacerdotes. A cerimônia começou com uma procissão com a imagem de Nossa Senhora de Fátima.
Na sua homilia o Papa falou da importância da Aparição de Fátima para toda a Igreja e do testemunho de Francisco, Jacinta e Lucia – os dois primeiros beatificados, há dez anos - e falando sobre experiência mística deles, ele disse:
“Irmãos, ao ouvir estes inocentes e profundos desabafos místicos dos Pastorinhos, poderia alguém olhar para eles com um pouco de inveja por terem visto ou com a desiludida resignação de quem não teve essa sorte mas insiste em ver. A tais pessoas, o Papa diz como Jesus: «Não andareis vós enganadas, ignorando as Escrituras e o poder de Deus?» (Mc 12, 24). As Escrituras convidam-nos a crer: «Felizes os que acreditam sem terem visto» (Jo 20, 29), mas Deus – mais íntimo a mim mesmo de quanto o seja eu próprio (cf. Santo Agostinho, Confissões, III, 6, 11) – tem o poder de chegar até nós nomeadamente através dos sentidos interiores, de modo que a alma recebe o toque suave de algo real que está para além do sensível, tornando-a capaz de alcançar o não-sensível, o não-visível aos sentidos. Para isso exige-se uma vigilância interior do coração que, na maior parte do tempo, não possuímos por causa da forte pressão das realidades externas e das imagens e preocupações que enchem a alma (cf. Card. Joseph Ratzinger, Comentário teológico da Mensagem de Fátima, ano 2000). Sim! Deus pode alcançar-nos, oferecendo-Se à nossa visão interior.”
Nesta visita, de uma forma toda especial, a Igreja demonstra sua união e confiança no pastoreio do nosso amado Papa Bento XVI que, com grande amor e com o sacrifício de sua vida, nos conduz no caminho para Deus.
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