Nesta segunda postagem da série sobre os 60 anos de ordenação do Papa Bento XVI, cobriremos o período da sua Sagração Episcopal (ordenação como bispo), no ano de 1977, até sua eleição como Sumo pontífice, no ano de 2005.
Sua caminhada como bispo começou como arcebispo de Munique, na Alemanha, e já no ano de 1978 recebeu o barrete cardinalício das mãos do Papa Paulo VI. Neste ano participou de dois conclaves – reunião dos cardeais para eleger um papa – o primeiro em setembro, para eleger João Paulo I, que morreu um mês depois; e em outubro participou do segundo, no qual foi eleito João Paulo II.
No ano de 1981 houve mais uma grande mudança na vida do então cardial Ratzinger: ele foi chamado a Roma pelo Papa João Paulo II para assumir a Congregação para a Doutrina da Fé, função que exerceu até a morte de João Paulo II, tornando- se o celebro do longo pontificado do beato João Paulo II. Levou à frente o principal documento do pontificado que foi o novo Catecismo da Igreja Católica (1992). Este à frente também da importante declaração “Dominus Iesus”, sobre a universalidade da salvação na pessoa de Jesus – só ele é o salvador da humanidade – e da posição única da Igreja Católica como igreja deixada por Cristo.
Durante os anos à frente da congregação, teve por várias vezes defender a Fé da igreja de várias tentativas, principalmente por parte de teólogos, de desvios doutrinários. Um dos principais desvios combatidos foi a Teologia da Libertação, com sua fundamentação marxista que tinha no teólogo Leonardo Boff um dos seus maiores defensores.
Outro ponto marcante da pessoa de Bento XVI, além da sua altíssima estatura como teólogo, é sua grande contribuição para um movimento de renovação litúrgica que hoje acontece na Igreja, que, devido a sua forte influência, já é chamado por muitos como “movimento litúrgico beneditiniano” (referente ao Papa Bento XVI) ou reforma da reforma.
Esta renovação litúrgica teve inicio de forma mais forte com o lançamento do seu livro “Introdução ao espírito da liturgia” quando ele ainda era apenas um teólogo. Este livro lança as bases para uma liturgia centrada em Deus, marcada por uma forte dimensão de sacralidade e uma forte revalorização dos símbolos e da solenidade nas celebrações, especialmente uma maior ênfase na dimensão sacrifical na celebração das missas.
Com sua eleição ao Papado, este movimento litúrgico tomou uma força ainda maior. Um dos sinais mais visíveis deste movimento é a maior presença do latim nas celebrações, uma obediência maior ao rito da liturgia, o retorno do uso das casulas pelos sacerdotes e a presença do crucifixo no centro do altar. Tudo isso sinaliza que o celebrante está renovando no altar o sacrifício de Cristo e vários outros sinais que demonstram a grandeza e a beleza da liturgia.
Rezemos Pelo Papa Bento XVI e pelas vocações sacerdotais como forma de agradecimento a este grande homem de Deus.
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