O cantor Justin Bieber deu uma entrevista à revista Rolling Stone e fez uma declaração óbvia, mas, devido aos nossos tempos de “ditadura do relativismo”, é, no mínimo, bombástica. Como é próprio destas entrevistas, são feitas perguntas de todo tipo, e na maioria são perguntas podemos dizer tolas, feitas a um adolescente. Mas, em um momento da entrevista, perguntaram sua opinião sobre o aborto e ele responde: “Não acredito no aborto... é como matar um bebê, não é?”
Talvez nesse momento seus empresários já estejam tentando “explicar” essa afirmação, tão fora dos padrões atuais, onde nada é mais afirmado porque fere a realidade de alguns. Hoje já não é “politicamente correto” falar nem a palavra aborto, e sim “saúde reprodutiva”, linguagem tão querida do nosso governo federal.
Não sei se o jovem astro falou isso por convicção ou porque é o óbvio; talvez queira até se desdizer depois para ficar de bem com toda uma indústria cultural nova, que não só aboliu a realidade moral cristã ocidental, mas mudou até os nomes para que nada mais lembre o cristianismo.
Em uma palestra, Dom Silvano Tomasi, observador da Santa Sé na ONU, disse: "Governance", "partner", "gender", "saúde reprodutiva" são alguns termos de um novo vocabulário utilizado nas instituições internacionais, substituindo conceitos como "governo", "esposo(a)", "homem/mulher", "anticoncepção". Ele cotinua dizendo: "Há duas interpretações das experiências humanas - continuou: uma baseada na realidade e outra baseada na construção de conveniências de uma realidade desejada. Esta é muito estimada pelos manager das organizações internacionais."
O que nós vemos no jovem astro é que ele cometeu um “deslize”, falou a partir da realidade do aborto como um assassinato de uma criança – e não o que se espera que uma figura pública fale na era da ditadura do “politicamente correto”. Ninguém pode ser contra o aborto ou o casamento homossexual porque será acusado de pré-conceito. Esta é a mais nova arma contra a verdade e a realidade, e juntamente com esta arma vem outro conceito que está em moda: os direitos humanos. Esta nova cultura, com novas palavras e conceitos, não mais se baseia na realidade; poderíamos chamá-la de pós cristã.
O arcebispo ainda falou de palavras em risco de extinção: "outras palavras, provenientes da tradição judaico-cristã, são excluídas e tendem a desaparecer: verdade, moral, consciência, razão, pai, mãe, filho, mandamento, pecado, hierarquia, natureza, matrimônio etc."
Uma mudança de nomenclatura é fundamento para uma mudança cultural radical no direito, arte, filosofia e sociologia e assim em toda a nossa vida, por isso, ao ver esses novos nomes da moda saiba que, em boa parte deles, existe um fundamento pós cristão .
Obs: Se, ao terminar de ler esse texto você ainda não souber quem é Justin Bieber, pergunte ao seu filho, sobrinho ou neto; ele é o mais novo astro das crianças e adolescentes.
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