terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A visita do presidente Russo ao Papa


A visita que o presidente da Federação Russa, Dimitri Medvedev, realizará na próxima quinta-feira a Bento XVI, no Vaticano, tem gerado muitas expectativas por causa do relacionamento da Igreja Católica, com a Igreja Ortodoxa.
Para nós ocidentais parece estranho este tipo de relação: de uma Igreja que influencia e é influenciada pelo governo, como é a da Igreja ortodoxa. Esta influência, por exemplo, impediu por anos as relações do estado do Vaticano com a Federação Russa. 
O recente estabelecimento de relações diplomáticas plenas entre o Vaticano e a Federação Russa mostra que, enfim, o patriarcado de Moscou “liberou” o estado Russo para tomar esta atitude, mostrando que o relacionamento Católico/Ortodoxo está cada vez melhor, especialmente após Bento XVI se tornar Papa.
A postura marcadamente mais tradicional do Papa tem atraído uma grande aceitação no mundo Ortodoxo. Juntamente com isso, sua defesa da identidade cristã da Europa tem encontrado no patriarcado de Moscou um forte aliado.
Outro ponto importante, que gera comunhão, é defesa da vida da família composta de um homem e uma mulher e a presença dos símbolos religiosos no meio da sociedade, como no episódio da tentativa de proibição dos crucifixos nas escolas italianas. O governo Russo pediu ao Tribunal Europeu a não proibição dos crucifixos nas escolas estatais.
Os sofrimentos comuns, e as perseguições aos cristãos ao redor do mundo, estão gerando pelo menos um ponto positivo: um desejo maior de unidade entre os cristãos com perseguição explicita por parte dos mulçumanos, nos países em que eles são a maioria; e uma política de esquerda com profundo viés ante clerical, nas nações ocidentais. A unidade deixa de ser uma meta a ser atingida, e torna-se uma questão de sobrevivência.
Rezemos para que a unidade desejada por Jesus possa acontecer o mais rápido possível e, assim, com o nosso testemunho comum, o mundo possa crer.

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