sábado, 5 de dezembro de 2009

Barack Obama e o aborto

O presidente norte americano Barack Obama foi eleito trazendo para o mundo uma forte onda de esperança, tanto por sua condição pessoal como por suas ideias, especialmente porque a forma como os Estados Unidos conduz sua economia e sua política internacional exerce uma decisiva influência no resto do mundo.
Acompanho desde o início, quando a figura de Barack Obama começou a aparecer na mídia. A sua pessoa gerou em mim dois sentimentos contraditórios: primeiro, uma grande esperança; e segundo, uma grande preocupação. A esperança é de que a grande tensão entre o ocidente e o oriente, especialmente com os mulçumanos, fosse diminuída, já que as atitudes do seu antecessor George W. Bush em relação ao episódio de 11 de setembro colocaram “lenha na fogueira” que é o conflito cultural entre o ocidente e o oriente.
Sobre essa esperança creio que alguns passos foram dados, entre eles o seu discurso histórico na cidade do Cairo sobre a relação entre o ocidente e o oriente, que teve grande repercussão, especialmente no mundo mulçumano. Rezo para que Deus possa dar a sabedoria necessária para levar à frente essa grande obra.
Agora minha grande preocupação, que cada dia se confirma em fatos após sua eleição para a presidência: o seu apoio a certas políticas públicas de cunho ideológico que ferem profundamente a visão e a fé cristã. Hoje desejo falar unicamente de uma dessas políticas de cunho ideológico que é o aborto. No início desse ano, logo após assumir a presidência, ele eliminou uma cláusula que impedia o uso de verbas federais para financiamento do aborto em hospitais e clínicas. Essa medida tem uma grande influência no mundo todo, porque abre a possibilidade de que dinheiro dos Estados Unidos seja aplicado em campanhas internacionais em favor do aborto, intervindo de forma direta no peso das campanhas pró-aborto no resto do mundo, inclusive no Brasil.
Apesar de, à questão do aborto se unir muitas situações complexas e delicadas, devemos ter bem claro que o aborto é um crime hediondo. Nós, que cremos no Deus da vida, defendemos a vida desde o momento de sua concepção até sua morte natural. Não podemos concordar com qualquer uma atitude pessoal e menos quando essa atitude tem um reflexo mundial. Devemos acolher com toda a força a Palavra de Deus que diz: “Não matarás” (Dt 5,17).


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