quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Livro do Papa



     O novo livro do Papa Bento XVI, "Luz do mundo", foi apresentado oficialmente hoje aos jornalistas credenciados na Santa Sé, pelo autor, o jornalista alemão Peter Seewald e também por Dom Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização, e o vaticanista italiano Luigi Accatoli.
     A grande novidade deste livro é que é o primeiro livro de entrevista de um Papa, de forma direta. Conforme o jornalista Peter Seewald, as perguntas não foram combinadas antes e não foram censuradas depois, demonstrando, da parte do Papa, uma grande coragem e vontade de dialogar com o homem de hoje.
Com certeza, esta sinceridade gera muitos conflitos, porque estamos acostumados com a era do marketing e do “politicamente correto”, onde a verdade e a sinceridade é o que menos se busca quando se faz uma entrevista que vai ao público. O Papa, contrariando toda esta mentalidade reinante, faz 6 horas de entrevista gravada, sendo uma hora por dia no período de suas últimas férias.
     Este livro esta gerando um grande alvoroço, tanto na Igreja, como no mundo todo, por tocar em assuntos delicados como: homossexualismo, preservativos e a pedofilia, mas também falando de assuntos bem particulares com sua oração e suas atividades pessoais.
      Confesso que a cada dia cresce minha expectativa para que este livro seja traduzido para o português para, assim, lê-lo. Enquanto isso vamos nos contentando com traduções de pequenos trechos como este que vai abaixo, sobre a sua oração:
      “No que se refere ao Papa, também ele é um pobre mendigo frente a Deus, ainda mais que os demais homens. Naturalmente rezo, em primeiro lugar, sempre ao Senhor, ao qual estou vinculado, por assim dizer, por uma antiga amizade. Mas invoco também os santos. Sou muito amigo de Agostinho, de Boaventura e de Tomás de Aquino. Portanto, digo a eles: ‘ajudem-me!’. A Mãe de Deus é sempre e de todos os modos um grande ponto de referência. Nesse sentido, integro-me na comunhão dos santos. Junto a eles, reforçado por eles, falo, e também com o bom Deus, sobretudo mendigando, mas também agradecendo; ou simplesmente porque estou contente.”

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