O cardeal Dom Eugênio, nasceu a 08 de novembro de 1920, em Acari, no Rio Grande do Norte, de Josefa de Araújo Sales e do desembargador Celso Dantas Sales, ordenado na Arquidiocese de Natal, em 21 de novembro de 1943, pela imposição das mãos de Dom Marcolino Esmeraldo de Souza Dantas, bispo de Natal.
Ordenado Bispo também em Natal em 1954 com apenas 33 anos, depois foi para Arquidiocese de Salvador em 1964, e por fim, foi enviado pelo Papa para assumir a Arquidiocese do Rio de Janeiro, no ano de 1969. Nesta sede foi feito cardeal pelo Papa Paulo VI no ano 1971 e permaneceu à frente da Arquidiocese do Rio por trinta anos, quando já estava com 80 anos.
Os números da vida de Dom Eugenio já são por si impressionantes, mas sua influência na história do Brasil e na Igreja é ainda maior. Em relação ao Brasil de forma especial no tempo da ditadura militar; e na Igreja por ele ser dos tempos pré-conciliares e de ter participado do próprio Concilio Vaticano II, tornando-se uma figura central nos difíceis tempos pós-conciliares. Tudo isso fez dele uma grande figura da Igreja do Brasil.
O Rio de Janeiro, com Dom Eugênio, tornou-se um lugar de resistência è teologia da libertação e de várias outras linhas teológicas e pastorais que se opunham aos direcionamentos do Vaticano. Ele permaneceu como um grande defensor da comunhão da Igreja do Brasil com o Romano Pontífice.
O meu relacionamento com Dom Eugênio vem do fato de ter morado no Rio de Janeiro nos anos de 1996 a 1998, por participar de várias celebrações e de ter a oportunidade de ter duas audiências com ele. O que posso dizer sobre este período é que ele é um homem de grande fé, com uma grande capacidade de empreender e de organização. Posso dizer com todas as palavras que tive a oportunidade conhecer um grande bispo.
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